terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

A QUESTÃO DOS CURSINHOS POPULARES: PREGANDO REALIDADES... OU ILUSÕES?



Há muito tempo venho observando o crescimento da iniciativa de cursinhos populares no mesmo rastro da proliferação de faculdades particulares. E, com todos sabem, tenho verdadeiro horror à lógica de mercado dessas faculdades.

Uma das primeiras iniciativas em São Paulo (e também no país) foi o Cursinho da Poli, criado em 1987 por um grupo de alunos da Escola Politécnica da USP (a famosa “Poli”) e que atuou no interior do campus (no Butantã) até 1996 e tem hoje sua principal sede na Lapa. Hoje, infelizmente, não podemos mais chamar o Cursinho da Poli de uma verdadeira iniciativa voltada à população de baixa renda, posto que a mensalidade cobrada pelo cursinho se aproxima dos preços promocionais de escolas como Objetivo e Anglo.

Outro pioneiro foi o Cursinho do CRUSP (o Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo), um projeto social da Associação de Educadores da USP (Aeusp) que também cobra mensalidade. Não existe processo seletivo, mas o número de vagas é limitado. O cursinho da FEA (a Faculdade de Economia da USP), fundado por estudantes da própria faculdade, não cobra mensalidade, mas cobra uma taxa de matrícula bastante acessível e conta com um processo seletivo que consiste em uma prova e uma entrevista sócio-econômica. 

Porém, o Projeto Emancipa me parece ser o movimento social de cursinhos que mais cresceu nos últimos anos. O cursinho é totalmente gratuito e não conta com um processo seletivo, apesar do número limitado de vagas. A Rede Emancipa conta com centenas de alunos em São Paulo e seu foco principal é estimular o acesso de alunos de baixa renda à Universidade pública e às diversas faculdades particulares.

Pois bem, como disse, o foco principal do Emancipa (bem como de qualquer outro cursinho), como não poderia deixar de ser, são as Universidades Públicas. Esse é o sonho vendido por esses projetos sociais e é aí que começa o problema. A idéia subjacente a qualquer um desses projetos é muito simples: ela é meritocrática, ou seja, em teoria, basta estudar, basta o exercício constante, o esforço individual e todos serão recompensados com o acesso a uma Universidade Pública e, principalmente, terão acesso à tão desejada USP. 

O raciocínio, de uma ingenuidade bestial, que só se pode encontrar na adolescência mesmo, convence bem os alunos por sua própria simplicidade e também porque vai ao encontro das fantasias desses alunos. No caso do Emancipa existe na grade curricular dos alunos um horário específico para o debate de questões políticas onde as fantasias em torno da Universidade Pública são estimuladas. Em nenhum momento os alunos são confrontados com o “princípio de realidade” de que a USP reúne alguns dos melhores alunos do país em um processo seletivo (a FUVEST) considerado o 2º maior vestibular do planeta, que em alguns anos (2011, por exemplo) chega perto da cifra de 140.000 inscritos (estima-se que esse número poderá chegar a 180.000 inscritos até 2018), disputando cerca de 10.000 vagas apenas. Em resumo, e apesar do discurso meritocrático desses cursinhos (na verdade, de qualquer cursinho) a conta é simples: pouco mais de 7% dos inscritos ingressarão na USP. Os demais, engrossarão as filas de Unip, Anhanguera, Uninove, etc. E assim o sonho da universidade pública se converte em pesadelo. Trata-se de um cálculo matemático muito simples: basta aplicar uma regra de três aos números fornecidos pela própria Fuvest. 

Nesses debates políticos (e isso vale para boa parte dos cursinhos populares), orientados por um suposto marxismo e conduzido por alunos que mal acabaram de ingressar na USP (e provavelmente ainda nem leram Marx) são tecidas críticas ao neoliberalismo e ao modelo elitista das Universidades Públicas, etc. Até aí, nenhum problema. Tudo dentro da ordem. A questão é que a lógica subjacente da meritocracia absoluta não tem nada, absolutamente nada de Marxista. Afinal, não existe nada de mais estranho ao pensamento de Marx do que a suposição (burguesa e tola) de que o esforço individual é capaz de superar as condições objetivas, ou seja, o limite imposto pelas condições materiais. 

Por um estrabismo intelectual perigoso esse discurso “marxistóide” com cara mais de “existencialismo” ingênuo acaba por perpetuar os males que pretendia evitar: a alienação e a exclusão. Aquilo que esses debates políticos deveriam destruir – a crença quase delirante no poder da vontade e na autonomia do sujeito – são sustadas em nome de um discurso de “auto-ajuda” disfarçado de crítica social: tudo é possível, basta estudar. Neste mundo, estamos todos aptos a “escolher livremente”. Essa é a grande ilusão.

Essa lógica ingênua me faz lembrar de um trecho delicioso de Matrix Reloaded, dos irmãos Wachowski, onde o vilão Merovíngio dá uma verdadeira aula de “causalidade” e “escolha” para o trio de heróis Neo, Morpheus e Trinity. Enquanto o otimista Morpheus tenta definir as leis de ação e reação como uma questão de “escolha”, Merovíngio lhes aponta que a “escolha” seria uma “ilusão criada entre os que têm poder... e os que não têm”. O discurso de Merovíngio é mais marxista e verdadeiro que a tosca apologia meritocrática dos cursinhos, sejam eles populares ou não. 

