22/08/2012
O tratamento dado pela Anhanguera Educacional aos professores chega ao limite de pagar R$ 14,38 a hora-aula. E esta ainda seria a realidade em Guarulhos, por exemplo, se não houvesse a intervenção do Sinpro.
A partir de agosto, a Anhanguera terá de fazer uma recomposição dos valores da hora-aula na unidade, diferenciados para especialistas, mestres e doutores.
Em 15/08, o Sinpro assinou um Acordo Coletivo com a Anhanguera, que prevê o pagamento de valores mínimos de aula para os três níveis, variando de R$ 26,33 a R$ 46,70. Os mínimos serão alcançados até agosto de 2013.
Em alguns casos, o reajuste do professor chegará a 80%, segundo o Sinpro. Por meio das rescisões de contrato de trabalho, a entidade teve acesso à remuneração que chegava a ser paga aos docentes por hora-aula: R$ 14,38.
Esse padrão salarial era o praticado pelas Faculdades Integradas Torricelli, comprada pela Anhanguera. O Sindicato questionou a empresa sobre a realidade dos professores durante reunião na Gerência do Ministério do Trabalho e Emprego em Guarulhos.
A Anhanguera então revelou os valores que praticava em outras unidades do grupo. Com base nesses números, o Sinpro usou o princípio da isonomia salarial para exigir valores iguais, mínimos, que deveriam ser pagos na unidade de Guarulhos.
Segundo o Acordo Coletivo, até 2013 deverá ocorrer a equiparação conforme este calendário:
Especialistas
R$ 20,87, a partir de agosto/2012; Para chegar ao mínimo de R$ 26,33: 15% de reajuste, em fevereiro de 2013; e, em agosto deste ano, aumentos específicos para os docentes que ainda não tiverem chegado a esse valor.
Mestres
Terão que receber R$ 38,41 a hora-aula. Para isso, a Anhanguera terá de dar 10% de reajuste imediatamente. Se ainda houver professores que não atingiram este mínimo, a IES terá de conceder mais 20% em fevereiro. E, em agosto de 2013, aplicar percentual variável para cada professor que ainda não atingiu o valor mínimo.
Doutores
O valor a ser atingido é R$ 46,70. Em agosto de 2012, terão 15% de reajuste. Em fevereiro de 2013, novo aumento deverá ocorrer, com índices variados, caso ainda existam professores que não atingiram esse valor mínimo de hora-aula.
Os reajustes sobre a hora-aula dos professores serão dados de forma independente do aumento que vier na negociação coletiva de 2013, cuja data base é 1º de março.
No final de 2011, a Anhanguera demitiu pelo menos 1.600 docentes, somente no Estado de São Paulo, sendo a maior parte com título de mestres ou doutores. Em Guarulhos, 99 professores foram dispensados.
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