domingo, 26 de fevereiro de 2012

Efeito Anhanguera mostra crise da Universidade no Brasil

Universidade: sobrevivência precária...

As constatações de Brito Cruz permitem dois tipos de reflexão. A primeira: qual a capacidade que sistema privado de ensino superior brasileiro teria de sustentar os investimentos que fez nos últimos anos, inclusive com a associação de algumas empresas a grupos estrangeiros, diante de um cenário de estagnação do mercado de estudantes? A resposta não é simples, mas alguns indicativos permitem constatar que a luz amarela já acendeu para diversas dessas instituições.

Não é apenas a criação de novos cursos que deixou de ser feita, mas a expansão física das escolas existentes em direção a outras cidades do Estado de São Paulo e a outras regiões do país praticamente desapareceu, fato que pode significar uma espécie de movimento de capital para dentro do próprio núcleo das empresas já existentes.

Nesse caso, a soberania nacional e os interesses públicos envolvidos na Universidade estariam fortemente comprometidos em razão da força política inerente ao poder econômico dos conglomerados remanescentes da fase crítica (esta que agora estamos vivendo). Guardadas as proporções, o sistema universitário poderia se assemelhar ao sistema bancário - um reduzidíssimo número deles impõe a política financeira praticada pelo Estado.

A outra reflexão remete a questões estruturais. Nos anos 70, quando explicou a natureza do modelo econômico adotado pela ditadura militar, Celso Furtado apontava para uma peculiaridade de suas características: a concentração da renda numa sociedade de elevada densidade populacional, fato que assegurava a existência de um mercado consumidor capaz de dar sustentação ao crescimento com base em estratos minoritários da população. O modelo, dessa forma, reproduzia-se mesmo criando à sua volta um elevado nível de disparidade social.

Também aqui, guardadas as proporções, é possível especular sobre a analogia com um sistema universitário de elevada concentração de capital frente a um mercado consumidor de educação superior que não se expande: sua sobrevivência baseada na liquidação das práticas laboratoriais e pedagógicas e na precarização do trabalho docente voltadas essas condições para uma clientela que deixa o ensino médio apenas preparada para ofícios de natureza operacional e de pouca densidade reflexiva, mais ou menos como já vem ocorrendo...

São ponderações que o quadro descrito por Brito Cruz permitem.
______________________________
Postado por J.S.Faro às 16:45 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Debate com professores aborda demissões nas Faculdades Anhanguera

http://www.youtube.com/watch?v=EeYpxNPSTYw

Audiência pública questiona demissões na Anhanguera

14/02/2012 | 17:12
O deputado Alexandre Lindenmeyer (PT) protocolou pedido de realização de audiência pública na Assembleia Legislativa para tratar do alto número de demissões de docentes efetuadas pela Anhanguera Educacional. Em data a ser confirmada, deverão estar reunidos representantes do Ministério de Educação e Cultura (MEC), das universidades, dos sindicatos e demais instituições envolvidas no tema. Segundo Lindenmeyer, “é importante que possamos reunir as partes interessadas para que possamos aprofundar o debate sobre a qualidade do ensino que queremos”.

A Anhanguera Educacional tem feito demissões em massa de professores em todas as unidades no Brasil. De acordo com levantamento preliminar da Federação dos Professores do Estado de São Paulo, somente no ABC paulista foram demitidos 40% do quadro de professores. Na unidade da Anhanguera em Rio Grande, cerca de 25%. Em todas as cidades, duas denúncias são recorrentes. Uma delas é a de que a Anhanguera tem priorizado a demissão de professores titulados (mestres e doutores) para substituí-los por especialistas com salários inferiores. A outra é a de que haverá redução de carga horária, o que exigiria um número menor de professores.

“Diante dessas informações, faz-se necessário ouvir as partes e buscar encaminhamentos que garantam um ensino de qualidade aos alunos e que harmonizem os interesses de docentes, discentes e da instituição de ensino”", afirma o parlamentar.

Dois lados da moeda: Anhanguera esclarece, mas alunos protestam pelo curso

do Idest, Rebecca Silvestrin | 16.02.2012 | 13h50 |   
Na última semana a possibilidade do fechamento do curso de Direito da Universidade Anhanguera-Uniderp, campus Rio Verde, tem mexido com os ânimos dos alunos aprovados que garantem que o número de alunos é suficiente para que o curso seja iniciado.

