terça-feira, 27 de março de 2012

Acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo da Uniderp prometem "parar" Rua Ceará

Terça, 27 de Março de 2012 - 10:55
Fonte: Marco Eusébio

Estudantes de arquitetura e urbanismo da Anhanguera-Uniderp, em Campo Grande, prometem fechar a Avenida Ceará, em frente à instituição, às 18h30 desta quarta-feira, em protesto contra a falta de condições adequadas de ensino na instituição. Leia, abaixo, o manifesto dos acadêmicos encaminhado ao Blog pelo arquiteto Ângelo Arruda:


"A todos os acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo"

Já estamos cansados da falta de respeito com o nosso curso, com o descaso com os alunos. Falta de professores qualificados, atraso dos mesmos, falta de condições adequadas de ensino, entre muitas outras reclamações. Nós reclamamos, com a coordenação, com a ouvidoria e nada é feito para mudar essa situação.

Unidos somos mais fortes!

Nesta quarta-feira dia 28/03 as 18:30, todos os alunos insatisfeitos com seu curso, estejam presentes na entrada da faculdade, na Ceará, onde fecharemos a Avenida em forma de manifestação. Leve sua voz, faixas, o que for necessário para ´brigar` por seus direitos."

http://www.acritica.net/index.php?conteudo=Noticias&id=57323

https://www.facebook.com/events/345242808854813/345840152128412/

sábado, 24 de março de 2012

Justiça manda Anhanguera acertar salários atrasados em Sorocaba

Em resposta a uma ação de cumprimento movida pelo SINPRO-Sorocaba, sobre o atraso no salário de fevereiro de professores/as da Anhanguera, a Justiça do Trabalho determinou que a Instituição deverá comprovar o pagamento em cinco dias. Se isto não acontecer, além dos salários atrasados, deverá pagar a cada professor/a, uma multa diária de R$ 100. A decisão foi expedida em 20 de março pela juíza do trabalho Maria Cristina Brizotti Zamuner.

De acordo com a diretora do Jurídico e Relações Trabalhistas do SINPRO, prof.ª Doramy Galvim Buria, vários/as professores/as entraram em contato com o Sindicato para denunciar o atraso nos pagamentos de fevereiro. "Temos a informação de que este atraso também aconteceu em outras unidades da Anhanguera, como em Guarulhos", explica Doramy. 'Esperamos que, a partir da decisão judicial, os/as professores/as recebam os salários em atraso e que esta situação não se repita, pois estaremos fiscalizando a execução dos pagamentos, conforme a Convenção Coletiva da categoria", conclui.

Fonte: Sinpro Sorocaba


sexta-feira, 23 de março de 2012

Alunos reclamam que faculdade troca aula presencial por a distância

Marina Morena Costa, iG São Paulo | 22/03/2012 17:47 
Estudantes de faculdade comprada pela Anhanguera dizem que instituição mudou grade curricular e introduziu disciplinas semipresenciais

Estudantes da Faculdade de Tecnologia Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), estão descontentes com uma série de mudanças implantadas após a recente aquisição da instituição pelo Grupo Anhanguera Educacional, o maior do País. Eles acusam a faculdade de ter mudado a grade curricular, introduzido disciplinas a distância em cursos presenciais, e reclamam de salas superlotadas e falta de professores.

Agfa da Silva Lima, de 24 anos, aluno do terceiro semestre de Gestão da Tecnologia da Informação, afirma que duas das sete disciplinas de seu curso agora são a distância e terão tutoria presencial apenas uma vez por mês. Isso significa que o jovem não tem mais aulas na faculdade às sextas-feiras e, às quintas, sai duas horas mais cedo. Antes, as aulas presenciais ocorriam nos cinco dias da semana das 19h até as 22h35. “Tem gente que não gosta desse tipo de ensino e eu havia escolhido esse curso exatamente porque era presencial”, diz o estudante.

