sábado, 28 de janeiro de 2012

Vídeo de alunos sobre a espera de 4 horas para serem atendidos

UNIBAN-ANHANGUERA= EXEMPLO DE DESCASO COM ALUNOS - VERGONHOSO!!!

Nota da UNE e da UEE-SP contra a demissão de 1.500 professores do Grupo Anhanguera


Este é o maior corte em uma instituição privada de ensino superior em 20 anos

A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP) vem a público manifestar repúdio a demissão em massa de cerca de 1.500 professores do Grupo Anhanguera. 

A instituição que se tornou a maior rede de ensino superior privado do país, a Anhanguera Educacional adquiriu no ano passado toda a estrutura de 13 campus da Universidade Bandeirantes (Uniban) por R$ 510 milhões. Durante a transição milhares de professores de três unidades na capital paulista, interior e ABC foram demitidos. Boa parte são mestres e doutores, ou seja, demitindo o quadro com maiores salários.

Pela lei, todas as universidades devem ter em seu quadro de funcionários 1/3 de professores com especialização em mestrado ou doutorado, porém os profissionais com estas qualificações que permaneceram na Uniban deverão ter reduzidas cargas de trabalho, diminuindo os salários. Para suprir o corte, novos docentes com titulações menores serão contratados com hora/aulas mais baixas.

Os processos de fusões de instituições privadas de ensino vem afetando a educação oferecida aos estudantes, com aumento de mensalidades, padronização de currículos e até demissão de corpo docente. Todas estas ações vão na contramão da luta das entidades estudantis.

A UNE e a UEE-SP defendem uma universidade que tenha como tripé a qualidade do ensino, a pesquisa e extensão, um amplo quadro de mestres e doutores, possuindo uma estrutura mínima de computadores, biblioteca e materiais didáticos, uma lei de mensalidades que previna o abuso de cobrança, livre organização estudantil e proibição do capital estrangeiro na instituição. Tudo isso só será possível com a regulamentação do ensino privado, emenda que apresentamos ao Plano Nacional de Educação (PNE) que tramita no Congresso Nacional.

Para as entidades estudantis é inadmissível o tratamento da educação como mercadoria, a exemplo do que o Grupo Anhanguera vem demonstrando ao desprezar a qualidade de ensino e transformando a instituição em mera fábrica de diplomas. Por esse motivo, a UNE e a UEE-SP se colocam ao lado dos milhares de estudantes e professores na luta por uma educação de qualidade e soberana no Brasil. 

União Nacional dos Estudantes – UNE
União Estadual dos Estudantes de São Paulo – UEE-SP
27 de janeiro de 2012.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A “DEMOCRACIA” ANHANGUERA E O EMPREENDEDORISMO NA EDUCAÇÃO.

Em entrevista à FOLHA UNIVERSITÁRIA (ed. no. 465), o atual “chanceler” da ANHANGUERA (seja lá o que isso queira dizer...), prof. Antonio Carbonari Netto é apresentado como “educador” e “empreendedor”. Pois bem, sempre que vemos termos como “educação” surgirem vinculados a outros que nos remetem a “negócios” (como é o caso de “empreendedorismo”), sentimos aquele calafrio mortal que geralmente antecede o abismo.  Mas esse tipo de junção de termos, por mais bizarro que nos pareça, vem se tornando cada vez mais comum. Sobretudo quando notamos que o diploma mais cobiçado pelos “educadores” nos últimos anos é o de MBA (Master of Business Administration), um suposto “mestrado” em administração de empresas, mas que na verdade (pelo menos no Brasil) não passa de uma “especialização”.  Mas cheguemos logo ao ponto: a entrevista do nosso auto-intitulado chanceler.

O chanceler-empreendedor da empresa Anhanguera aponta que, em sua organização, duas vezes por ano, toda a estrutura é avaliada: “Nós criamos um índice chamado ISD (Índice de Satisfação Discente) e aquele índice nosso que não tiver 70% de satisfação, na opinião dos alunos, ele tem um prazo ou caduca. Isso quer dizer o quê? O laboratório está com 90%, parabéns, está bom. A biblioteca está com 85%, está ótima”. A iniciativa parece boa, afinal, há que se agradar o consumidor. Nada de muito terrível nisso, afinal, os alunos merecem boas bibliotecas e bons laboratórios. Mas também merecem professores qualificados. Gostaria, portanto, de sugerir uma avaliação da empresa pelos alunos quanto às recentes demissões de professores. Para tanto, tomei a liberdade de pensar em algumas perguntas:

1.“o que você acha de nossa empreendedora iniciativa de demitir 1.500 professores, sobretudo mestres e doutores, para substituí-los por especialistas mais baratos?” 
2. “você concorda com a substituição de professores doutores por professores especialistas nos nossos laboratórios de pesquisa?”
3. “o que você acha de nossa iniciativa empresarial de reduzir o número de bolsas para alunos carentes além de extinguirmos as bolsas-tutor?”

Não existe nada melhor do que fazermos as perguntas certas. Por isso decidi sugerir essas questões, porque o Índice de Satisfação do Aluno é sempre medido ao indagá-lo acerca da “competência” do professor, enquanto nunca se pergunta ao aluno o que ele acha das diretrizes acadêmicas da empresa. Ora, as faculdades privadas reconhecem o problema de guiar suas diretrizes acadêmicas (escolha das disciplinas, discussões acerca das ementas, etc.) com base na opinião dos alunos. Elas sabem que muitos de seus alunos (graças ao deficiente ensino público) são "analfabetos funcionais", ou seja, são incapazes de ler e entender textos simples.

As empresas de educação superior sabem que não podem ser guiadas em suas decisões acadêmicas por esses alunos, mas acham muito razoável guiar suas considerações acerca da “competência” de seus professores pela opinião desses mesmos alunos. Nisso reside o problema da democracia: a opinião da maioria deve ser respeitada, mas essa maioria deve ser suficientemente “esclarecida” e capaz de pensamentos auto-engendrados. Como não é o caso, a “democracia” proposta pelo nosso “chanceler” não passa de uma abstração perigosa da qual a própria ANHANGUERA  faz o possível para se esquivar.

Mas ela não faz isso por ser “comprometida” com a educação. Ela só consegue agir nos estreitos limites do bom senso graças às magras determinações do Ministério da Educação (MEC). Se esse órgão regulador não existisse, as faculdades aceitariam alunos que não falassem o nosso idioma, reduziriam o número de aulas para 5 por semana, proibiriam aulas às sextas-feiras (acho que isso já existe...) e parcelariam os diplomas em 72 vezes no cartão de crédito (o pior é sabermos que boa parte dessas idéias brotaria de sugestões dos alunos).  Afinal, para manter a clientela, de acordo com a máxima de que “o cliente tem sempre razão”, sabemos que as empresas de educação não hesitariam em incorporar aos seus editais qualquer absurdo que pudesse ser recompensado com aumento no número de matrículas. Esse é o modelo brasileiro de “empreendedorismo” na educação.