Mas, contestar, desmistificar esse discurso com dados de realidade é considerado quase um sacrilégio, uma verdadeira reação neoliberal cuja intenção oculta seria desestimular os alunos ou conduzi-los ao suicídio e à depressão. Já tive um amigo que quase saiu preso depois de uma aula (sim, as alunas quiseram chamar uma viatura de polícia e abrir um boletim de ocorrência) porque disse aos alunos que mais da metade dos estudantes do país (incluindo os ali presentes) seriam “analfabetos funcionais”. É claro que ele precisou explicar antes o conceito de “analfabetismo funcional” cerca de 3 ou 4 vezes, até que os alunos entendessem e decidissem chamar a policia... Fiquei sem entender como um professor poderia ser execrado pelos alunos somente por apresentar uma realidade sem disfarces. Bem, minha intenção não é destruir o sonho de ninguém (não quero correr o risco de ser preso). E também não sou um simpatizante da direita conservadora: sou apenas um crítico da idiotice, seja ela de direita ou de esquerda. 

Sei o quanto é difícil discutir com alunos e professores desses cursinhos sem parecer conservador. Os professores, alguns, ignoram o problema. Outros o reconhecem mas optam por esconder dos alunos essa realidade. Os alunos, participantes desses grupos de discussão política, acham mesmo que, aos 17... 18 anos já seriam verdadeiros intelectuais capazes de emitir opiniões sobre qualquer assunto só porque assistiram meia dúzia de aulas de história ou leram a orelha de algum livro de Marx. 

Vivemos em um mundo onde todos se julgam capazes de emitir opiniões... e acreditamos que todas as opiniões tem o mesmo valor, o mesmo grau de verdade. Mas não é assim. Existem, como sabemos, opiniões plausíveis e informadas e outras delirantes e equivocadas. E não, elas não têm o mesmo peso. A opinião de um aluno de cursinho de 18 anos sobre a 1ª. Guerra mundial não tem o mesmo peso que a opinião de um historiador sobre esse mesmo tema. Um antigo professor da Unicamp tinha uma máxima deliciosa para responder aos alunos paspalhos do nosso tempo: “depois que o aluno concluir um mestrado, aí, talvez, ele tenha condições de emitir uma opinião que possa ser levada a sério...”. Antes disso, alunos de 18 anos não são “formadores de opinião”, são “absorvedores de opiniões” que devem ser estimulados e orientados por pessoas com mais experiência que eles. Deveriam escutar mais (para aprender algo) e falar menos. O que lhes falta é aquilo que falta a qualquer adolescente: um pouco de humildade. E eu diria mais: falta um pouco de noção também. 

Um dia, um colega professor em um cursinho de ponta, o Anglo, me confidenciou que achava “criminoso” o Anglo vender a alunos com nota média no ENEM de 500 pontos, no segundo ano de cursinho, a idéia de que eles conseguiriam entrar na Poli, na FAU, em Medicina ou em Direito na USP. Alunos que mal sabiam resolver uma equação do segundo grau depois de 1 ano de cursinho. Bem, a realidade dos alunos nos cursinhos populares é ainda mais grave. Muitos mal conseguem somar frações simples e solucionar uma equação do primeiro grau. Supor que seria possível reverter esse grau de deficiência em 1 ano, ou mesmo 2 ou 3 anos de cursinho é mais que otimismo ou ingenuidade: é ignorância psicopedagógica mesmo.

As experiências vivenciadas pelos seres humanos entre 0 e 6 anos de idade cumprem um papel crucial na sua formação acarretando marcas indeléveis em sua estrutura emocional e cognitiva (o que inclui a sua inteligência). E, como sabemos, esses estímulos iniciais são usualmente fornecidos pela família e pela escola. Pois bem, é nessa idade, onde muitas vezes a criança se encontra refém de uma família desestruturada e de uma escola descompromissada que ocorrem as principais mudanças na maturação (variação da estrutura e função das células nervosas), mudanças que acarretarão no futuro as condições de existência de mais (e melhores) conexões nervosas. E o sucesso (ou fracasso) qualitativo dessa maturação definirá a qualidade da formação de funções cognitivas (memória, raciocínio, atenção) e também afetivas. Tendo isso em conta, convém considerar que, quando o adolescente ingressa no ensino médio (e o cursinho se apresenta como um prolongamento deste) a parte mais substancial desse processo de maturação já ocorreu e muitas pré-condições para o desenvolvimento adequado de habilidades futuras já foram estabelecidas. 

Não me oponho aos cursinhos populares (ou a qualquer cursinho). Eles são um mal necessário. Mas acho que seus dirigentes deveriam ser mais cuidadosos e responsáveis na hora de criar ilusões em alunos já bastante carentes e fragilizados. De um modo geral os coordenadores desses cursinhos são muito jovens, tão jovens e inexperientes quanto os próprios alunos e contam com uma formação intelectual ainda muito incipiente. Muitos deles mal ingressaram na faculdade e sem qualquer experiência já se converteram (irresponsavelmente) em “pregadores” de verdades e certezas que muito provavelmente eles abandonarão na maturidade.

As potencialidades dos alunos desses cursinhos precisam ser exploradas de forma realista e esses alunos precisam se conscientizar de limitações que eles não geraram, mas que estão aí. E isso não significa “naturalizar” diferenças de classe, mas reconhecer que essa infeliz divisão acarreta problemas que não podem ser modificados apenas com a força mística da “vontade”. Aquilo que separa a imaturidade da maturidade é exatamente essa habilidade em lidar com frustrações e limites. Não vejo que tipo de bem poderia derivar da manutenção constante de ilusões que no final do ano serão obviamente desmascaradas. Supor que, neste mundo, basta força de vontade para vencer obstáculos intransponíveis é ilusão ideológica. Ilusão criada por aqueles que têm poder para controlar aqueles que não têm.


Richard Martins Kowalski

domingo, 16 de junho de 2013

Conselho de Federações discute fusão entre Kroton e Anhanguera

Publicado em: 06 Junho 2013

A fusão entra a Kroton Educacional S/A e a Anhanguera Educacional Participações S/A, que tentam formar o maior monstro educacional do mundo, foi a razão da convocação, pela Contee, da reunião ampliada do Conselho de Federações realizada hoje (6) em São Paulo.