Já a turma de Logística, que tinha apenas uma matéria ministrada a distância em 2011, passou a ter duas disciplinas nessa modalidade. “Quando entrei na Anchieta, tinha certeza da força do curso e de que seria uma boa graduação. Me sinto bastante lesado”, reclama Bruno Vinicius de Almeida Pinto, 21 anos, aluno do quarto semestre do curso e presidente do Diretório Acadêmico. O estudante que antes tinha a metade de uma noite livre, agora não precisa ir à universidade às sextas-feiras e sai mais cedo às quintas. Quando há tutoria presencial, o professor avisa e os alunos vão à faculdade.

Em Recursos Humanos, os alunos do terceiro semestre tiveram apenas uma aula da disciplina Legislação Trabalhista desde o dia 6 de fevereiro. “Não tem professor suficiente para cobrir todas as turmas, então eles fazem um rodízio entre as classes e completam as aulas com atividades a distância. O resultado é que a gente tem aula presencial uma vez por mês, no máximo”, conta Isabele Gonçaves Luiz, 29 anos, aluna da turma. 

“De acordo com o MEC, 20% da carga horária de um curso presencial podem ser a distância, mas instituição não pode adotar metodologia de forma aleatória"
Os estudantes também reclamam de superlotação nas salas, o que segundo eles também é consequência da venda da instituição. Alunos de outras faculdades e universidades da região adquiridas pela Anhanguera foram encaminhados para a Faculdade Anchieta. “Minha sala tinha 35 alunos até o ano passado e agora está com mais de 50. Há turmas com mais de 100 alunos”, relata Lima.

Procurada pela reportagem, a Anhanguera nega que os cursos da Faculdade Anchieta tenham aulas a distância ou que enfrentem falta de professores. “Todas as disciplinas do curso estão sob a responsabilidade de professores presencias”, diz o grupo em nota enviada ao iG. A instituição afirma ainda que nestes cursos há atividades organizadas e disponibilizadas no ambiente virtual de aprendizagem e que cumpre a legislação vigente.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), 20% da carga horária total de um curso presencial podem ser ministrados com atividades a distância, desde que as avaliações sejam presenciais. O MEC destaca que a oferta de parte do curso na forma semipresencial deve estar expressa no projeto pedagógico do curso (documento entregue ao ministério e que deve estar acessível aos estudantes) e não pode ser adotada de forma aleatória pela instituição. Caso os estudantes considerem que há descumprimento da legislação, podem protocolar uma denúncia no Ministério para que seja aberto um processo de verificação.

Demissões

O presidente do Sindicato dos Professores do ABC (Sinpro-ABC), José Jorge Maggio, analisa que combinar aulas semipresenciais com presenciais é uma forma de diminuir gastos e prática comum nas unidades do Grupo Anhanguera. “Como é uma instituição com fins lucrativos e ações na bolsa de valores, quanto menos gastar com professores, maior o lucro. É uma lógica mercantilista, uma mercantilização da educação”, critica Maggio.

Segundo o Sinpro-ABC, desde dezembro de 2011, foram homologadas 384 demissões de professores do Grupo Anhanguera. Destes 65% eram mestres e doutores. Levantamento da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), afirma que 1,5 mil professores foram demitidos pelo grupo no fim do ano passado.

Se você conhece outros casos ou gostaria de comentar esta situação, use o espaço para comentários no fim desta página e informe o seu email para retorno no corpo do texto. Se preferir, escreva para educacao@ig.com

segunda-feira, 19 de março de 2012

Mais uma paralisação, desta vez na UNIBAN Rugde! #AnhangueraInimigaEducação - Uee São Paulo

ESTUDANTES NÃO QUEREM NOME DA ANHANGUERA EDUCACIONAL NO DIPLOMA

18/03/2012 - EDUCAÇÃO
Por: Rosângela Dias (rosangela@abcdmaior.com.br) 

Faculdade Anchieta foi comprada pela Anhanguera Educacional no ano passado e gestão passapor adaptações. Foto: Norberto Silva

Alunos da antiga Faculdade Anchieta, comprada pela Anhanguera, temem ser prejudicados com a troca de gestão 

Alunos matriculados na antiga Faculdade Anchieta, em São Bernardo, não querem que o nome do grupo Anhanguera Educacional, que comprou a instituição de ensino no ano passado, conste em seus diplomas universitários. Alguns estudantes alegam que podem ser prejudicados em decorrência do grande índice de reclamações envolvendo a Anhanguera.