Anhanguera realiza demissão em massa de professores mestres e doutores

O que acontece quando a educação vira mercadoria
A Anhanguera Educacional tornou-se uma empresa S.A., com ações na bolsa de valores e uma agressiva política de compra de outras instituições. Depois de gastar R$ 800 milhões com a compra de 12 redes de ensino, o grupo tornouse a maior rede de ensino do país. Só no ABC a Anhanguera já adquiriu a Faenac, em São Caetano, a Anchieta e a Uniban, em São Bernardo, a UniA e a UniABC, em Santo André. Com a aquisição de tantas faculdades, era de se esperar que houvesse mudanças no quadro de professores, promovendo assim um alinhamento com as diretrizes do grupo. No entanto, o que acabou acontecendo foi muito mais que isso.

As demissções em massa

Segundo dados da Federação dos Professores de São Paulo (Fepesp), o Grupo Anhanguera demitiu apenas no Estado de São Paulo 1.497 professores. E esse número deve ser ainda maior, uma vez que há relatos de demissão em outros estados, como Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul. Especula-se que a Anhanguera deseje reformular seu quadro com professores de titulação mais baixa. Segundo professores da Anhanguera, a instituição paga a um mestre o valor de R$ 38,00 por hora-aula e, agora, deverá pagar R$ 26,00 aos novos contratados.

O outro lado

Por nota, a Anhanguera Educacional afirma que "A Anhanguera realizou um grande ciclo de aquisições em 2011, com 12 instituições adquiridas, e que a atualização do corpo docente é necessária para adaptar os currículos das novas unidades ao padrão de qualidade dos cursos da Anhanguera. Neste ajuste, a instituição reduzirá o numero de professores temporários, mas também fará contratações de outros em regime integral", diz a nota.

Verdade seja dita

A incoerência da nota publicada pelo grupo Anhanguera encontra-se no fato de que foram realizadas demissões radicais em praticamente todas as faculdades do grupo, ou seja, não foram apenas as 12 instituições adquiridas em 2011 que tiveram baixas em seu quadro docente. Outro aspecto curioso é que 2011 foi ano de avaliação institucional das faculdades do grupo pelo MEC, e os avaliadores do governo encontraram um quadro de professores mestres e doutores que não se encontram mais nas faculdades. A grande sacada aí é que legalmente, as universidades precisam ter ao menos 1/3 de professores com mestrado ou doutorado. Mas há o entendimento de que a porcentagem diz respeito ao número de docentes, não à
quantidade de aulas dadas.

E eu com isso?

Imagine a situação absurda: professores qualificam-se com titulação de mestres e doutores e são penalizados exatamente porque estudam. Sem mencionar que as oportunidades de emprego para mestres e doutores vão acabar se reduzido às instituições públicas, principalmente em regiões como a Grande São Paulo, onde o grupo comprou grande parte das instituições.
"Só dava aula naquela instituição. Sei que na região minhas opções diminuíram, pois não vou procurar nas que integram o grupo. Além disso, a qualidade do ensino fica prejudicada, uma vez que preferem contratar profissionais com menos experiência e estudo", lamenta o professor em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
Para finalizar, a pergunta que não quer calar: "Por que será que o MEC não toma uma atitude a respeito deste sucateamento do ensino privado superior no país?".

http://www.posgraduando.com/pos-graduacao/anhanguera-realiza-demissao-em-massa-de-professores-mestres-e-doutores

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O CÍRCULO VICIOSO DA IGNORÂNCIA: DO ENSINO FUNDAMENTAL PÚBLICO AO ENSINO SUPERIOR PRIVADO.

Qualquer professor universitário que tenha trabalhado como corretor de provas em uma faculdade particular qualquer sabe quais são as diretrizes implícitas nesse processo: devemos aprovar o maior número possível de alunos. A conseqüência mais imediata dessa lógica é a criação de uma “aporia” (um impasse, um caminho sem saída) com a qual todos nós, professores, devemos lidar: como ensinar conteúdo complexo a alunos que, em sua maioria, mal conseguem ler e entender um texto simples? Como ensinar, por exemplo, “Filosofia da educação”, “Direito Penal” ou (o que é pior) “Álgebra linear” a alunos que são, visivelmente, “analfabetos funcionais”?

O resultado inevitável dessa situação é a evasão. Muitas vezes, a dificuldade para acompanhar o curso obriga esses alunos a trancarem suas matrículas. Até aí, nenhuma novidade, apenas um “ajuste” inevitável sobre uma situação absolutamente insustentável. Mas o problema é que os professores são responsabilizados por essa evasão. E os alunos, quando consultados acerca da “competência” do professor, argumentam que ele “não sabe passar a matéria”. Ora, não existe uma “maneira certa” de se ensinar conteúdos complexos a alunos analfabetos funcionais ou com graves dificuldades de aprendizagem. Não somos mágicos. Professores do ensino superior privado também não são “alfabetizadores”. Não é essa nossa função, e mesmo que fosse não seria possível alfabetizar alunos ensinando “cálculo infinitesimal” ou “psicopatologia geral”. Não quero com isso responsabilizar esses alunos pelos seus problemas ou argumentar que se trata de algum tipo de “deficiência congênita”. Sei que todo esse problema é fruto de um ensino fundamental e médio deficientes. E é exatamente aí que reside minha preocupação.

Muitos desses alunos conseguirão se formar apesar dessas deficiências; boa parte deles em cursos como Letras e Pedagogia. E o curso de Pedagogia, como sabemos, é exemplar: os alunos que não desistem logo no primeiro semestre (lógica que se aplica a quase todos os cursos), apesar de graves deficiências e graças à condescendência de seus professores (que não querem ser responsabilizados pelo fracasso dos alunos) conseguem se formar. Apoiados no conteúdo das revisões que antecedem as provas e geralmente sem terem lido um único livro ao longo de toda a graduação, mesmo assim eles conseguem se formar. Em parte, é claro, por nossa culpa. Nós, professores, vivemos sempre um "dilema moral" no período de provas: seguimos nossas consciências e reprovamos boa parte dos alunos (nos submetendo assim à uma avaliação negativa); ou aprovamos quase todos eles (escapando das suspeitas da instituição acerca de nossa "competência" ao garantirmos a estima dos alunos).  A "empresa" quer clientes satisfeitos e os alunos/clientes querem notas boas mesmo não tendo assimilado a matéria. Eis aí a fórmula para a desgraça educacional.