A reportagem do iDEST entrou em contato com a assessoria da Anhanguera, e em resposta, a universidade reafirma que a quantia de alunos matriculados está abaixo do número exigido no edital. Nesta quarta-feira (15) foi divulgada uma nota de esclarecimento pela universidade.

Segue a nota:

"A Anhanguera-Uniderp reitera que o número de alunos para a abertura de uma nova turma no primeiro ciclo de 2012 para o curso de Direito não atingiu o mínimo necessário, conforme edital do processo seletivo, item 9.30. Se assim, a instituição se reserva no direito de não oferecer os cursos e/ou habilitações e/ou turnos, nos casos em que não contar com pelo menos 60 vagas preenchidas por habilitação e turno.

A direção da unidade explicou a situação aos vestibulandos aprovados, oferecendo a opção de estudarem nas unidades de Campo Grande e de Rondonópolis, nos períodos matutino ou noturno, garantindo o valor da mensalidade aplicada em Rio Verde. A Universidade faz questão de reforçar que entende a posição dos aprovados e está disponível para auxiliar a vida acadêmica dos vestibulandos e informa também que manterá as aulas dos demais semestres, com a mesma qualidade conhecida por seus alunos, até que os mesmos terminem a graduação".

Dois lados

De um lado a universidade, que contesta a revolta dos acadêmicos alegando que o curso não será iniciado por não dispor da quantia de alunos exigida por eles, e oferece transferência do mesmo curso para outras cidades. Do outro lado, acadêmicos que, aprovados, vieram de outras cidades, deixaram empregos, e agora exigem o início do curso.

São dois lados de uma mesma moeda. A universidade é clara quanto ao edital e prova que o número de inscritos está muito abaixo do necessário para a realização do curso. Já na turma dos acadêmicos, os alunos alegam que o número é mais do que necessário.

Mochi demonstra apoio aos alunos de Rio Verde

Em meio à confusão envolvendo os interesses da universidade e dos acadêmicos, o deputado estadual Junior Mochi, por meio de requerimento apresentado na sessão da última quarta-feira (14), demonstrou apoio aos alunos e solicitou esclarecimentos à Universidade Anhanguera/Uniderp, a respeito do fechamento do Curso de Direito do Campus II localizado na cidade de Rio Verde do Mato Grosso/MS.

"Nesse Campus a instituição atende os municípios da região norte: São Gabriel do Oeste, Rio Verde, Coxim, Rio Negro, Pedro Gomes e Sonora que juntos representam 120 mil habitantes. Todos os municípios citados são Comarcas. Em Coxim estão localizados fóruns da Justiça Federal e do Trabalho, e em São Gabriel do Oeste uma Vara do Trabalho.

O Curso de Direito de Rio Verde dispõe de um Núcleo de Prática Jurídica que atende a comunidade local e recebe a Vara itinerante da Justiça do Trabalho que realiza audiências trabalhistas de Rio Verde, proporcionando prática real para os acadêmicos e mercado de trabalho para os operadores de direito oferecendo importante serviço para a comunidade urbana e rural.

Considerado de nível elevado com corpo docente de qualidade e estrutura pedagógica em constante evolução, o Curso tem obtido bons números na região desde o começo no ano de 2000, mantendo uma média de 325 alunos por turma, tornando-se referência como pólo educacional e irradiador do conhecimento em todo o norte do estado", foi o que a assessoria do deputado alegou, enfatizando que Mochi busca conhecer os reais motivos que levaram ao fechamento do curso, afim de verificar a possibilidade de reativação.

Protesto pelo não-fechamento do curso

Um dos acadêmicos do curso, Aristol Cotini, entrou em contato com o iDEST na manhã desta quinta-feira (16), informando que ainda hoje haverá um protesto na frente da universidade, onde todos os alunos do curso de Direito não entraram em salas de aula com o intuito de

reverter esse quadro. Ainda segundo o acadêmico, buscando maior apoio e para ter destaque na imprensa, alguns meios de comunicação estarão presentes no local.

A reportagem do iDEST acompanha o caso e trará maiores informações a qualquer momento.

(Com informações assessoria Junior Mochi). (fonte: idest.com.br)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Fepesp - Audiência denuncia tratamento da Anhanguera aos professores

09/02/2012 
As demissões de professores da Anhanguera e o tratamento dado pela IES aos profissionais e estudantes foram denunciadas, em 08/02, na Assembleia Legislativa de São Paulo. Professores, alunos e dirigentes sindicais estiveram reunidos no evento, convocado pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL).