As mudanças ocasionadas pela troca de gestão foram o estopim para uma série de protestos organizados pelos alunos que reclamam, entre outras coisas, da redução da carga horária, mudança da grade curricular e reajuste das mensalidades em torno de 11%.

Eleito na última quarta-feira (14/03) presidente do Diretório Acadêmico da unidade, Bruno Vinicius de Almeida salientou que a manutenção do nome da Faculdade Anchieta nos diplomas dos alunos matriculados antes da venda da instituição é uma das principais reivindicações.

“Estão sucateando o ensino e criando um monopólio. Compraram a faculdade sem comunicar os alunos e agora temos de nos conformar com o nome da Anhanguera. Não dá para aceitar”, afirmou. Aluno de Logística, Bruno critica as alterações repentinas na carga horária de alguns cursos.

“Antes as aulas noturnas eram das 19h às 22h30 e hoje os alunos são dispensados por volta das 21h40. Não é só aqui que está acontecendo isso, outras faculdades que foram compradas pela Anhanguera estão passando pelo mesmo problema”, enfatizou.

Matriculada no 3º semestre do curso de Turismo e Eventos, Joseane Soares também está receosa. Ela conta que já ouviu informações de que o diploma sairá com os dois nomes, mas que ainda tem dúvida sobre o procedimento. “Só vamos saber se vai ser assim quando sair o diploma.”

Outras unidades - A Faculdade Anchieta não foi a única instituição de ensino superior do ABCD comprada pelo Grupo Anhanguera. Entre as aquisições estão a UniA e a UniABC (Universidade do Grande ABC), em Santo André; Faenac, em São Caetano; e a Uniban (Universidade Bandeirantes de São Paulo), que possui campus em São Bernardo. Somente em 2011, 12 novas unidades foram adquiridas pelo grupo em todo o País.

O Sinpro-ABC (Sindicato dos Professores do ABC) alega que o Grupo Anhanguera promoveu uma série de demissões na Região, afetando quase 400 profissionais. Desse total, aproximadamente 65% eram mestres e doutores, de acordo com José Jorge Maggio, presidente da entidade. “Na medida em que professores capacitados são demitidos, podem prejudicar a formação dos alunos.”

Em nota, a assessoria de imprensa da Anhanguera Educacional informou que o nome Faculdade Anchieta está sendo mantido nos diplomas emitidos na unidade de São Bernardo.

Sobre as demissões dos professores em dezembro de 2011, a instituição alega que aconteceu em função do planejamento do semestre e que a atualização do corpo docente é necessária para adaptar os currículos das novas unidades ao padrão de qualidade dos cursos da Anhanguera, assim como as mudanças no modelo pedagógico e distribuição das turmas são consideradas processo natural de integração das unidades adquiridas.

terça-feira, 13 de março de 2012

Tem algo errado na Anhanguera!

Anhanguera Demite Mestres e Doutores, aonde estamos !

Qua, 29 de Fevereiro de 2012 10:57
Formação e Valorização dos Profissionais da Educação.
No Sistema Nacional de Educação no campo das políticas educacionais, a formação, o desenvolvimento profissional e a valorização dos trabalhadores da educação (Professores e Administrativos), sempre estiveram presentes de alguma forma na agenda de discussão. Mas acredito que em nenhum outro momento tenha merecido tanta ênfase por parte dos agentes públicos e privadas. Percebemos também, que Formação e Valorização são termos indissociáveis, sendo fundamental a institucionalização de uma Política Nacional de Formação e Valorização dos Professores, que estejam conjugadas com SALÁRIOS DIGNOS, CONDIÇÕES DE TRABALHO e UMA CARREIRA PROMISSORA.
A política de Formação e Valorização dos professores deve estar associada a um Plano de Carreira para todo o magistério e a justa jornada de trabalho, com ações para melhorar a qualidade do ensino, como também, as condições de vida, trabalho e o respeito pelos docentes, garantindo salários dignos, plano de carreira com critérios justos e claros para ascensão e a dignidade do exercício profissional.