Pois bem, aquilo que mais preocupa nesse processo é que serão esses alunos (e dentre eles muitos analfabetos funcionais milagrosamente diplomados) os “educadores” de nossos filhos. Desnecessário dizer que com isso alimentamos o circulo vicioso que tem inicio na educação fundamental e que se encerra no ensino superior privado, para retornar, lamentavelmente, ao ensino fundamental.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Anhanguera está na mira do governo

Anhanguera está na mira do governo
Camila Galvez 
Do Diário do Grande ABC
terça-feira, 24 de janeiro de 2012 7:00
  
A compra da UniABC pela Anhanguera Educacional, realizada em julho, está em apuração na Secretaria de Acompanhamento Econômico, do Ministério da Fazenda. O objetivo é verificar se há monopólio do Ensino Superior por parte da instituição, que já adquiriu outras quatro faculdades no Grande ABC - Uniban, UniA, Anchieta e Faenac.
O procedimento é obrigatório quando há aquisições de empresas na qual uma das acionistas, no caso a Anhanguera, tem faturamento superior a R$ 400 milhões no ano anterior à realização do negócio. Além da SAE, a Anhanguera também foi obrigada a notificar a Secretaria de Direito Econômico, do Ministério da Justiça, e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, mas a apuração da aquisição é iniciada sempre pelo Ministério da Fazenda.
Conforme explicou o assessor técnico da secretaria, Ricardo Faria, cabe ao órgão produzir relatório para ser enviado ao Cade, que tem o poder de aprovar ou não a compra da UniABC. "O prazo para elaborar a documentação é de 30 dias, mas cada vez que precisamos solicitar informações, ele é interrompido". No caso do processo da Anhanguera, já se passaram 158 dias corridos. "É possível perceber que há preocupação do ministério em apurar se há ou não monopólio, pois a maioria dos atos de concentração que chegam até nós são julgados dentro do prazo de 30 dias", observou.
As informações para compor o relatório são colhidas com outras instituições de Ensino Superior privadas da região, que compõe o mercado concorrente da Anhanguera. O Diário teve acesso a documento enviado pela SAE à Fundação Santo André com pedido de esclarecimentos. Segundo Faria, o procedimento é padrão e outras instituições da região poderão ter de responder ao questionário.
Caso seja constatada a formação de monopólio, o Cade pode obrigar a Anhanguera a se desfazer de parte do patrimônio adquirido, ou de sua totalidade. O problema é que a instituição promoveu a demissão de 348 professores das faculdades que comprou antes mesmo de ter a aprovação do órgão.

MUDANÇAS

Conforme a Lei 8.884/94, as empresas são obrigadas a informar os órgãos federais sobre aquisições e fusões apenas após a concretização do negócio. Segundo o advogado especialista em Direito da Concorrência José Inácio Gonzaga Franceschini, isso deve ser alterado a partir do dia 1º de junho, quando entra em vigor nova legislação.
Franceschini destaca ainda que os prazos propostos pelos órgãos avaliadores, na prática, não têm muito significado. "Processos complexos costumam levar mais de um ano para serem apurados."
O especialista, porém, não acredita que as compras promovidas pela Anhanguera na região deverão se reverter. "O entendimento do Cade sobre esse assunto ainda é nebuloso, mas há tendência de encarar como produto o curso, e não o Ensino Superior como um todo". Neste caso, pode ser constatado que a Anhanguera monopilizou uma determinada graduação no Grande ABC, e então o Cade poderia obrigá-la a vender determinada faculdade. "Mas é difícil, pois o Cade avalia o espaço geográfico do mercado como sendo estadual, e não regional."
A Anhanguera afirma, por meio de nota, que o procedimento é padrão e que está cumprindo as exigências da lei. Quanto à preocupação por parte da SAE, a instituição se limitou a dizer que o Cade avalia todas as aquisições realizadas pela Anhanguera em diversas cidades brasileiras, independente da região, sem, portanto, haver dedução antecipada de concentração do grupo no Grande ABC.

Educação virou fetiche, garante especialista

Para o professor do Departamento de Educação da Universidade Federal de São Carlos e autor do livro Novas Faces da Educação Superior no Brasil, João dos Reis Silva Júnior, a monopolização da Anhanguera no Ensino Superior demonstra que a Educação se tornou fetiche. "O aluno vê o que não existe, no caso, a formação universitária, e não enxerga o que existe, que é a ilusão de que será profissional qualificado."
O especialista aponta ainda que a Anhanguera é uma empresa com capital na Bolsa de Valores e que possui, inclusive, investidores internacionais. "Trata-se da segunda maior instituição de Ensino Superior privada do mundo."
Silva Júnior acredita que monopólios como esse podem, inclusive, piorar a qualidade da Educação Básica no País, já que a maioria dos cursos são de formação de professores. "Com mensalidades de R$ 200 e baixa qualidade de ensino, estamos criando um círculo vicioso com consequências desastrosas", prevê.

Universidade terá de indenizar demitidos

O presidente do Sindicato dos Professores do Grande ABC, Jorge Maggio, informou ontem que a Anhanguera Educacional terá de pagar indenizações aos 384 professores que foram demitidos no Grande ABC. A conquista foi obtida após negociações entre a entidade e o grupo. O acordo evitou que a questão fosse parar na Justiça.
O número exato de demissões foi divulgado ontem. Em todo o Estado, foram 1.500. Todos serão beneficiados com a medida. Metade dos docentes demitidos era da UniABC e 80% do total eram mestres e doutores.
O grupo concordou em pagar metade de um salário para cada professor desligado da instituição, além da garantia de três meses de plano de saúde. As exigências passam a valer após a conclusão das homologações, prevista para dia 3.
Agora, volta à pauta a discussão pedida ao Ministério da Educação sobre o plano pedagógico adotado pela instituição, que é acusada por funcionários e pelos próprios alunos de precarizar o Ensino Superior. A troca de comando da Pasta irá atrasar a análise. O novo ministro, Aloízio Mercadante, assume hoje o lugar de Fernando Haddad. (Maíra Sanches)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Demitidos da Anhanguera têm direito à indenização

18/01/2012
Demitidos da Anhanguera têm direito à indenização

Os professores demitidos do grupo Anhanguera em dezembro receberão meio salário a mais como verba de indenização e podem manter o plano de saúde inalterado até março.

A faculdade também pagará os valores previstos na Cláusula 21 da Convenção Coletiva do ensino superior, junto com o que diz a Lei 12.506/2011, que trata do aviso-prévio. Isso representa seis dias de indenização por ano trabalhado.

As indenizações valem para os professores que trabalhavam em unidades onde estão os sindicatos integrantes da Fepesp. Nos três meses do plano de saúde, a empresa continua a pagar a parte dela na mensalidade.

Os sindicatos questionaram a empresa após o anúncio das dispensas. Os representantes da Anhanguera recusaram-se a anular a decisão, mas concordaram em aumentar a indenização e o plano de saúde.