Fusão Kroton-Anhanguera, cartel do ensino privado

Anunciada no dia 22/4, a fusão entre as empresas Kroton Educacional S.A. e  Anhanguera Educacional foi considerada pela mídia especializada como a criação do maior negócio de ensino do mundo. Juntas, Kroton e Anhanguera serão donas de 800 unidades de ensino superior e de 810 escolas privadas distribuídas por todos os Estados brasileiros. Universo que engloba um milhão de estudantes só nos segmentos de educação superior e profissional, que oferecem cursos presenciais e à distân­cia.

Deputado pede a Mercadante explicações sobre fusão entre Anhanguera e Kroton

Brasil | 13:17
O deputado e ex-ministro Hugo Napoleão (PSD-PI) protocolou um pedido de informações dirigido ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O parlamentar cobra explicações sobre a fusão que uniu os grupos educacionais Anhanguera e Kroton.

A união das duas empresas dá origem ao maior grupo de ensino do mundo.

Fusão Kroton-Anhanguera, cartel do ensino privado

Data: 28/05/2013

Anunciada no dia 22 de abril, a fusão entre as empresas Kroton Educacional S.A. e Anhanguera Educacional foi considerada pela mídia especializada como a criação do maior negócio de ensino do mundo. Juntas, Kroton e Anhanguera serão donas de 800 unidades de ensino superior e de 810 escolas privadas, distribuídas por todos os estados brasileiros, universo que engloba um milhão de estudantes só nos segmentos de educação superior e profissional, que oferecem cursos presenciais e à distância.

Acadêmicos da Anhanguera do Campus de Rio Verde paralisam aulas

22/05/2013 10:46

Edição de Notícias/NG   

Insatisfeitos com a decisão da reitora Leocadia Aglaé Petry Leme, de mandar embora o coordenador do curso de Direito e também Mestre em Direito Econômico, Munir Sayegh e o professor Eldno Pereira, professor de Direito Administrativo, os acadêmicos da Universidade Anhanguera - Campus Rio Verde paralisaram as aulas nesta terça-feira (20), sem data prevista para retorno.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Campus defende profissionais da região

22 de Maio de 2013 • 11:16

Os alunos da universidade Anhanguera, campus II, localizada na cidade de Rio Verde, iniciaram na noite desta terça-feira (21) uma paralisação das atividades para reivindicar a permanência dos professores que vêm de Campo Grande e a garantia de que os cursos de Direito, Ciências Contábeis e Administração continuem até que todos os alunos concluam o curso e recebam seus diplomas – com a mesma qualidade oferecida atualmente.

SINPROESC REALIZA PANFLETAGEM COM CARRO DE SOM NA FACULDADE ANHANGUERA EM SÃO JOSÉ/SC

nf. 015 - Ano 13 - 05/2013

PÂNICO NA ANHANGUERA

OS PROFESSORES DA ANHANGUERA ESTÃO SENDO VÍTIMAS DE UMA ADMINISTRAÇÃO EQUIVOCADA, PREVALECENDO A VONTADE DITATORIAL DE SEUS GESTORES.


A INQUIETAÇÃO, O DESESPERO, A ANGÚSTIA ANTE OS CONSTANTES DESRESPEITOS AOS TRABALHADORES, COMO TAMBÉM, A LEGISLAÇÃO TRABALHISTA, TOMAM CONTA DOS PROFESSORES, TORNANDO O AMBIENTE DE TRABALHO SOMBRIO E TRISTE NUMA INSTITUIÇÃO QUE DEVERIA SER ALEGRE E PROMISSORA.


NÃO PODEMOS ACEITAR QUE GASTOS COM PROPAGANDA, COMO SALÁRIOS DA CÚPULA QUE SE AGIGANTAM, COM INVESTIMENTOS NA BOLSA DE VALORES, SUFOQUEM AS ESPERANÇAS DE QUEM PRODUZ O TRABALHO E REALIZA A ATIVIDADE FIM. COMO PODEMOS DISCUTIR QUALIDADE EM EDUCAÇÃO COM UMA TOTAL FALTA DE COMPROMISSO E RESPEITO AOS PROFESSORES, QUE SÃO OS AGENTES DE TRANSFORMAÇÃO.


POR SER O LEGÍTIMO REPRESENTANTE DA CATEGORIA, O SINPROESC VAI TOMAR TODAS AS MEDIDAS JUDICIAIS CABÍVEIS PARA COIBIR A ANHANGUERA EM SANTA CATARINA DE CONTINUAR DESCUMPRINDO A LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E A CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO.


PROFESSOR (A) DENUNCIE AS AMEAÇAS E OS DANOS SOFRIDOS!!!!!


TEL: (48) 3047-7412/3047-7417/3047-7418
EMAIL: assessoria@sinproesc.org.br
SITE: www.sinproesc.org.br
VAMOS À LUTA
A LIBERDADE NÃO SE MENDIGA SE CONQUISTA.
Última atualização em Qui, 23 de Maio de 2013 16:25
 http://www.sinproesc.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=269:panico-na-anhanguera&catid=35:noticias&Itemid=2

Acadêmicos da Anhanguera do Campus de Rio Verde paralisam aulas

22/05/2013 10:46
Edição de Notícias/NG   

Insatisfeitos com a decisão da reitora Leocadia Aglaé Petry Leme, de mandar embora o coordenador do curso de Direito e também Mestre em Direito Econômico, Munir Sayegh e o professor Eldno Pereira, professor de Direito Administrativo, os acadêmicos da Universidade Anhanguera - Campus Rio Verde paralisaram as aulas nesta terça-feira (20), sem data prevista para retorno.