Procurei fazer esse resgate histórico para mostrar minha indignação sobre o tratamento que as instituições de ensino dispensam para seus professores. Somos os formadores de uma sociedade que só pode alcançar um nível de excelência tendo uma educação de qualidade e seus mestres com salários dignos e condições adequadas de trabalho. Que qualidade em educação se quer, quando uma instituição de ensino superior de Santa Catarina demite todos os seus MESTRES E DOUTORES sem nenhum critério? Que confiança a sociedade vai ter nestes profissionais mal formados e despreparados. Será que apenas vale o LUCRO em detrimento à EDUCAÇÃO.
O Sindicato dos Professores no Estado de Santa Catarina – SINPROESC está preparado para realizar essa discussão, como também, fazer a defesa incondicional dos professores, buscando na justiça os direitos de nossa categoria.
“A Conferência Nacional de Educação nos documentos elaborados coloca que se deve proporcionar as condições para a definição de políticas educacionais que promovam a inclusão social de forma articulada, entre os Sistemas de Ensino, evidenciando a necessidade de se colocar a educação no centro das atenções do processo de desenvolvimento econômico, atuando como instrumento balizador para o desenvolvimento social do país.”
É importante ressaltar para que aconteça esse desenvolvimento, precisamos ter em sala de aula um professor preparado, motivado e respeitado, com condições de desenvolver seu trabalho, buscando tornar o aluno crítico e reflexivo, com plenas condições de interver nesta sociedade do conhecimento.
Qualidade em educação passa prioritariamente pela valorização dos professores.

Professor Carlos Magno da Silva Bernardo
Presidente do SINPROESC

Anhanguera coleciona reclamações na região

segunda-feira, 12 de março de 2012 7:00
Angela Martins 
Do Diário do Grande ABC

  
A Anhanguera Educacional, que adquiriu cinco instituições de ensino no Grande ABC - UniA, Faenac, Faculdade Anchieta, UniABC e Uniban - mal iniciou o ano letivo e já enfrenta várias reclamações. Os relatos vão desde mudança repentina de endereço do local do curso até turmas sem professor e alterações na grade curricular.
Na unidade Anchieta, em São Bernardo, alunos do 3º semestre de Tecnologia em Radiologia acusam a direção de alterar o endereço das aulas para o campus da Uniban, na cidade. "O gasto com o transporte será alto", diz a estudante Bianca Vitorino, 19 anos.
Alunos de Pedagogia e Logística se queixam de superlotação nas salas. "São 86 pessoas num espaço que só cabem 60", diz a estudante do 2º semestre de Pedagogia, Maria Aparecida da Silva, 29. A colega de sala, Patrícia Fiori, 26, se diz preocupada com o número de aulas à distância. "Tememos que nossa carga horária esteja abaixo do recomendado pelo MEC."
Para a aluna do 3º semestre de Gestão de Relações Humanas, Isabel Gonçalves, 29, a troca de matérias na grade curricular prejudica o ensino. "Tem professor de Psicologia que está dando aulas de Segurança do Trabalho. Diversos estudantes estão pensando em desistir", desabafa.
Na última terça-feira, cerca de 500 alunos da unidade fizeram um protesto em frente à faculdade, cobrando solução para os problemas.