Os sindicatos entendem que as medidas são um paliativo e continuarão a agir em defesa da categoria, inclusive em relação às demissões. As entidades estão fazendo um levantamento completo das demissões para montar um quadro com o perfil dos professores afetados. Um argumento usado pela empresa é que as demissões envolvem, na maioria, docentes sem título de mestres ou doutores.

Fepesp e sindicatos estão de olho aberto.

Corte na Anhanguera chega a 1.500 professores em São Paulo

Corte na Anhanguera chega a 1.500 professores em São Paulo
O tamanho das demissões do Grupo Anhanguera em São Paulo contabiliza, pelo menos, 1.497 professores nas várias regiões do estado. Levantamento da Fepesp com 12 sindicatos indica que o ‘presente de Natal’ da empresa atinge mais do que se imaginava.
Os docentes que foram demitidos em dezembro começaram nos últimos dias a terem as dispensas homologadas. O maior número de cortes ocorreu nas cidades do ABC, 383 foram para a rua – 40% do total. Em média, a medida atingiu 35% dos professores, nas 12 regiões pesquisadas.
As homologações permitirão conhecer melhor qual o alcance das demissões e os números finais. Há suspeitas que a maioria dos cortes recaiu sobre mestres e doutores, que têm média salarial maior.
As demissões do fim do ano não se restringiram a São Paulo e repetiram-se pelo menos em Niterói (RJ) e no Rio Grande do Sul. O mesmo pode ter ocorrido nos outros cinco estados, mais o Distrito Federal, onde a faculdade mantém unidades.
Entre as últimas aquisições da Anhanguera, estão as faculdades da Uniban, onde também houve cortes. A empresa é um dos maiores grupos de educação do País, ao lado de Kroton e Estácio.
No blog Truculência e lucros exorbitantes de um monopólio, professores que foram cortados da UniABC escreveram um carta ao ministro da Educação, Fernando Haddad. Além de divulgar a carta, a página sugere que as denúncias sejam encaminhadas ao órgão federal.











Fonte: Fepesp

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Vergonha! Demissões na Anhanguera já superam 1.100 ...

Vergonha! Demissões na Anhanguera já superam 1.100 ...
de admin
Vergonha! Demissões na Anhanguera já superam 1.100 professores. Levantamento preliminar entre oito sindicatos de professores (São Paulo, ABC, Campinas, Sorocaba, Bauru, Guarulhos e Taubaté) mostrou que a Anhanguera demitiu em ...
CONTEE - Confederação Nacional dos ...

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O PROBLEMA DO PAGAMENTO DAS MENSALIDADES DE FEVEREIRO

Muitos alunos estão indignados com a necessidade de se pagar a mensalidade do mês de FEVEREIRO, sendo que as aulas só recomeçam no dia 27. Pois bem, convém explicarmos o motivo da indignação (antes que a Anhanguera argumente tratar-se de um direito absoluto da instituição).

No ano passado, quando ainda éramos alunos da UNIBAN, as provas do meio do ano tiveram início na primeira semana de JUNHO. O resto do semestre foi completado com vistas de provas. No segundo semestre de 2011 as provas começaram na segunda semana de novembro. Logo, são 2 semanas sem aulas (sem "matéria", para ser exato) em JUNHO, 4 semanas em JULHO, 2 semanas em NOVEMBRO, 4 semanas em DEZEMBRO, 4 semanas em JANEIRO e agora 4 semanas em FEVEREIRO. Em resumo, temos 7 meses de aulas ao longo do ano mas pagamos 12 mensalidades.

Como essa conta não fecha, nem mesmo se a faculdade tentar ser criativa em suas explicações, imagino que o cálculo do número de horas-aula dos alunos ao longo do curso esteja bastante “superfaturado”. Os dados apresentados ao MEC certamente não correspondem à realidade.

Mas essa demora no início das aulas em FEVEREIRO possui uma outra explicação. A Anhanguera precisa repor (por especialistas) os professores mestres e doutores que foram demitidos em dezembro, e isso leva tempo. Além desse problema, ela precisa adiar ao máximo a data de início das aulas, prolongando o quanto puder o número de processos seletivos (“vestibulares”) para conseguir formar o maior número possível de turmas. E são os alunos os patrocinadores desse processo.

Sendo assim, segue um conselho: paguem as mensalidades e depois façam suas denúncias ao MEC, ao PROCON e acionem o JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (JEC). Alguma coisa deverá funcionar.

A FARSA E A TRAGÉDIA NA FACULDADE ANHANGUERA

Prof. Richard Martins Kowalski

Há pelo menos 2 anos, e sobretudo após o “caso Geisy”, convivemos com os boatos de que a UNIBAN seria vendida. Alguns professores, os mais otimistas, supunham que isso seria algo impossível de acontecer. Acreditavam todos que nenhuma instituição no país teria capital suficiente para embarcar na aventura de comprar uma universidade à beira do colapso financeiro e com a imagem tão (justamente) deteriorada. Acreditávamos que ela poderia falir, mas não que seria comprada. Lidamos com esses boatos, que surgiam ocasionalmente, com a incredulidade saudável de quem entende a lógica dos boatos.

Seguindo uma exigência do Ministério da Educação (MEC), que determina uma certa porcentagem de professores “mestres” ou “doutores”, bem como de um regime de trabalho em tempo integral (T.I/40 horas) para o caso de Universidades (a legislação é diferente no que diz respeito a Faculdades), as despesas da UNIBAN com a folha de pagamento subiram drasticamente. O fantasma da falência reforçou os boatos acerca da venda da universidade, boatos que, ao se tornarem do conhecimento do reitor foram veementemente negados. Os coordenadores acadêmicos, pedagógicos e os presidentes de instituto se esforçaram para convencer os professores de uma informação na qual muitos deles sequer acreditava. Aprendemos, a partir daí, que na UNIBAN (bem como em qualquer organização), se o boato fosse positivo para os funcionários (ou para os alunos) deveria ser mentira; mas se ele fosse negativo, então certamente seria verdadeiro. E a lógica subjacente a esse raciocínio era das mais simples: não há necessidade de se mentir sobre uma informação positiva. Pouco tempo depois todos os “presidentes” de instituto foram demitidos junto com muitos funcionários administrativos. Não sabíamos ainda, mas era a reestruturação inicial antes da venda.

Então, em um final de semana em setembro, ficamos sabendo (pelos jornais) da compra da UNIBAN pela Anhanguera. Muitos professores imaginaram que isso representaria uma mudança para melhor, tanto na qualidade do ensino, quanto no tratamento dispensado aos professores. Como a UNIBAN havia convertido a “iniciação científica” no indigesto festival pirotécnico do “fórum universitário”, imaginamos uma política de incentivo à pesquisa que fosse séria. Esperamos também um aumento significativo no número de bolsas de estudos para os alunos ingressantes, bem como mudanças radicais nas formas de avaliação (criticada por alunos e professores).