Em dezembro, o grupo Anhanguera demitiu quase 1.600 professores, muitos deles com título de mestre ou doutor. No ABC, onde demitiu 406 profissionais, a empresa é alvo de apuração de possível monopólio pelo Ministério da Fazenda. 

"Quais os objetivos desse grupo estrangeiro para a educação brasileira? A faculdade não veio aqui, onde poderia mostrar o que quer para os alunos", declarou Celso Napolitano, presidente da Fepesp.

"Primeiro, eles demitiram os titulados, depois, reduzem o valor da hora-aula e a 'meta' é reduzir a carga horária dos que ficaram," desabafou Pedro Godoy, professor que atua no ABC. O relato dele foi acompanhado de outros que questionam o 'projeto pedagógico' das faculdades e a atuação do MEC, que tem a obrigação de fiscalizar.

Estiveram presentes representantes de pelo menos quatro regiões onde a Anhanguera atua: Guarulhos, São Paulo, Sorocaba e ABC. Somente nestas unidades, 937 docentes foram demitidos, segundo levantamento da Fepesp e sindicatos.

A demissão em massa da empresa atingiu outros estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. As homologações dos demitidos nos sindicatos começa a mostrar que as dispensas atingiram muitos docentes com mestrado ou doutorado, ao contrário do que disseram os empresários do grupo educacional.

Diante das manifestações, o deputado Giannazi diz que tomará as seguintes providências:
  • enviar requerimento de informações ao MEC que relata a gravidade da situação;
  • levar as denúncias ao Ministério Público do Trabalho;
  • fazer pronunciamento no plenário da Assembleia;
  • levar caso à Comissão de Educação;

enviar denúncias para o CADE (Conselho Administrativo de Direito Econômico), do governo federal;
O parlamentar não descartou a hipótese de acionar também a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. "As faculdades privadas não podem afrontar a LDB e a legislação trabalhista. Quero saber se o MEC vai lavar as mãos desta vez", disse.

Estudantes
A audiência também com os alunos da Anhanguera, que trouxeram os problemas enfrentados. "O Programa de Avaliação Institucional - PAI - só serve para verificar se a 'linha ideológica' da direção é cumprida pelos professores. Além disso, eles deram um jeito de acabar com a quarta aula no noturno", argumenta Kátia Sales.

Ela estuda em Taboão da Serra, com 50% custeado pelo ProUni e a outra metade pelo Fies. Outras histórias do sofrimentos dos estudantes estão na página do Reclame aqui.

Luíza Lafetá, diretora da UNE, lembrou que o projeto do Plano Nacional de Educação proposto pelo governo não abrange o ensino privado e prometeu que a entidade fará atos públicos em relação às unidades da Anhanguera em 28/02.



Foto: José Antonio Teixeira/Alesp (Divulgação)

Diário Oficial 09/02/2012 - Debate com professores aborda demissões nas Faculdades Anhanguera


Debate com professores aborda demissões nas Faculdades Anhanguera

Em evento no auditório Franco Montoro, o deputado Carlos Giannazi (PSOL) recebeu funcionários das Faculdades Anhanguera para discutir a demissão de 680 professores, que trabalhavam em três instituições adquiridas recentemente pela Anhanguera. Giannazi promete enviar cópia das discussões para o MEC, de quem espera uma intervenção no sentido de readmitir os professores. O deputado disse que a grande maioria dos professores demitidos é composta por mestres e doutores, e que a Anhanguera pretende contratar professores com titulação menor e com hora aula mais baixa, descumprindo a lei e abaixando a qualidade de ensino. “Sou contra a mercantilização do ensino superior”, declarou Giannazi.

Demissões na Anhanguera

Publicado em 08/02/2012 por ABEP

A ABEP – Associação Brasileira de Ensino de Psicologia, tem como uma de suas metas acompanhar os processos e cursos de formação em Psicologia, cuidando e defendendo uma formação de qualidade, em condições adequadas de trabalho de seus docentes.

Acreditamos (em acordo com pesquisa do IPEA de 2008) que alguns elementos ligados às condições de trabalho docente são fundamentais para garantir qualidade na oferta dos cursos, quais sejam: titulação e qualificação docente, salário adequado, carga horária compatível com as responsabilidades e tarefas acadêmicas, continuidade e não substituição constante do quadro docente.

O quadro atual delineado pela demissão em massa de docentes da rede Anhanguera, que certamente afetará os cursos de Psicologia e os demais cursos, além de se configurar desastrosa criação de desemprego – na contramão das políticas atuais -, representa concreta quebra de qualidade, na medida em  que se trata negativamente a titulação e qualificação docente, com a opção por quadros menos titulados, e em que se instala total insegurança quanto à continuidade do trabalho dos docentes na instituição, o que certamente afetará os currículos e alunos dos cursos.