GRADE - No campus da UniABC, em Santo André, os estudantes do 6º semestre de Administração relatam que a grade curricular foi modificada. Foram incluídas disciplinas já cumpridas, sumiram com aulas que seriam ministradas e acrescentaram outras que seriam continuações. "Na grade aparece a disciplina Estágio Supervisionado 2, sendo que nem fizemos o módulo 1", revela Juliana Valentim Gomes, 26.
O problema de superlotação das salas também se repete. "Pior é que o ano letivo começou no dia 27 de janeiro e até agora não tive uma aula sequer por falta de professor", diz André Luiz Orsoli, 27.
Até mesmo quem já se formou tem problemas. Graduada em Pedagogia no campus Faenac, em São Caetano, Nayara Franco, 24, não consegue informações sobre a colação de grau por constar como ‘reprovada' no site da faculdade. "Pedi explicações para a secretaria, mas não consigo contato por telefone."
Em nota, a Anhanguera Educacional afirma que, "em relação ao curso de Tecnologia em Radiologia da Faculdade Anchieta, a instituição propôs aos alunos a possibilidade de transferência para a Uniban São Bernardo. Contudo, os estudantes optaram por permanecer na unidade de origem, onde as aulas acontecem normalmente. A mesma situação se deu aos alunos de Arquitetura, que aceitaram a proposta".
Sobre a mudança curricular no curso de Administração na UniABC, a direção se coloca à disposição para detalhamentos. Quanto ao caso específico de Nayara Franco, informaram que a situação já foi regularizada.

Sindicato quer ação coletiva contra instituição
Sindicato dos Professores do ABC realizou no dia 6 de março reunião com a Federação dos Professores de São Paulo para discutir as demissões em massa que a Anhanguera promoveu no ano passado. Foram 406 demitidos nas unidades do Grande ABC, sendo que 22 conseguiram reverter a decisão por estar perto da aposentadoria e ter direito a estabilidade.
"Nossa ideia é verificar com sindicatos de cidades onde há unidades da Anhanguera se há possibilidade de ação conjunta contra a empresa. Por enquanto, a instituição não se manifestou", diz o presidente da entidade, José Jorge Maggio. A maior parte dos demitidos (135) era da UniABC, sendo que 65% eram mestres e doutores. Em todo o Estado, foram 1.600 demissões.
Em nota, a Anhanguera esclarece que a atualização do corpo docente "é necessária para adaptar os currículos das novas unidades ao padrão de qualidade dos cursos. Nesse ajuste, a Anhanguera reduziu o número de professores temporários e sem titulação, mas realizou contratações de outros em regime integral".

INVESTIGAÇÃO - A Anhanguera ainda está sendo alvo de uma investigação pela Secretaria de Acompanhamento Econômico, do Ministério da Fazenda. O objetivo é verificar se há monopólio do Ensino Superior por parte da instituição. O procedimento é obrigatório quando há aquisições de empresas na qual uma das acionistas tem faturamento superior a R$ 400 milhões no ano anterior à realização do negócio. "O processo ainda está em análise, mas em fase final de apuração. Não há como dar uma previsão porque nada impede que surjam novas dúvidas e a investigação seja estendida", explica o assessor técnico da secretaria, Ricardo Faria.

MEC instaura processo de supervisão nas unidades
Procedimento comum em todas as instituições de ensino superior, o MEC (Ministério da Educação) informa que está em andamento um processo de supervisão na Anhanguera Educacional desde novembro de 2011. Os cursos são visitados por técnicos que verificam as condições de oferta da graduação, observando três aspectos principais: composição do corpo docente, infraestrutura e projeto pedagógico.
Caso sejam constatadas irregularidades, o MEC pode instaurar processo administrativo contra a instituição e um termo de saneamento de deficiências. Não há, ainda, previsão para o término da ação do ministério na Anhanguera. Quanto às denúncias feitas pelos estudantes, o órgão federal afirma que não interferem na relação entre instituição e alunos.
Se os estudantes se sentirem lesados, a saída é procurar um órgão de defesa do consumidor. No entanto, se encaminhada denúncia diretamente ao MEC, o ministério notifica a instituição para esclarecimentos ou encaminha o caso para o Ministério Público, dependendo da gravidade da situação.
De acordo com a advogada da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), especialista em Defesa do Consumidor, Jounig Won Kim, a melhor solução para os estudantes que se sentirem prejudicados pelas mudanças promovidas pela Anhanguera é entrar com uma ação coletiva na Justiça. "A ação, quando feita coletivamente, tem efeito mais eficiente. Os alunos podem entrar com denúncia no Ministério Público e no Ministério da Educação exigindo a readequação do que foi acertado inicialmente em contrato", afirma.
Conforme Jouning, quanto aos prejuízos gerados por mudanças de local do curso, o aluno pode pedir o ressarcimento do dinheiro investido em  transporte.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Notificação Extrajudicial

