Fundo é composto por três imóveis que se encontram nas regiões de Valinhos, Leme e Taboão da Serra
Por Gabriella D'Andréa |11h00 | 19-12-2012
SÃO PAULO - O BTG Pactual recomendou a manutenção do fundo imobiliário Anhanguera Educacional (FAED11B), considerando o dividend yield de 8,65% para 2013. Também foram levados em conta o bom posicionamento de mercado e a boa qualidade de crédito do inquilino.
O fundo foi adquirido com o intuito de adquirir terrenos e imóveis destinados ao desenvolvimento, ampliação e posterior exploração pela Anhanguera Educacional (o 2º maior grupo de educação do mundo em alunos). O contrato firmado entre a instituição e o fundo é de longo prazo e os imóveis se encontram nas regiões de Taboão da Serra, Leme e Valinhos.
Todos os imóveis já foram concluídos e ao adquirir o fundo, o cotista fica exposto a dois setores importantes do crescimento: o mercado imobiliário brasileiro e o segmento educacional. Além disso, o inquilino possui forte presença no nicho em que atua o que dá uma boa previsibilidade de receita.
Diante desse cenário, a expectativa é que a receita cresça em linha com os repasses anuais da inflação (IPCA) e que alcance um dividend yield de 8,65% para o próximo ano, considerando o valor de entrada em suas cotas (R$ 149,00).
Riscos
O BTG não vê grandes chances do grupo Anhanguera deixar os imóveis nos quais se encontra, devido ao processo consolidação pelo qual o setor de educação vem passando. Além disso, o fato do fundo estar concentrado em um único inquilino não preocupa os analistas.
"Apesar de o fundo estar alugado integralmente à Anhanguera, a boa qualidade decrédito, forte posição de mercado e elevada reputação da mesma mitiga o riscoresultante da baixa diversificação da base de locatários do FAED11B", dizem
Projeções
O fundo tem retornado aos seus cotistas rendimentos médios de 10,93% (valor bruto) nos últimos 12 meses, ante 8,82% (bruto) do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) no mesmo período.
Devido ao caráter defensivo da aplicação, a instituição acredita que a renda do imóvel deve evoluir gradualmente alinhada à evolução da inflação (medida pelo IPCA). “Em nosso modelo, não consideramos repasses superiores à inflação (leasing spread), fazendo com que o seu dividend yield se comporte de maneira estável e apresente crescimento gradual ao longo do tempo”, frisa o BTG.
O maior risco que o fundo corre é em um cenário de aumento dos juros reais pelo Banco Central, o que faria com que os cotistas exigissem um retorno acima dos títulos públicos. E caso isso não aconteça, muitos podem deixar o investimento, fazendo com que as cotas do fundo sejam depreciadas.
Outro risco é o vencimento do aluguel do campus de Valinhos em janeiro de 2014. No entanto, o BTG assume uma projeção de que o aluguel será renovado nas mesmas condições atuais, considerando apenas os reajustes da inflação e nenhum leasing spread.
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