Justiça manda universidade oferecer qualidade

DA REDAÇÃO 16/05/2013 00h00
Foto: Divulgação
Defensor Público Amarildo Cabral

A Ação Civil Pública que solicitava, da Universidade Anhanguera-Uniderp, melhores condições na prestação de serviços aos consumidores carentes, impetrada pela Defensoria Pública da comarca de Campo Grande, recebeu liminar favorável.

A ação foi elaborada pelo defensor público Amarildo Cabral, lotado na 8ª DPE – Vara de Sucessões – e requeria a prestação de serviço de qualidade e eficiente aos consumidores, sobretudo aos acadêmicos que necessitam do atendimento do FIES – Fundo de Financiamento Estudantil – programa voltado ao público carente. Sobre isso, o juiz Amaury da Silva Kuklinski, da Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, pontua:

Fusão entre Kroton e Anhanguera pode acentuar oligopolização

Enviado por luisnassif, qua, 15/05/2013 - 10:14
Por JC

Do Brasil de Fato

'Existe uma contradição intransponível entre o lucro e a qualidade'

Patrícia Benvenuti

Em entrevista, professor da Faculdade de Educação da USP, Romualdo Portela de Oliveira, analisa a possível fusão entre os grupos Kroton e Anhanguera

O anúncio da fusão entre os grupos educacionais Kroton e Anhanguera, anunciada em abril, esquentou o debate sobre o avanço do capital estrangeiro sobre a educação brasileira.

A operação, que aguarda aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), poderá resultar na maior empresa de educação do mundo, com um milhão de alunos e um valor de mercado estimado em R$ 12 bilhões.

Governo representa 40% da renda de maior grupo educacional do mundo

Gabriel Mario Rodrigues, sócio da Anhanguera que comandará conselho após fusão com Kroton diz que Financiamento Estudantil (Fies) era o que grandes instituições precisavam

Cinthia Rodrigues - iG São Paulo | 15/05/2013 06:00:20

Aos 80 anos, Gabriel Mario Rodrigues foi reeleito presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes) e se prepara para comandar o Conselho Administrativo do maior grupo educacional do mundo, oriundo da fusão dos grupos Anhanguera e Kroton . Cheio de planos, falou ao iG sobre a nova empresa e a situação do ensino superior do País.

Bloco na Rua: A escandalosa fusão da Kroton com a Anhanguera

Cerca de 80% das instituições de ensino superior são particulares e contam com mais de 75% das matrículas brasileiras. A novidade é que de uns anos para cá, os empresários da educação resolveram abrir seus capitais na bolsa de valores e assim criar grandes conglomerados educacionais. Estes grupos resentam capitais que circulam pelo mundo todo, ao mesmo tempo em que investem em grandes empresas, passam a investir em universidades, concentrando-se cada vez mais, elevando seus lucros e rebaixando a qualidade do ensino. Como na música de Martinho da Vila O Pequeno Burguês: “Felicidade, passei no vestibular/Mas a faculdade é particular (…)/Livros tão caros/Tanta tacha pra pagar/Meu dinheiro muito raro…” Qualquer semelhança coma realidade não é mera coincidência.

A desnacionalização das faculdades

Por Patrícia Benvenuti, no jornal Brasil de Fato:

Um negócio de R$ 12 bilhões, com um milhão de “clientes” e um faturamento de mais de R$ 4 bilhões por ano. Os números surpreendentes são os resultados da fusão entre os grupos educacionais Kroton e Anhanguera, anunciada em 22 de abril.

Juntas, elas serão a maior companhia do mundo no setor de educação em valor de mercado. Serão mais de 800 unidades de ensino superior e 810 escolas associadas em todos os estados, somando cerca de um milhão de alunos em educação superior, profissional e outras atividades associadas ao ensino.

A operação aguarda aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Apesar de tratada como fusão, a Kroton deverá predominar. Com um valor de mercado maior, a companhia terá 57,5% do controle, sete dos 13 assentos do conselho e a direção de Ricardo Galindo, atual presidente do grupo.

A questão da aquisição da Anhanguera e a qualidade do ensino

Enviado por luisnassif, qui, 25/04/2013 - 09:36
Por EMILIAMMM

Do Opera Mundi

Mão do mercado esbofeteia soberania

por Marcos Piva

Aquisição da Anhanguera evidencia que educação brasileira foi elevada à mesma categoria de distribuidora de combustíveis

Guardada a sete chaves como todo negócio que envolve ações na Bolsa de Valores, a aquisição da Anhanguera pela Kroton foi tratada pela grande imprensa como “fato relevante”, o que é, e como “fusão”, o que não é. Numa só canetada, ditada pelo interesse econômico, a educação brasileira foi elevada à mesma categoria de distribuidora de combustíveis e produtos alimentícios. A Kroton é o braço educacional da Adviser, um dos maiores fundos globais de investimento, especializado no ditado popular “quem pode, manda, quem tem juízo, obedece”.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Roberto Valério é o novo presidente da Anhanguera


Exame  Educação  30/04/2013 16:10

Executivo entra no lugar de Ricardo Scavazza, que deverá fazer parte de comitê de integração entre Anhanguera e Kroton; companhias anunciaram fusão na semana passada
Marcela Ayres

São Paulo - Depois de anunciar a associação com a Kroton na semana passada, a Anhanguera ganha um novo presidente. Roberto Valério assumirá o comando das operações até a fusão ser apreciada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Fusão Kroton e Anhanguera: Lição de negócios


 Nº edição: 811 | Capa | 26.ABR.13 - 21:04 | Atualizado em 29.04 - 10:20
Como a mineira Kroton Educacional e a paulista Anhanguera mudaram o jogo no mercado de educação privada ao criar a maior empresa do segmento no mundo
Por Luciele VELLUTO

No dia 7 de abril, o empresário mineiro Walfrido dos Mares Guia, fundador da rede Pitágoras, origem da Kroton Educacional, resolveu ligar para o professor paulista Gabriel Mário Rodrigues, fundador da Universidade Anhembi Morumbi, para parabenizá-lo por sua eleição para a presidência do conselho de administração da rede de universidades Anhanguera, da qual Rodrigues era um dos principais acionistas. Amigos há 40 anos, eles acertaram uma visita ao escritório de Rodrigues, no dia 17, para tomar um cafezinho e colocar o papo em dia. 