A sinalização da Anhanguera, no início, foi positiva. Recebemos por e-mail manuais com orientações aos alunos afirmando que as mudanças seriam para melhor e que NÃO haveriam demissões em massa. Apesar das discrepâncias entre os salários dos professores da UNIBAN e da Anhanguera, essa hipótese nunca foi considerada seriamente, afinal, imaginamos que seria implausível demissões em larga escala. No máximo seríamos instados a negociar nossos salários. Nesse momento ainda imaginávamos que a Anhanguera quisesse deixar de ser uma Faculdade, para com a aquisição da UNIBAN, ascender ao status de Universidade.

A ilusão durou pouco. Rapidamente soubemos das suspensões das bolsas de estudo que podiam ser oferecidas pelos professores, do aumento nas mensalidades, da extinção do cargo de T.I (tempo integral/40 horas) e da intenção da Anhanguera em permanecer como Faculdade. Tudo isso aconteceu seguindo uma outra “mutação” que deveria nos ter servido de alerta: a Anhanguera referia-se a si mesma não como uma Universidade (o que já constituía um problema), mas como uma “empresa”; seus professores eram agora chamados de “colaboradores” e seus alunos de “clientes”. No início de novembro os coordenadores pedagógicos/acadêmicos participaram de um “treinamento” em uma das cidades do interior de São Paulo onde a Anhanguera atua, momento em que (dentre outras coisas) a estrutura da instituição lhes foi apresentada. Eles retornaram otimistas e cheios de planos e novidades para contar. Em menos de 2 semanas praticamente todos eles seriam demitidos sem aviso.

Surgiu então, na UNIBAN, um novo boato: para “cortar gastos” a Anhanguera demitiria quase todos os professores mestres e doutores. Violando a lógica do “se for ruim, não deve ser boato”, imaginamos que isso seria não só impossível quanto ilegal, imoral e contraproducente. Quando o absurdo é grande, a razão tem alguma dificuldade para processar a informação. Em seguida, ouvimos dizer que não só mestres e doutores seriam demitidos, como aqueles doutores que permanecessem empregados teriam uma “cota” de aulas: no máximo 3 aulas semanais, o que representaria, na prática, uma redução de cerca de 80% no salário. Ou seja, na prática eles apenas “alugariam” seus títulos para que a Anhanguera pudesse mostrá-los ao MEC.

Contudo, desta vez o boato durou pouco tempo: em menos de 3 semanas o mais insano dos cenários provou ser verdadeiro. Faltando poucos dias para as festas do final do ano, quando os alunos já desfrutavam de suas férias, as tais reestruturações assumiram sua verdadeira face: demissões em massa. O momento foi escolhido com a inteligência empresarial típica; depois que os professores corrigiram as provas finais e os alunos não tinham mais como reagir por conta das férias. Muitos só saberão das novidades em 2012.

Enquanto tudo isso acontecia com a UNIBAN, a lógica empresarial da Anhanguera fazia estragos em outra frente. O colégio Salete, recém adquirido, vivia seu próprio drama. Em uma reunião com os empresários da Anhanguera, pais, alunos e professores foram informados de que o colégio estaria “encerrando suas atividades”. Todos os professores (muitos deles com filhos estudando no Salete) foram demitidos imediatamente e os alunos, muitos deles bolsistas, ficariam sem suas bolsas de estudo e sem escola. Essa foi mais uma das “reestruturações” empreendidas pela nova gestão. Logo em seguida os alunos foram informados, no final do semestre, que a unidade Rudge seria desativada (ao que parece, ela já havia sido vendida) e que eles teriam que ser remanejados para outras unidades. Tudo isto estava sendo feito, naturalmente, em “benefício” dos alunos. E como há males que não conseguimos identificar a qual bem eles estariam a serviço, os alunos ficaram sem entender e a Anhanguera achou que não havia qualquer necessidade de fornecer maiores explicações. O ônus das reestruturações começava a ser pago pelos alunos.

Mas como as farsas duram mais tempo que as tragédias, a fase das mentiras não havia ainda chegado ao fim. Alguns alunos, geralmente os melhores e mais próximos de seus professores ficaram sabendo imediatamente dos últimos acontecimentos e esboçaram alguma reação, que mesmo tímida, precisava ser neutralizada imediatamente. Essa contra-ofensiva ficou a cargo dos empresários da Anhanguera e dos poucos professores sobreviventes, agora alçados à nova categoria de “coordenadores de curso”. Esses coordenadores recém empossados entraram em contato com alguns desses alunos para impedir que um protesto na unidade Osasco acontecesse. O argumento terrorista deles foi o de que “isso seria pior para os alunos” e talvez “o resto dos professores fosse demitido”. Mas mesmo assim, decidiram barganhar da forma mais espúria: ofereceram, como sinal de boa vontade aos alunos, retirar o nome de um dos professores da “lista” de demitidos. Marcada uma reunião com os representantes de sala e outros alunos, os dirigentes da empresa tentaram explicar o inexplicável. O problema inicial foi o de qualquer empresa que utiliza o eufemismo “reestruturação” em lugar de “demissão em massa”: ela precisa distorcer a realidade e alterar o significado dos termos para conseguir atribuir algum sentido àquilo que não faz sentido algum.

Como o primeiro ato dessa comédia toda não surtiu o efeito esperado nos espectadores, os empresários da Anhanguera decidiram apelar, novamente, para as explicações calcadas nos “benefícios”, para os alunos, dessa “reestruturação”. Os alunos presentes tiveram que escutar todo o malabarismo verbal da empresa tentando provar logicamente que professores “especialistas” – pasmem – seriam superiores a professores “mestres” e “doutores”, e que tal mudança seria um “avanço”, uma melhoria significativa para o processo de ensino-aprendizagem. Fico imaginando... como a USP, a Unicamp ou a UNESP não pensaram nisso antes? Demitir todos os mestres e doutores para melhorar a qualidade do ensino foi mesmo a contribuição mais original da organização Anhanguera à sociologia da educação no século XXI. Na prática eles levaram essa lógica às últimas conseqüências, mas no site da instituição a propaganda de muitos cursos prega a existência de 70% (ou mais) de mestres e doutores no quadro docente. Se os especialistas são tão “superiores”, por que usar o alto índice de mestres e doutores como propaganda no site? Propaganda enganosa, naturalmente, e que mostra bem as incoerências no discurso da empresa Anhanguera.

