sábado, 14 de julho de 2012

Universidade demite mais de 100 e professores reclamam de irregularidades


13/07/2012 18h45

Mariana Lopes e Luciana Brazil


Mais de 100 professores de EAD (Ensino à Distância) da Universidade Anhanguera Uniderp, em Campo Grande, estão sendo demitidos pela instituição. Com a decisão comunicada, eles reclamam de irregularidades.

Os professores afirmaram ainda que não ganhavam hora extra, além de receberem R$10 a menos por hora/aula.

Segundo um dos profissionais demitidos, muitos alunos ficarão sem nota e cerca de 30% não vão colar grau. “Os alunos já estão desesperados e tudo acarreta um mal estar", pontua o professor.

Ele denúncia também que “a direção da universidade nem justificou a demissão em massa e ainda fez pouco antes das férias, que é um período ruim para procurar emprego”, enfatiza o professor.

Porém, outro problema explodiu com a demissão dos professores. Segundo eles, o acordo entre a Anhanguera e o Sintrae/MS (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino no Mato Grosso do Sul) era que o pagamento por hora/aula dos professores seria de R$ 24,11 e o dos mestres R$ 35.

No entanto, os docentes recebiam atualmente R$ 14,25. “Precisamos resguardar os direitos básicos deles, equipará-los aos professores de ensino superior”, diz o presidente do Sintrae, Ricardo Martinez Froes.

De acordo com os professores demitidos, muitos estão entrando na Justiça para receber as horas extras e os valores retroativos às horas/aulas. “Estamos convocando os professores a compareceram ao sindicato para pleitear o valor correto da hora/aula”, afirma Ricardo.

Ao ser procurada pela reportagem do Campo Grande News, a coordenadora pedagógica do EAD, Gleice Cristina Lubas Grilo, disse que apenas a assessoria de imprensa da instituição pode se manifestar sobre o caso.

Em nota, o Grupo Anhanguera Educacional alega que o desligamento dos professores faz parte da reestruturando do modelo de Educação a Distância da instituição. “As mudanças proporcionarão mais qualidade acadêmica e de atendimento aos alunos”, destaca a nota.

4 comentários:

  1. O valor da hora-aula é informado ao prof antes da assinatura do contrato. Àqueles que questionam esse valor, a coordenadora geral pede que o professor pense melhor, e se ainda tiver interesse, q contacte a coordenação. Por isso, não acho que seja legítimo (apesar de ser moral) essa reivindicação de valor igual ao presencial.
    O que acho desvantajoso '
    e que os prof de SP estão recebendo 21,00 a hora-aula de EAD. Onde está a isonomia, nesse caso? Independente de onde esteja o prof, ele atende a alunos de diferentes partes do país. Atende pessoas do Centro Oeste, extremo Sul, e também das grande Metrópolis. Se o trabalho é o mesmo, por que não o salário?

    Sobre essas demissões, na verdade, a universidade alega que é redução de turmas e de disciplina, o que , tem algum fundamento de verdade, pois no segundo semestre o oferecimento de disciplinas é bem menor se comparado ao 1o. portanto, trata-se de um trâmite usual.
    O governo federal ainda está estudando as possibilidades de contar como hora-extra as atividades feitas em casa, isso acho importante para reconhecer o trabalho do tutor ead.

    ainda: os prof recebem cartão farmácia, vale transporte, férias , INSS, conforme a lei.

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  2. EAD: é uma enganação

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  3. Devolução de salários.
    Devido à compra da UNIBAN, a Anhanguera está metendo os pés pelas mãos e deixando muitos prof insatisfeitos. A última da Anhanguera é ter errado o pagamento dos último semestre dos professores da UNIBAN, alegando que não tinham sido informados de seus horários de aulas semanais.
    Um outro problema é que, com a compra da ANhanguera, as UNIBAN's de unidades separadas não tem mais nenhuma relação entre si, o que gera alguns problemas de interpretação em relação às normas vindas de Valinhos.

    Os professores que receberam salários a mais estão sendo obrigados e devolver o salário para a direção do Centro Educacional.
    Apesar de a lei permitir apenas 30% de desconto do salário para esses fins, a instituição está aceitando quando os professores devolvem o valor integral, o que, em vários casos,ultrapassa o valor a ser recebido no mes vigente.

    Isso é errado e está contra a lei!

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  4. Demissões ao longo do semestre. Para os professores, a próxima leva de demissões será no fim do semestre, ou seja, dezembro, depois que todos já tiverem colocados as notas no sistema, corrigido provas sub, etc.
    Só que para os funcionários de audiovisual, do RH original da empresa comprada, os porteiros, as secretárias que tinham salário mais algo, a navalha já começou. Semana retrasada dispensaram técnicos do laboratório de informatica, depois foram os funcionários de secretaria e os porteiros.
    Não é que não esteja precisando desses profissionais, pelo contrário, estão contratando para as mesmas funções, só que pagando salário mínimo.

    Coisas do capitalismo... Durma-se com um barulho desses!!!!

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