Bilionária, educação brasileira permanece entre as piores do mundo


Renato Jakitas - 28.04.2013, 11:49, hora de Moscou

É comum dizer que não se pode colocar preço na educação. Não no Brasil. O país é o 116º colocado em um ranking com 144 nações organizado pelo Fórum Econômico Mundial. E, mesmo assim, surpreende o mercado com notícias como a da recente fusão entre dois de seus principais grupos de ensino, Kroton e Anhanguera, que criaram uma empresa de US$ 5,9 bilhões, a maior do setor em todo o mundo, de acordo com os próprios executivos envolvidos na operação.

Trabalhadores vão ao STF contra venda da Anhanguera para Kroton


A investida da Contee contra a fusão entre a Anhanguera Educacional Participações S/A e a Kroton Educacional S/A – que representa a cartelização e a instauração de monopólio no ensino superior brasileiro – foi destaque na Rede Brasil Atual na última sexta-feira (26). A reportagem que enfatizou que a Confederação entrará com ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a operação financeira, a qual caracteriza um atentado à educação no Brasil.

Carta aberta ao Ministério da Educação contra a cartelização e a instauração de monopólio no ensino superior


Publicado em: 26 Abril 2013 

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – Contee é defensora veemente do Ministério da Educação no exercício inerente e primordial à pasta de fiscalizar e supervisionar a educação no país. E isso se refere não só à garantia de qualidade na educação pública, mas também à observância do princípio constitucional expresso no artigo 209 da Constituição da República, segundo o qual o ensino é, sim, livre à iniciativa privada, desde que atendidas as condições que determinam o cumprimento das normas gerais da educação nacional e a autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.

Kroton e Anhanguera formam a maior empresa de educação do Brasil


ECONOMIA.COM.BR /Economia
Com faturamento de R$ 4,3 bilhões nos últimos 12 meses, empresas juntas formam grupo avaliado em R$ 12 bilhões
22 de abril de 2013 | 9h 48

SÃO PAULO - As empresas Kroton Educacional e a Anhanguera Educacional comunicaram hoje que se associaram para formar um dos maiores empresas de educação do mundo, com faturamento anual de R$ 4,3 bilhões. As duas juntas reúnem mais de um milhão de alunos em 800 faculdades e 810 escolas associadas. A nova empresa está avaliada pelo mercado em aproximadamente R$ 12 bilhões.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

O setor privado de ensino superior no Brasil: continuidades e transformações


Educação e lucro

O setor privado de ensino superior no Brasil: continuidades e transformações


Helena Sampaio

Antropóloga, professora da Faculdade de Educação da Unicamp
Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas (Nupps) da USP
clique aqui para a versão PDF

 
O ensino superior privado no Brasil tem mais de um século e hoje responde por 75% das matrículas nesse nível de ensino. Sua trajetória é marcada por duas Constituições – a da República, de 1891, que lhe facultou a possibilidade de existência e a Constituição de 1988 que, reafirmando o princípio liberal, manteve o ensino superior livre à iniciativa privada, sempre que respeitadas as normas gerais da educação e com a autorização e avaliação do poder público.
 

Kroton, o azarão que chegou ao topo do mundo



Exame     Educação
    25/04/2013 05:55


Como a rede de ensino Kroton saiu do prejuízo, superou as concorrentes e agora forma, ao associar-se à Anhanguera, a maior empresa desse mercado no mundo
João Werner Grando

São Paulo - Apenas três dias de negociações intensas selaram a criação do maior negócio de educação do mundo. A jornada começou na quinta-feira 18 de abril, às 2 da tarde, quando uma dúzia de assessores das redes de ensino superior Kroton e Anhanguera se fechou num escritório na zona sul de São Paulo.

Mão do mercado esbofeteia soberania



24/04/2013 - 15h16 | Marco Piva | São Paulo

Aquisição da Anhanguera evidencia que educação brasileira foi elevada à mesma categoria de distribuidora de combustíveis

Guardada a sete chaves como todo negócio que envolve ações na Bolsa de Valores, a aquisição da Anhanguera pela Kroton foi tratada pela grande imprensa como “fato relevante”, o que é, e como “fusão”, o que não é. Numa só canetada, ditada pelo interesse econômico, a educação brasileira foi elevada à mesma categoria de distribuidora de combustíveis e produtos alimentícios. A Kroton é o braço educacional da Adviser, um dos maiores fundos globais de investimento, especializado no ditado popular “quem pode, manda, quem tem juízo, obedece”.

Incorporação da Anhanguera pela Kroton indica novos movimentos na área educacional


Essa estratégia, certamente, visa fazer frente à concorrência que se estabelecerá com grandes fundos estrangeiros que estão desembarcando no país na busca de grandes negócios educacionais
Reginaldo Gonçalves, Administradores.com, 23 de abril de 2013

A incorporação anunciada entre as gigantes do ensino nacional Kroton e Anhanguera cria um conglomerado de mais de 1 milhão de alunos, que possibilitará a partir de 2013 faturamento superior a R$ 4,3 bi. Essa estratégia, certamente, visa fazer frente à concorrência que se estabelecerá com grandes fundos estrangeiros que estão desembarcando no país na busca de grandes negócios educacionais, como a Apolo Educacional, que apresentou interesse na compra da UNISA e da FMU.