Que alguns dos alunos presentes, mais preocupados com o valor das mensalidades do que com a qualidade do ensino tivessem aceitado tal argumento, seria compreensível. Sabemos da deficiência de muito desses alunos, de sua falta de treinamento/interesse político (que em parte podemos atribuir à ausência de “centros acadêmicos”), e de suas relações de “clientes”, de inimigos pagantes de seus professores – considerados seus inimigos pagos – por estarem estes entre a “empresa” e os clientes/alunos. Sabemos que muitos alunos percebem seus professores como o elemento intermediário entre a empresa (que tem interesse em distribuir diplomas) e eles mesmos (interessados em adquirir esses diplomas), intermediário esse cujo único (e sinistro) interesse residiria em “atrapalhar” essa negociação financeira. No caso desses alunos, seria até compreensível que deixassem de notar (por estarem mais interessados no valor das mensalidades de seus diplomas) o argumento delirante da Anhanguera. Mas não podemos dizer o mesmo dos novos “coordenadores”, responsáveis pela demissão de seus próprios colegas de trabalho enquanto subscreviam as diretrizes da nova empresa.

A resposta cínica de que “quem tem família para sustentar não pode ser dar o luxo de ter princípios” sempre caminhou, em todos os tempos, através da trilha aberta pela capitulação moral. E em tempos sombrios (como nos mostrou o intervalo monstruoso do nazismo) suas conseqüências sempre foram as mais devastadoras. Enfim, alguns desses, os mais sádicos (porque eles existem em todos os lugares) devem ter se sentido muito a vontade com essa nova lógica, perversa em sua origem. Outros devem ter “sofrido” com toda essa situação, mas não existe nada mais forte (e demasiadamente humano) do que o poder da “racionalização”. Em pouco tempo, mesmo estes, para conseguirem lidar com o conflito moral, passaram a acreditar (mais ou menos sinceramente) no discurso empresarial da Anhanguera. Imagino que dentre estes (descontados os sádicos) estão todos aqueles que sempre se mantiveram otimistas com o rumo das coisas. Incluídos aí, devem estar, certamente, muitos professores das áreas de “administração” e “psicologia organizacional”, sempre tão alinhados com o discurso neoliberal. Estes, muito habituados a utilizarem o termo “reestruturação” em suas aulas, estejam agora desempregados ou não, terão uma oportunidade valiosa para aplicar suas teorias aos novos rumos da educação superior no país.

Mas este manifesto não surgiu para protestar contra as demissões empreendidas por empresários disfarçados de educadores. Alguns de nós, dentre os quais penso me incluir, nunca foram ingênuos ao ponto de acreditarem que as instituições privadas de ensino superior constituíssem “centros de excelência acadêmica”. Nunca vesti (e agora devo falar apenas por mim) a camisa da empresa. Nunca achei que qualquer empresa representasse uma “família” ou que fossemos, nós professores, indispensáveis ou insubstituíveis. Esse tipo de crença pode até ser uma prerrogativa da docência superior pública; certamente não da privada.

Por conta dessa confusão, muitos professores acharam (e ainda acham) absolutamente irracional a atitude da Anhanguera. Particularmente, não vejo nada de irracional em todo esse processo. Se entendermos “racionalidade” como a adequação entre meios e fins, nada há aí que possamos considerar irracional. A perplexidade surge não do desconhecimento dessa fórmula que define a racionalidade, mas do equívoco na compreensão do fim visado. Se aceitarmos o discurso ideológico da Anhanguera de que o “fim” a que se destina tais reestruturações seria a melhoria na formação dos alunos/clientes, então o “meio” escolhido para se atingir esse fim seria naturalmente irracional. Contudo, se rejeitarmos esse argumento e substituirmos o fim alegado pelo verdadeiro “fim” visado – dinheiro, lucro – então toda a equação voltaria a fazer sentido e aquilo que parecia irracional revelaria uma racionalidade evidente. Se a Anhanguera admitisse suas reais intenções e tentasse argumentar a partir daí, então o seu discurso pareceria menos delirante.

Tendo isso em conta, esse manifesto visa alertar a todos acerca do perigo de permitirmos que a educação superior opere segundo a mesma racionalidade das instituições financeiras. Em outros termos, se a política do McDonald’s é racional para vender lanches, não pode ser considerada racional (se tivermos em mente uma educação de qualidade) quanto ao mercado de diplomas. A educação como um direito do cidadão a ser assegurado pelo Estado deveria escapar a essa política, afinal, se as faculdades particulares proliferaram no vácuo gerado pela inoperância do Estado em gerir a educação superior pública, o Ministério da Educação deveria, pelo menos, fiscalizar com mais empenho os abusos provocados por essa inoperância.

Um exemplo cabal dessa falta de uma regulamentação está sendo a “festa” do ensino à distância (EAD). Em sua origem, a idéia de se “democratizar a informação”, atingindo estudantes, professores e profissionais das mais diversas áreas em remotas cidades do interior do Nordeste ou da Amazônia nos pareceu muito apropriada. Porém, com o passar do tempo, as faculdades particulares perverteram essa boa idéia (sem qualquer oposição do MEC), transformando-a em uma forma fácil e barata de formar alunos residentes nos grandes centros urbanos. Assim, o EAD perdeu sua orientação “social” inicial para se converter em uma verdadeira mina de ouro para o ensino superior privado. Cursos de graduação e pós-graduação à distancia proliferaram por todo o país com o consentimento do Ministério da Educação, que repassou à iniciativa privada sua responsabilidade por atender às demandas das populações carentes e distantes dos grandes centros urbanos.

E os professores que, por má fé ou estrabismo intelectual não perceberam o absurdo da proliferação dos cursos EAD, argumentando ser impossível barrar o novo “espírito do tempo” amargam hoje suas demissões e mesmo assim não conseguem notar todas as implicações da catástrofe. Tais professores que sucumbiram ao discurso ideológico do ensino à distância (confundindo aquilo que “é” com aquilo que “deve ser”) podem contemplar agora as conseqüências lógicas de uma prática condenada ao sucesso, mas condição da desgraça.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Sindicato vai à Justiça por professores

Sindicato vai à Justiça por professores
Diário do Grande ABC
O presidente do Sindicato dos Professores do ABC, Jorge Maggio, sinalizou ontem que parte dos docentes demitidos em dezembro pelo grupo Anhanguera deve ...
http://www.dgabc.com.br/News/5935930/sindicato-vai-a-justica-por-professores.aspx

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O Professor, a Psicanálise e a motivação do aluno

09 de setembro de 2011, às 16h31min
O Professor, a Psicanálise e a motivação do aluno
O responsavel pela motivação do aluno em sala de aula está mais ligada ao que ele busca na vida, do que a própria atividade do professor. O discurso Capitalista toma conta da Educação.


Por Ernesto Friederichs Mandelli

Abaixo-assinado contra a demissão dos professores Mestres e Doutores da Uniban

 Abaixo-assinado contra a demissão dos professores Mestres e Doutores da Uniban

ANHANGUERA EDUCA... - :: Blog do Alfaro - Fazendo cidadania ...