Na defesa dos professores e alunos dos cursos de Psicologia e demais cursos, repudiamos veementemente as demissões na Anhanguera e exigimos medidas oficiais para conter essa e outras medidas dessa natureza.



Ângela Fátima Soligo
Presidente da ABEP

http://www.abepsi.org.br/portal/?p=793

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Anhanguera demite 1,5 mil professores, segundo Fepesp


SÃO PAULO – A Anhanguera Educacional demitiu cerca de 1,5 mil professores neste fim de ano, segundo a Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), entidade que reúne 24 sindicatos da categoria. Esse volume representa cerca de 34% do corpo docente das faculdades da Anhanguera. 

Ainda de acordo com a Fepesp, a maior concentração das demissões foi no Grande ABC paulista, onde o percentual de demissões em relação ao total de professores sobe para 40%. A entidade reuniu informações de 13 sindicatos de professores de São Paulo e não contabiliza as demissões de professores com menos de um ano de emprego, uma vez que esses profissionais realizam suas homologações junto à própria Anhanguera, conforme determina a legislação trabalhista. Com isso, o número de demitidos pode ser maior se for levado em consideração os professores com menos de um ano de trabalho, de acordo com a Fepesp. 

No próximo dia 8, haverá uma audiência pública para discutir sobre as demissões da Anhanguera na Assembleia Legislativa de São Paulo. A audiência foi requerida pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL). 

A Anhanguera Educacional esclareceu, por meio de nota, que o “desligamento de profissionais do corpo docente aconteceu em função do planejamento de carga horária deste semestre e faz parte de um movimento natural das instituições de ensino a cada encerramento de ciclo (semestre). A Anhanguera também reitera que realizou um grande ciclo de aquisições em 2011, com 12 instituições adquiridas, e que a atualização do corpo docente é necessária para adaptar os currículos das novas unidades ao padrão de qualidade dos cursos da Anhanguera. Neste ajuste, a Anhanguera reduziu o numero de professores temporários, mas também fará contratações de outros em regime integral.”

A Fepesp também está realizando uma pesquisa junto aos demitidos a fim de analisar se esses professores têm especialização ou são doutores.    

A Anhanguera informou ainda que para “fortalecer a sua atuação na área de pesquisa científica, a Anhanguera criará, a partir de 2012, Núcleos de Pesquisa em oito grandes áreas do conhecimento, compostos por professores doutores e mestres com atuação em regime integral e foco na produção científica e na orientação de Trabalhos de Iniciação Científica dos alunos.” 

As demissões de professores normalmente ocorrem a cada fim de semestre. Isso porque há um acordo coletivo da categoria com uma cláusula de garantia de salário no semestre.  

(Beth Koike | Valor)