CORRIDA PARA COMANDAR O ENSINO PRIVADO NO PAÍS

FINANCEIRO 22/04/2013 - 19:38:26
CORRIDA PARA COMANDAR O ENSINO PRIVADO NO PAÍS
Kroton e Anhanguera criam gigante de R$ 13 bi
Receita bruta R$ 4,3 bi, 800 unidades de ensino superior e 810 escolas associadas
As duas maiores companhias de ensino privado do país, Kroton e Anhanguera Educacional, anunciaram nesta segunda-feira a fusão que criará um grupo avaliado em cerca de R$ 13 bilhões, incluindo dívidas e geração de caixa próximas de R$ 1 bilhão este ano.

Grupos educacionais Kroton e Anhanguera anunciam fusão



22/04/2013
Mercado

A consumação do negócio dependerá da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica
Carlos Orsi

As empresas Kroton Educacional e a Anhanguera Educacional associaram-se para formar o que está sendo anunciado como uma das maiores empresas de educação do mundo, com faturamento anual de R$ 4,3 bilhões e valor de mercado de R$ 12 bilhões, informa fato relevante divulgado ao mercado nesta manhã.


A notícia surge poucos dias depois de o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ter autorizado a compra da Unifec, controladora da Universidade do Grande ABC, pela Anhanguera, num negócio estimado em quase R$ 56 milhões. O anúncio da aquisição havia sido feito no segundo semestre de 2011, mesmo ano em que a Anhanguera adquiriu a Sociedade Educacional de Belo Horizonte (SBH), mantedora da Faculdade Metropolitana Belo Horizonte, e o instituto de ensino jurídico Praetorium.

Kroton e Anhanguera reúnem mais de um milhão de alunos em 800 faculdades e 810 escolas associadas, ainda de acordo com o informe conjunto emitido pelas companhias. O acordo foi assinado no sábado e prevê a incorporação de ações da Anhanguera pela Kroton. A associação ainda requer aprovação do Cade.

O órgão de defesa da concorrência vem analisando o aumento da concentração no setor de educação superior. Recentemente, o Cade aprovou a elevação, para 100%, da participação do grupo Laureate Education no controle na ISCP, dona da Universidade Anhembi Morumbi.

De acordo com o conselheiro do Cade Ricardo Ruiz, ouvido pelo Valor Econômico, existe a suspeita de que o Laureate e a Anhanguera pratiquem “monopólio bilateral”, atuando em conjunto no mercado. De acordo com ele, a Laureate depende dos prédios da Anhanguera e os acionistas da Anhanguera dependem da Laureate.

Outro conselheiro ouvido pelo jornal, Alessandro Octaviani, disse que é possível que as duas empresas evitem entrar em concorrência, por não haver incentivos para serem rivais.

Ações de Kroton e Anhanguera disparam na Bolsa após acordo de fusão



Do UOL, em São Paulo
22/04/201318h52 > Atualizada 22/04/201318h53


As ações da Kroton Educacional (KROT3) e da Anhanguera (AEDU3) registraram alta acentuada nesta segunda-feira, após terem anunciado um acordo de fusão. A operação envolvendo ações está avaliada em cerca de R$ 5 bilhões.

Os papéis Kroton Educacional (KROT3) fecharam em alta de 8,39%, a R$ 27,25. Já os da Anhanguera (AEDU3) avançaram 7,76%, a R$ 36,80.

Kroton e Anhanguera valem juntas quase R$ 12 bilhões na Bolsa de Valores. Com a união das duas empresas, a Kroton consolida a liderança mundial entre as empresas de educação de capital aberto.

"Nós já eramos a primeira e a terceira maiores companhias do mundo em valor de mercado e juntas somos mais que o dobro que a segunda maior companhia de educação do mundo, a New Oriental", afirmou o presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, que será o futuro presidente-executivo da nova empresa.
Valor de mercado de empresas de educação nas Bolsas (em US$ mi)

    Fonte: Bloomberg

Mais de 1 milhão de alunos

Juntas, as empresas têm mais de 800 unidades de ensino superior e 810 escolas associadas em todos os Estados do país, somando cerca de 1 milhão de alunos nos segmentos de educação superior, educação profissional e outras atividades associadas à educação.

Enquanto a Kroton está mais concentrada em ensino superior no Mato Grosso, Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e Paraná, a Anhanguera está presente em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Crescimento da classe C

O negócio ocorre num momento aquecido para fusões e aquisições no setor de educação no país, diante da ascensão social de milhões de brasileiros e aumento da renda.

Kroton e Anhanguera, que cresceram rapidamente nos últimos anos em meio a incentivos governamentais para o ensino privado e aquisições de companhias menores.

    Clique aqui e leia a íntegra do fato relevante da fusão de Kroton e Anhanguera

Ações

Sob os termos do acordo, a Kroton irá adquirir a totalidade das ações da Anhanguera, considerando a relação de troca de 1,364 ação ordinária da Kroton por cada papel da mesma classe da Anhanguera.

A Kroton vai emitir 198.763.627 de novas ações para incorporar a Anhanguera. A ação da Kroton encerrou na sexta-feira cotada a R$ 25,14, o que conferia à transação um valor de R$ 4,99 bilhões.
Grandes fusões

A transação confirma a estratégia da Kroton de mirar aquisições de grande porte. No início deste mês, o presidente-executivo da empresa, Rodrigo Galindo, disse que daria prioridade a aquisições de instituições de grande porte voltadas ao ensino presencial e localizadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Ele afirmou na ocasião que tais aquisições seriam financiadas com emissão de dívida.

A Abril Educação (ABRE11), também mostrou uma estratégica agressiva de aquisões,  e anunciou a compra das escolas de línguas estrangeiras Wise Up por R$ 877 milhões.

Após a conclusão da incorporação da Anhanguera, o controle da nova companhia permanecerá disperso, com a Kroton detendo a parcela majoritária de 57,48% da nova empresa formada. A companhia seguirá listada no segmento Novo Mercado da BM&FBovespa.
Cade precisa aprovar

A operação ainda está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e foi concordada por unanimidade pelos conselhos de ambas as companhias.