ANHANGUERA EDUCA... - :: Blog do Alfaro - Fazendo cidadania ...
ANHANGUERA EDUCACIONAL – FRUSTRAÇÃO E APREENSÃO. quinta-feira, 29 de Dezembro de 2011 | 17:08. O Brasil vive momentos de grande ...

Audiência pública!



    • quarta, 8 de Fevereiro de 2012
    • Hora
      15:00 até 18:00
  • Onde
    auditório Franco Montoro da Assembleia.
  • Descrição
    A quem interessar possa... EU estarei lá!

    pela ética ou pelo nosso próprio bem a uniban\anhanguera vai formar os profissionais que estarão na sua vida futura pensem nisso

    SINPRO-SP entra na Justiça contra as demissões na Anhanguera
    O Sindicato protocolou hoje (22/12/11) um dissídio coletivo de natureza jurídica pedindo a anulação das demissões em massa promovidas pela Uniban/Anhanguera neste fim de semestre letivo.
    A expectativa do departamento jurídico do SINPRO-SP é que uma liminar garantindo a reintegração dos professores seja concedida , como explica o advogado Ricardo Gebrim.
    A notícia das demissões em massa promovidas pela Anhanguera Educacional ganhou destaque em jornais e portais de notícia. Nas redes sociais, a reação é de indignação e repúdio contra a decisão dos novos mantenedores da Uniban e outras instituições da grande São Paulo, que também sofreram com cortes de professores, em um total de 680 demissões.
    Há também registro de demissões de professores em todas as cidades onde há instituições do grupo Anhanguera no país.
    Assembleia Legislativa
    Após as denúncias do SINPRO-SP, o deputado estadual Carlos Giannazi protocolou pedido de convocação dos mantenedores da instituição para dar explicações sobre as demissões junto à Comissão de Relações do Trabalho e à Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de São Paulo.
    Além disso, haverá uma audiência pública sobre as demissões no dia 8 de fevereiro, às 15 horas, no auditório Franco Montoro da Assembleia.

Ensino chega a R$ 2,4 bi em aquisições

Ensino chega a R$ 2,4 bi em aquisições
Portogente
Este é o montante investido somente por Anhanguera, Abril Educação, Estácio e Kroton, segundo levantamento feito pelo Valor. Trata-se do maior volume já negociado em compras de empresas no setor de ensino no país pelo menos desde 2007, quando os grupos ...

sábado, 7 de janeiro de 2012

Faculdade Anhanguera transmite aula ao vivo pelo Facebook

Faculdade Anhanguera transmite aula ao vivo pelo Facebook
EPTV
A Faculdade Anhanguera transmite a aula “Atração e Retenção de Talentos: Os desafios do Gestor de Pessoas” pelo Facebook, nesta terça-feira (6), a partir das 19h. A transmissão ao vivo marca o lançamento da página oficial da instituição no Facebook, ...
http://eptv.globo.com/educacao/NOT,0,0,382641,Faculdade+Anhanguera+transmite+aula+ao+vivo+pelo+Facebook.aspx

Depois das aquisições, as demissões

Depois das aquisições, as demissões
Grupo Anhanguera demite 680 professores de 3 unidades recentemente ... Justificativa do Anhanguera para demissões é adequação à carga horária e padrão ...
http://meioemensagem.com.br/home/marketing/noticias/2011/12/21/Depois-das-aquisicoes--as-demissoes.html

Anhanguera Educacional demite 600 professores | Brasilianas.Org

Anhanguera Educacional demite 600 professores | Brasilianas.Org
A Anhanguera Educacional, maior rede de ensino superior do país, demitiu neste final de ano cerca de 680 professores de três instituições adquiridas ...
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/anhanguera-educacional-demite-600-professores

Truculência e lucros exorbitantes de um monopólio

Truculência e lucros exorbitantes de um monopólio

http://anhanguera-uniabc-demissaoemmassa.blogspot.com/

A loucura do ensino privado e os abusivos reajustes da mensalidade. A culpa é só dos gestores?

A loucura do ensino privado e os abusivos reajustes da mensalidade. A culpa é só dos gestores?

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Anhanguera demite cerca de 680 docentes em São Paulo

Anhanguera demite cerca de 680 docentes em São Paulo
Data: 21/12/2011. Anhanguera demite cerca de 680 docentes em São Paulo O início do ano terá um gosto amargo para os cerca de 680 professores paulistas ...
http://www.andes.org.br:8080/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=5082

VIVA O GOVERNO PAULISTA DO PSDB:Anhanguera Educacional ...

VIVA O GOVERNO PAULISTA DO PSDB:Anhanguera Educacional ...
Da Folha.com Rede de ensino Anhanguera demite 680 professores em SP DE SÃO PAULOA Anhanguera Educacional, maior rede de ensino superior do país, ...
http://www.opensanti.com/2011/12/viva-o-governo-paulista-do.html

Anhanguera demite 680 professores vida versaoimpressa Estadão

Anhanguera demite 680 professores vida versaoimpressa Estadão
A Anhanguera Educacional, maior rede de ensino superior do País, demitiu nas últimas semanas cerca de 680 professores em três instituições.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,anhanguera--demite-680-professores-,814116,0.htm

Anhanguera demite 50% na UniABC

Anhanguera demite 50% na UniABC

http://www.dgabc.com.br/News/5932413/anhanguera-demite-50-na-uniabc.aspx

Alunos organizam manifestação contra demissões na UniABC

Alunos organizam manifestação contra demissões na UniABC
Repórter Diário - ‎19/12/2011‎
Alunos de diversos cursos da UniABC-Anhanguera prometem fazer uma manifestação por volta das 18h30 desta segunda-feira em frente à universidade para chamar a atenção da reitoria e tentar, de alguma forma, reverter a situação. Na última semana, mais de ...
http://www.reporterdiario.com.br/Noticia/324412/alunos-organizam-manifestacao-contra-demissoes-na-uniabc/

Grupo Anhanguera demitiu 300 professores, diz sindicato

Grupo Anhanguera demitiu 300 professores, diz sindicato
G1.com.br - ‎19/12/2011‎
http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2011/12/grupo-anhanguera-demitiu-300-professores-diz-sindicato.html

Estudantes manifestam-se contra demissão de professores

Estudantes manifestam-se contra demissão de professores
Jornal Agora - ‎19/12/2011‎
"Porcaria! Educação virou mercadoria..." Este era o coro dos estudantes da Faculdade Anhanguera Educacional - unidade Rio Grande, no final da tarde desta segunda-feira, 19, em frente ao prédio da instituição, na avenida Rheingantz. ...
http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=3&n=21692