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

CUT - Anhanguera Educacional S/A: Multinacional do ensino demite em massa


Escrito por: José Jorge Maggio, presidente do Sinpro-ABC
02/02/2012


Após a aquisição de universidades, Anhanguera demite 384 professores somente no ABC. A situação é a mesma em todas as regiões e estados onde o grupo se instalou isto é demissões em massa.
Desde que adquiriu universidades na região do ABC, a Anhanguera iniciou um verdadeiro ataque e desrespeito aos professores do grupo. Em dezembro, cerca  de 384 demissões foram realizadas nas cinco instituições que compõem a  Anhanguera Educacional S/A na região: Faculdade Anchieta, Faenac, Uni A, Uni ABC e Uniban.
De  acordo com a Federação  dos Professores de São Paulo, a Fepesp, o  cenário é o mesmo em todas as cidades do estado de São Paulo onde a Anhanguera fez aquisições, totalizando cerca de 1500 professores. Nos demais Estados como RS, MT onde o grupo fez aquisições, o cenário se repete.
A prática mais equivocada e desrespeitosa foi desligar mestres e doutores,  que após buscarem aprimoramento profissional para melhorar a qualidade do trabalho, não receberam em troca o reconhecimento, mas, sim, a demissão. No lugar desses professores com títulos, a Anhanguera pretende substituí-los por professores graduados  por um valor de hora/aula bem inferior. Segundo a Fepesp, do total  de demitidos, entre 70 e 80% eram mestres ou doutores.
No modelo Anhanguera, há aulas de segunda a quarta- feira com a presença do professor  nas três primeiras aulas e, a quarta aula é apenas aplicação de exercícios, que são preparados por professores e aplicados por monitores de sala. Na quinta feira não há obrigatoriedade de presença na faculdade e, na sexta feira o curso é complementado  pelo modelo EAD (20% do curso à distância). Assim, no modelo desta multinacional, uma faculdade que tem  20 aulas por semana com a presença do professor,  após ser comprada pelo grupo Anhanguera, passa a ter apenas nove aulas e isso explica as demissões em massa, com recontratação quase nula.
É dessa forma que a Anhanguera Educacional S/A consegue oferecer seus cursos a preços muito baixos, quando comparados com as demais instituições de ensino superior, lembrando que muitos alunos têm financiamento de seus curso com verba publica (FIES e PROUNI). Outra prática desse grupo é a utilização das bolsas de valores para comercializar sua ações que rendem milhões ao ano, constituindo-se assim no maior grupo educacional da América Latina e o segundo maior do mundo.
Em artigo publicado pelo jornal Le Monde Diplomatique Brasil, a presidente do SINPRO Guarulhos, Andrea Harada Souza, sintetiza: “Enquanto não houver uma mudança radical, o próprio sentido de educação estará comprometido, posto que seu fim mais elementar não é atingido: em vez de promover a emancipação humana, produz lucro para o capital que só enxerga as camadas sociais C, D e E quando estas se apresentam como potencial mercado consumidor”.
EDUCAÇÃO NÃO PODE SER MERCADORIA!
"A Educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tão pouco a sociedade muda"   Paulo Freire

http://www.cut.org.br/ponto-de-vista/artigos/4611/anhanguera-educacional-s-a-multinacional-do-ensino-demite-em-massa

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Corte na Anhanguera chega a 1.500 professores em SP

18/01/2012 
Texto atualizado em 19/01 (às 9h e às 15h); Novamente atualizado em 26/01 (11h)
  
O tamanho das demissões do Grupo Anhanguera em São Paulo contabiliza, pelo menos, 1.552 professores nas várias regiões do estado. Levantamento da Fepesp com 13 sindicatos indica que o 'presente de Natal' da empresa atinge mais do que se imaginava.

Os docentes que foram demitidos em dezembro começaram nos últimos dias a terem as dispensas homologadas. O maior número de cortes ocorreu nas cidades do ABC, 383 foram para a rua - 40% do total. Em média, a medida atingiu 34% dos professores, nas 13 regiões pesquisadas.

As homologações permitirão conhecer melhor qual o alcance das demissões e os números finais. Há suspeitas que a maioria dos cortes recaiu sobre mestres e doutores, que têm média salarial maior.

As demissões do fim do ano não se restringiram a São Paulo e repetiram-se pelo menos em Niterói (RJ) e no Rio Grande do Sul. O mesmo pode ter ocorrido nos outros cinco estados, mais o Distrito Federal, onde a faculdade mantém unidades.

Entre as últimas aquisições da Anhanguera, estão as faculdades da Uniban, onde também houve cortes. A empresa é um dos maiores grupos de educação do País, ao lado de Kroton e Estácio.

No blog Truculência e lucros exorbitantes de um monopólio, professores que foram cortados da UniABC escreveram um carta ao ministro da Educação, Fernando Haddad. Além de divulgar a carta, a página sugere que as denúncias sejam encaminhadas ao órgão federal. 



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

DIA 8 DE FEVEREIRO: audiência pública sobre as demissões na Anhanguera.

A expectativa do departamento jurídico do SINPRO-SP é que uma liminar garantindo a reintegração dos professores seja concedida nos próximos dias, como explica o advogado Ricardo Gebrim.

A notícia das demissões em massa promovidas pela Anhanguera Educacional ganhou destaque em jornais e portais de notícia. Nas redes sociais, a reação é de indignação e repúdio contra a decisão dos novos mantenedores da Uniban e outras instituições da grande São Paulo, que também sofreram com cortes de professores, em um total de 680 demissões.

Há também registro de demissões de professores em todas as cidades onde há instituições do grupo Anhanguera no país.

Assembléia Legislativa

Após as denúncias do SINPRO-SP, o deputado estadual Carlos Giannazi protocolou pedido de convocação dos mantenedores da instituição para dar explicações sobre as demissões junto à Comissão de Relações do Trabalho e à Comissão de Educação da Assembléia Legislativa de São Paulo. Além disso, haverá uma audiência pública sobre as demissões no dia 8 de fevereiro, às 15 horas, no auditório Franco Montoro da Assembléia.