Notificação extrajudicial é o ato por meio do qual se pode dar conhecimento oficial e legal do conteúdo de um documento a terceiros. A fé pública de que dispõe o oficial notificador torna a notificação um documento de alto valor jurídico.
Notificar é fazer prova incontestável de que o notificado recebeu ou tomou conhecimento do conteúdo de qualquer ato jurídico levado a registro.
Assim, o notificado não poderá alegar desconhecimento do documento ou de seu conteúdo, nem se eximir do cumprimento de suas obrigações alegando ignorância, porque o texto do documento e a comprovação da sua entrega ficam registrados.

Finalidade?
As Notificações Extrajudiciais geram inúmeros efeitos ou conseqüências como fatores de prova. Podem ser utilizadas nos mais diversos casos, seja no plano de soluções amigáveis seja como passo inicial para a tomada de medidas judiciais.
As diligências são feitas pelo oficial ou seus prepostos, os quais são detentores de fé pública, através da notificação extrajudicial e mediante a prova oficial de sua entrega ao destinatário.

Quem pode fazer?
Qualquer pessoa pode notificar e ser notificada, física ou jurídica, bastando para isso seguir os procedimentos a seguir.

Modelo

NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL

A (empresa ou pessoa).

                                                                                              Eu, (nome da pessoa que vai assinar )
venho por meio desta notificação dizer o seguinte: (escrever no máximo em 30 linhas o que ocorreu).

                                                                                              Portanto, fica Vossa Senhoria NOTIFICADA a obrigação de (devolver o dinheiro, fazer)  no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de ser proposta ação judicial para tanto, onde poderá haver também sua condenação nas custas do processo e honorários de a de advogado que buscará inclusive ressarcimento referente aos danos morais suportados.


Cidade,
Nome Completo
Tel.: Telefone




A notificação pode ser enviada  através do correio como "carta registrada com AR" .
Ou através de Email.
Se depois dos 15 dias nada aconteceu, vá ao advogado ou Juizado Especial Cível com sua notificação.
Use também o site Reclame Aqui.
Emails da Anhanguera: equipe.redes@aesapar.com
atendimento@unianhanguera.edu.br
Adaptado da fonte: http://acordocoletivo.org/2012/02/26/notificacoes-extrajudiciais/

quinta-feira, 8 de março de 2012

SINPRO ABC protesta na Anhanguera contra sucateamento na educação

Semana foi marcada por atividades contra as demissões e queda na qualidade de ensino nas universidades do grupo Anhanguera

O Sindicato dos Professores do ABC visitou as instituições da Anhanguera, entre os dias 27 de fevereiro e 5 de março, a fim de alertar toda a população sobre os desrespeitosos projetos do grupo. Relembramos que, somente na região, mais de 400 professores foram demitidos no fim de 2011.

Representantes do Sindicato estiveram na UniA (dias 27 e 29 de fevereiro), UniABC (28/02), Faenac (01/03), Uniban (02/03) e Faculdade Anchieta (05/03), denunciando as arbitrariedades cometidas pelo grupo. No dia 28, na UniABC, membros da União Estadual dos Estudantes de São Paulo reforçaram a atividade.

Em todas as unidades visitadas, o movimento sindical recebeu apoio de alunos, que se mostraram insatisfeitos com a qualidade de ensino ofertada pelo grupo. O excesso de estudantes por sala de aula foi reclamação recorrente entre os discentes. “Segundo relatos ouvidos nas panfletagens, há salas com 98 alunos”, narra o presidente do SINPRO ABC, José Jorge Maggio. “Como professor, posso dizer que é impossível pensar em qualidade em uma situação como esta, onde o profissional não consegue atender e acompanhar cada estudante”, completa Maggio.