No quarto trimestre, a Kroton viu a receita líquida disparar 85% ante igual período de 2011, para R$ 365 milhões, após as aquisições da Unopar e da Uniasselvi. Para 2013, a empresa estimou antes da incorporação da Anhanguera receita líquida de R$ 1,75 bilhão, 24,5% acima do ano passado.

Segundo comunicado desta segunda-feira, a combinação de Kroton e Anhanguera cria uma companhia que teve receita bruta de R$ 4,3 bilhões em 2012.

R$ 5 Billion Brazilian Merger Creates Global Education Giant


23/04/2013 - 09h22

MARIANNA ARAGÃO
FROM SÃO PAULO

In a billion-dollar transaction, the world's biggest education group, Kroton, of Brazil, advanced even further as it merged with Anhanguera. The companies will engage in a R$ 5-billion stock exchange (US$ 2.5 billion).

The new giant will have a market value of some US$ 5.8 billion (R$ 13 billion) - twice the size of the sector's number 2, China's New Oriental (US$ 2.9 billion).

The stock market received the news well: both companies' stocks rose yesterday. Those of Kroton rose 8.38% and Anhanguera's 7.76%.

The companies will submit the operation to Cade (Administrative Council of Economic Defense) in ten days. Cade said, however, that the case will only be analyzed after the decision on four pending cases (3 of Anhanguera and 1 of Kroton).

There is a chance that Cade will analyze all the cases together. However, there is little overlap in Kroton's and Anhanguera's operations, says Rodrigo Galindo, Kroton's chief executive and the future executive president of the company resulting from the merger.

Only four of 80 cities in which the companies are active have units of both groups. Galindo says there is a 10% overlap in the area of long distance education.

According to the 2011 education census, the two companies' market share is 14% -- one million students in schools and colleges.

The group's brands (such as Unopar, Anhanguera Pitágoras and Unic) will be maintained. Aside from their size, Kroton and Anhanguera have similar backgrounds.

Supported by financial groups, they led an aggressive expansion in recent years, seeking students mainly in the C and D classes. With the merger, the goal is to expand this strategy.

In collaboration with RENATA AGOSTINI, from Brasilia 

Fusão entre Kroton e Anhanguera reduz oferta à classe C


22 de Abril de 2013

Negócio cria gigante de 12 bilhões de dólares no setor educacional


A associação entre as duas empresas do setor de educação superior, Kroton e a Anhanguera, anunciada nesta segunda-feira, deve criar um gigante de 12 bilhões de dólares que poderá movimentar, de forma relevante, o mercado de ensino. Faltam dados que validem uma análise concorrencial que aponte concentração de mercado. Contudo, analistas acreditam que a fusão deverá resultar em menor concorrência e, consequentemente, menor oferta de cursos superiores para o público dos dois grupos, que é composto por alunos de rendas média e baixa que, no geral, são jovens trabalhadores. "O setor de educação é pulverizado, com mais de 50% do mercado nas mãos de pequenas instituições. Mas como o público de Kroton e Anhanguera é o mesmo, as classes C e D, pode haver aumento da concentração de mercado nesse segmento", afirma a analista da corretora Coinvalores, Sandra Peres.

Leia também: Gigante da fusão de Kroton e Anhanguera vai mirar Norte e Nordeste do país

O negócio anunciado nesta segunda é o primeiro de grande porte que será avaliado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) após as mudanças na lei da concorrência. Em nota, o órgão afirmou ao site de VEJA que não comenta sobre operações até que o edital referente ao negócio seja publicado no Diário Oficial da União. Mas, segundo o Cade, a partir do momento em que a operação começar a ser analisada, o órgão terá até 330 para julgá-la. Após a mudança na legislação, duas empresas que possuem intenção de fundir suas operações só podem iniciar a unificação da gestão depois da aprovação do Cade. Antes, a unificação prévia era prática comum. A fusão entre as companhias Sadia e Perdigão, ocorrida em 2009, só foi aprovada pelo órgão em 2011, quando as duas empresas já haviam unificado grande parte de suas operações.

A união engloba aproximadamente um milhão de alunos, distribuídos em mais de 800 unidades de ensino superior e 810 escolas associadas. A Kroton tem atuação forte no segmento de ensino à distância, enquanto a Anhanguera investe na oferta de cursos presenciais. Segundo o relatório da corretora Planner, a nova companhia que resultar da fusão deverá ter presença em todos os estados brasileiros e terá amplo espaço para sinergias - o que deve resultar no fechamento de algumas unidades educacionais.

Segundo o sócio do escritório Demarest Advogados, Mário Nogueira, as empresas poderão propor “compensações” para respeitar os níveis de concentração. "Como, por exemplo, não aumentar a mensalidade em 5 anos, desativar um curso de uma universidade, entre outros atos", diz Nogueira.

Pente fino na Anganguera - Recentemente, o Cade decidiu fazer um mergulho nas operações de fusões e aquisições do setor educacional brasileiro para entender os intrincados negócios feitos nos últimos anos no país, com uma participação maciça do setor financeiro. Em março, o órgão suspendeu o julgamento sobre a operação de compra da Novatec e do Instituto Grande ABC (IGABC) pela Anhanguera, anunciada em abril de 2011. A interrupção se deu porque o conselheiro Eduardo Pontual fez um pedido de vista para reavaliar o processo, que estava sob a relatoria do conselheiro Alessandro Octaviani.

O próprio relator decidiu instaurar um auto de infração por "enganosidade" de informações. De acordo com Octaviani, o fornecimento de informações ao Cade para apuração da operação foi "enganoso". Como exemplo, o relator mencionou que uma das informações que chegaram à autarquia foi a de que um dos sócios detinha 7% de participação em determinado grupo empresarial da área de educação. Depois de a informação ser confrontada com outras fontes, houve a admissão de que essa participação era "dez vezes maior".