Anhanguera demite 50% na UniABC

Anhanguera demite 50% na UniABC
Jornal Agora - ‎20/12/2011‎
O jornal Diário do Grande ABC, de São Paulo, divulgou no final da semana passada que cerca de 150 professores da UniABC foram demitidos pelo grupo Anhanguera educacional. Da mesma forma como ocorrido na unidade do Rio Grande (RS) - onde cerca de 20 ...
http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=6&n=21736

Grupo compra universidade e demite metade de seus professores

Grupo compra universidade e demite metade de seus professores
Correio do Brasil - ‎21/12/2011‎
O grupo de educação paulista Anhanguera Educacional, maior rede de ensino privado superior do país, demitiu 680 professores de três ecolas de ensino superior que comprou em São Paulo – da Universidade Bandeirante (UNIBAN), da Universidade do ABC ...
http://correiodobrasil.com.br/grupo-compra-universidade-e-demite-metade-de-seus-professores/345468/

Grupo Anhanguera demite 680 professores

Grupo Anhanguera demite 680 professores
odiario.com - ‎21/12/2011‎
Neste fim de ano, a Anhanguera Educacional, maior rede de ensino superior do País, demitiu cerca de 680 professores em três instituições recentemente adquiridas na Grande São Paulo. Em nota, o grupo afirma que "o desligamento de profissionais do corpo ...
http://www.odiario.com/economia/noticia/523691/grupo-anhanguera-demite-680-professores/

Monopolização ameaça Ensino Superior na região

Monopolização ameaça Ensino Superior na região
Diário do Grande ABC - ‎22/12/2011‎
A monopolização do Ensino Superior que está sendo desenhada no Grande ABC pela Anhanguera Educacional - que adquiriu UniABC, Uniban, UniA, Faculdade Anchieta e Faenac - é criticada por especialistas da área de Educação, que apontam para uma ...
http://www.dgabc.com.br/News/5933194/monopolizacao-ameaca-ensino-superior-na-regiao.aspx

Sindicato rejeita proposta da Anhanguera sobre demissões

Sindicato rejeita proposta da Anhanguera sobre demissões
Diário do Grande ABC - ‎23/12/2011‎
Sem avanços. A reunião entre integrantes do Sindicato dos Professores do ABC e representantes da Anhanguera Educacional, ontem à tarde, na Delegacia Regional do Trabalho de Santo André, nada adiantou para os cerca de 300 professores demitidos neste ano ...
http://www.dgabc.com.br/News/5933359/sindicato-rejeita-proposta-da-anhanguera-sobre-demissoes.aspx

Rádio Azul Celeste > Grupo Anhanguera faz demissão em massa ...

Rádio Azul Celeste > Grupo Anhanguera faz demissão em massa ...
O Grupo Anhanguera Educacional, que em Campinas responde pelas Faculdades Anhanguera FAC I, II, III e IV, demitiu cerca de 800 professores em diversas ...
http://www.azulceleste.com.br/index.asp?pag=not&id=8758

Mestres são dispensados pela Anhanguera após avaliações de cursos pelo MEC

 Mestres são dispensados pela Anhanguera após avaliações de cursos pelo MEC
http://www.sinprors.org.br/noticias.asp?id_noticia=981&key_noticia=8DTC4281BwJADR2KO29d

Blog Exame de Ordem » Grupo Anhanguera promove mega ...

Blog Exame de Ordem » Grupo Anhanguera promove mega ...
Nas escolas circula a informação que a Anhanguera contratará docentes para suprir parcialmente o corte, mas com titulação menor e com hora-aula mais baixa ...
http://www.portalexamedeordem.com.br/blog/2011/12/grupo-anhanguera-promove-mega-demissao-de-professores/

ANHANGUERA GUARULHOS REALIZA DEMISSÃO EM MASSA

ANHANGUERA GUARULHOS REALIZA. DEMISSÃO EM MASSA. A chegada do grupo Anhanguera educacional à cidade já demonstra a prática conhecida ...
http://www.sinproguarulhos.org.br/anhanguera_2011.pdf

Anhanguera demite 680 professores - Ciência - MSN Estadão

Anhanguera demite 680 professores - Ciência - MSN Estadão
A Anhanguera Educacional, maior rede de ensino superior do País, demitiu nas últimas semanas cerca de 680 professores... - As últimas notícias sobre ciência, ...
http://estadao.br.msn.com/ciencia/anhanguera-demite-680-professores

Demissões na Anhanguera: Carta aberta ao Ministro da Educação ...

Demissões na Anhanguera: Carta aberta ao Ministro da Educação ...
Os Professores demitidos pelo conglomerado Anhanguera Educacional Participações S/A em todo país alertam o sr. para a truculência dedicada aos mestres e ...

http://paranablogs.wordpress.com/2011/12/26/demissoes-na-anhanguera-carta-aberta-ao-ministro-da-educacao-fernando-haddad/

Vergonha! Demissões na Anhanguera já superam 1.000 - Fepesp

 Vergonha! Demissões na Anhanguera já superam 1.000 - Fepesp
Levantamento preliminar entre oito sindicatos de professores (São Paulo, ABC, Campinas, Sorocaba, Bauru, Guarulhos e Taubaté) mostrou que a Anhanguera ...
http://www.fepesp.org.br/galeria_corpo.asp?id=1918&moda=&contexto=&area=

Sinpro Guarulhos: ANHANGUERA GUARULHOS REALIZA ...

Sinpro Guarulhos: ANHANGUERA GUARULHOS REALIZA ...
Segundo o presidente da anhanguera (ex do google) até segunda ordem, nenhum mestre ou doutor poderá entrar em sala de aula no ano de 2012. Indagado ...
http://sinproguarulhos.blogspot.com/2011/12/anhanguera-guarulhos-realiza-demissao.html

Anhanguera educacional – frustração e apreensão

Anhanguera educacional – frustração e apreensão
Jornal Agora
Essa performance, crê o articulista, deve ter chamado a atenção das grandes organizações educacionais do país, tanto que em 2007 a empresa gaúcha foi adquirida pela Anhanguera Educacional Participações SA, a maior rede de ensino superior do Brasil. ...

http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=5&n=22190

Anhanguera demite 680 professores - ProfessorNews

Anhanguera demite 680 professores - ProfessorNews
Na última semana, o grupo Anhanguera Educacional, maior rede de ensino superior no país, demitiu cerca de 680 professores das três instituições adquiridas ...
http://www.professornews.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1677:anhanguera-demite-680-professores&catid=90:ensino-superior

Anhanguera Educacional demite 680 professores | Brasil Econômico

Anhanguera Educacional demite 680 professores | Brasil Econômico
A Anhanguera Educacional, maior rede de ensino superior da América Latina, demitiu cerca de 680 professores como parte do ajuste esperado pelo mercado ...
http://www.brasileconomico.com.br/noticias/anhanguera-educacional-demite-680-professores_110961.html