Funcionários também denunciaram que a precariedade na Anhanguera não se restringe a salas lotadas, professores e alunos insatisfeitos, mas, também, a prédios com problemas nas instalações hidráulicas e elétricas, por exemplo. Fica cada vez mais claro perceber qual o real interesse do grupo: lucro, bolso cheio! “A preocupação com a qualidade não faz parte desse grupo”, conclui o presidente.

Fonte: Sinpro ABC

Unip reflete sistema universitário sem projeto

Ministério da Educação precisa retirar
sua chancela das bad apples do sistema
universitário nacional

Entre aqueles que se preocupam com os rumos da Universidade brasileira, o escândalo descoberto na Unip e amplamente denunciado na imprensa nos últimos dias continua sendo o assunto do momento, não só pela safadeza que a empresa praticou para burlar os resultados que a favoreceriam no Enade, mas porque o caso parece evidenciar uma infecção generalizada em todo o ensino superior privado nacional. O país está diante de um desafio que pessoalmente classifico como dos mais importantes para o seu futuro e, nessa medida, me parece que não é uma simples apuração de responsabilidades - dessas que a burocracia estatal acaba engavetando - que pode evitar as consequências mais nefastas do episódio.

Como causa dessas "consequências nefastas" (vai aqui um pouco da retórica que me parece que o caso exige) venho usando o conceito de "efeito Anhanguera" - uma cultura da esperteza e do gigantismo econômico-financeiro que se espalha pelo conjunto do sistema e que tem nessa holding uma paradigma que normatiza, para pior, as práticas de todas as escolas privadas. A rigor, penso que esse desdobramento no âmbito da ação dos empresários, com apego às mais legítimas tradições da selvageria com a qual sempre pautaram seu comportamento, tem como resultado a desorganização da presença reguladora do Estado. No final das contas, como pude afirmar em outro comentário, ministros após ministros, governos depois de governos, o que se verifica é sempre a sujeição do poder público à política do fato consumado das empresas. Em suma: duvido muito que o escândalo da burla do Enade seja uma prática exclusiva da Unip e nem que era ignorada pelo MEC.

A outra face do problema entendo que está ligada à filosofia pedagógica que orienta todo o conjunto das avaliações promovidas pelo governo: o critério do desempenho quantitativo do estudante como referência de qualidade. Enem e Enade são também contaminados pela orientação que favorece a constituição fraudulenta e manipulada dos universos de alunos que as escolas relacionam para as provas. A regra do jogo, portanto, o gaming como isso é denominado no editorial do Estadão de hoje (leia aqui), tem espaço que minimiza a prática anti-ética das escolas, o que as estimula a prosseguir na mesma política da vantagem  a qualquer custo.
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Leia aqui a matéria do Estadão de 03 de março e acompanhe os desdobramentos da denúncia sobre as irregularidades praticadas pela Unip na avaliação do ENADE.
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Postado por J.S.Faro às 08:07 
http://www.jsfaro.net/2012/03/unip-reflete-sistema-universitario-sem.html

S.Bernardo: estudantes da Anhanguera protestam

Angela Martins
Do Diário do Grande ABC
  

Os estudantes da Faculdade Anchieta de São Bernardo, adquirida recentemente pela Anhanguera Educacional, fizeram  protesto no início da noite de ontem, em frente ao campus, Avenida Senador  Vergueiro,  contra a administração da instituição de ensino. Em torno de 500 alunos participaram da manifestação, com direito a nariz de palhaço e carro de som.
Entre as reclamações está a demissão de professores com mestrado e doutorado, superlotação de salas de aula em alguns dos cursos oferecidos, como Pedagogia e Logística, diminuição da carga horária com a substituição de aulas presenciais por à distância, aumento abusivo de mensalidade e mudanças na grade curricular sem prévio aviso.
"A ideia do protesto começou quando tomamos conhecimento de que alunos já formados em Contabilidade e Pedagogia não conseguiram emprego após passarem em processos seletivos porque a carga horária dos cursos não condizia com o mínimo pedido pelo MEC (Ministério da Educação)", explica Cristiane Di Pacce, 28 anos, estudante do 5º semestre de Pedagogia.
Com gritos de "Educação não é mercadoria" e "A Anhanguera é a pior faculdade do Brasil", os estudantes concentraram-se na porta da faculdade, mas não impediram a passagem de quem queria assistir as aulas. No entanto, poucos entraram no prédio. A manifestação ainda contou com o apoio do Sinpro (Sindicato dos Professores do ABC). "Os professores não participaram, por medo de represálias, mas se solidarizam totalmente com a situação dos alunos", afirma o presidente da entidade, José Jorge Maggio.
Trânsito
Para chamar mais atenção às reivindicações, o grupo interrompeu o tráfego nas duas pistas da Avenida Senador Vergueiro por cerca de cinco minutos. A medida não afetou o andamento do trânsito. A direção da Anhanguera não recebeu a reportagem para comentar sobre o protesto.

quinta-feira, 1 de março de 2012

SÉRIE DE ATOS MARCAM A MOBILIZAÇÃO DA UEE-SP CONTRA O GRUPO ANHANGUERA

Representantes da entidade foram para as portas dos campis na capital, interior e ABC

A União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP) realizou nesta terça-feira (28) série de atos descentralizados em diversas unidades do Grupo Anhanguera na capital, interior e região do ABC contra as práticas mercantilistas adotadas pela instituição.  

Eleita na última reunião da diretoria executiva da entidade como a “Instituição de Ensino inimiga da educação”, a Anhanguera entrou na “mira” dos estudantes após realizar uma série de demissões em massa. Durante a transição da compra de 13 campus da Universidade Bandeirantes (Uniban) pelo Grupo, foram dispensados mais de 1.500 professores mestres e doutores da universidade, visando o lucro por meio do trabalho de profissionais com titulação inferior.
Por este motivo, os estudantes paulistas anteciparam a Jornada Nacional de Lutas organizada tradicionalmente pelas entidades estudantis no mês de março, em homenagem ao estudante Edson Luis assassinado pela ditadura em 1968, e foram para às ruas já no final de fevereiro.

No interior o clima é de indignação dos estudantes. Como no Grupo Anhanguera não existe movimento estudantil, já que a organização é reprimida, assim que os diretores da UEE-SP chegaram na porta da instituição, foram procurados para auxiliar nos protestos.


Na unidade de Guarulhos muitos estudantes foram pegos de surpresa com a modificação da grade curricular, troca de professores, união de salas de aula e superlotação de muitas delas. O mesmo aconteceu nas unidades do ABC paulista.
Na capital do estado, a mobilização ocorreu na unidade Campo Limpo, zona sul. Representantes da UEE-SP conseguiram entrar nas salas de aula e conversar com os presentes sobre a precariedade do ensino que a instituição oferece. Ao perceber a presença da entidade, os seguranças agiram de maneira truculenta no tratamento de expulsão dos estudantes da universidade. 

Segundo o 1º secretário da UEE-SP, Fábio Garcia, os estudantes não irão se intimidar e as mobilizações continuam. “Por este motivo estamos convocando mais uma vez todos os estudantes a irem para a porta das unidades do Grupo Anhanguera para mais atos à favor de um ensino superior de qualidade e diálogo entre instituição e estudantes”. 

Utilizando a universidade em questão como referência para que não aconteçam estas ou outras ações em quaisquer outras instituições é que os estudantes aprovaram uma campanha focada diretamente nas faculdades particulares. 

Uma consulta pública sobre a qualidade do ensino superior privado será lançada com uma equipe exclusivamente responsável pela coleta das informações e reclamações estudantis.

Thatiane Ferrari (UEE-SP)