Estácio fica atrás - Se a operação for aprovada pelo órgão de defesa da concorrência, a empresa Estácio Participações, que concorre com a Kroton e a Anhanguera, deve ficar um passo atrás, na avaliação de Sandra Peres, da Coinvalores. A analista acredita que a estratégia da companhia de fazer aquisições pontuais acabou penalizando o crescimento da rede. "Não me assustaria se, de repente, a Estácio começasse a sair comprando. Ela ficou para trás em faturamento e número de alunos", afirma. Em 2012, a companhia faturou 1,3 bilhão de reais, enquanto Anhanguera e Kroton tiveram receita líquida de, respectivamente, 1,6 bilhão de reais e 1,7 bilhão de reais.


Sem citar fatia de mercado, Kroton nega concentração


Seg , 22/04/2013 às 14:49

Dayanne Sousa e Kellen Moraes | Agência Estado

O atual presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, afirma não ter informações sobre a participação conjunta de mercado (market share) de Kroton e Anhanguera Educacional, que deve ser divulgada no Censo do Ensino Superior. Em entrevista à imprensa, nesta segunda-feira, 22, para explicar a fusão das companhias, o executivo negou, porém, que possa haver concentração de mercado.

A combinação das companhias se dará mediante a incorporação de ações da Anhanguera pela Kroton, e a consumação da associação dependerá de prévia apreciação e aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica. O Cade tem até 330 dias para julgar o caso.

"Este é o momento mais importante das histórias dessas companhias", disse Galindo, que será o CEO da nova empresa.

O que esperar da fusão entre Anhanguera e Kroton? Entenda o processo


Investidor precisa analisar alguns pontos de reestruturação societária como a sinergia e o que uma empresa tem agregar para a outra

Por Gabriella D'Andréa |15h42 | 22-04-2013

SÃO PAULO – O anúncio da fusão das duas grandes empresas do setor educacional no Brasil, Anhanguera e Kroton, pegou muitos investidores de surpresa e agradou o mercado. As ações das duas empresas registram forte alta desde o início das negociações. Há pouco, enquanto a Kroton (KROT3) avançava 8,14%, a Anhanguera (AEDU3) subia 7,32%.

Se o impacto inicial foi positivo, a fusão ainda dependente da aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Mesmo assim, analistas apontam que o mercado enxergou a estratégia das duas empresas com bons olhos.

“Achei muito interessante essa fusão que formou a maior companhia de educação do mundo”, afirma o analista da Futura Investimentos, Luis Gustavo Pereira. "As empresas já tinham uma forte presença de investidores estrangeiros que apostavam no setor de educação. Agora, com o crescimento do negócio e uma maior visibilidade no mercado, essa participação pode aumentar, o que seria algo muito positivo para as ações da nova empresa", afirma.

Como driver positivo, Pereira ressalta a possibilidade de Ebitda em torno de  R$ 1 bilhão, número que chama atenção, conforme anunciou o presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, durante teleconferência para analistas nesta segunda-feira (22). O Ebitda é a ferramenta utilizada para ter uma ideia da capacidade da geração de caixa de uma empresa, portanto, quanto maior esse valor, maior é a probabilidade da companhia gerar receita. 

Adicionalmente, mesmo com múltiplos já altos, o especialista acredita que as empresas tendem a torná-los mais atrativos com a consolidação da fusão. Outro fator ressaltado durante a teleconferência foi a expectativa de maior liquidez que os papéis devem apresentar após a conclusão do processo de reestruturação societária.

Relação de troca
Para quem já estava posicionado nas ações da Kroton, tudo continua igual. Já para os acionistas da Anhanguera, a relação de troca será de 1,364 ações para cada ação ON (ordinária) da companhia, valor calculado com base na média do preço dos papéis das companhias ponderada pelo volume financeiro dos últimos 30 pregões.

Para a incorporação, a Kroton emitirá 198,8 milhões de ações e a nova empresa seguirá listada no Novo Mercado da BM&FBovespa. No comando da companhia, continuará o atual presidente da Kroton, Rodrigo Galindo.

O que analisar?
Em qualquer processo de fusão envolvendo grandes empresas de capital aberto,  o investidor deve estar atento a alguns fatores para saber se o negócio deve prosperar. De acordo com o analista da Geral Investimentos, Carlos Muller, um dos pontos a se analisar é o modelo de gestão das empresas e o que elas podem agregar uma para a outra.

“É preciso ver o que uma pode passar para a outra, tanto em escala como em ganho de sinergia, pois é dessa maneira que o negócio vai crescer e prosperar”, avalia. Outro aspecto destacado é a transparência das companhias, já que o mercado quer saber como as empresas podem se beneficiar da fusão.

Também é importante acompanhar se o negócio original da empresa vai ser alterado, o que, em alguns casos, pode impactar negativamente a ação, considerando que a empresa pode alterar algumas de suas políticas - o que não é o caso da fusão anunciada neste segunda-feira.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Após fusão, Kroton e Anhanguera mantêm operações até o aval do Cade

23/04/2013 18h53 - Atualizado em 23/04/2013 18h53

Negócio entre redes de ensino cria gigante no setor educacional.
Especialistas divergem sobre como fusão vai afetar qualidade do ensino.

Paulo Guilherme Do G1, em São Paulo

Até a aprovação da fusão entre a rede de ensino privado Kroton Educacional e a Anhanguera Educacional pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a vida de estudantes e professores vinculdados a instituições dos dois grupos não muda, de acordo com as empresas. A aprovação do Cade pode levar até 11 meses.

O negócio anunciado na segunda-feira (22), em uma operação envolvendo ações e avaliada em cerca de R$ 5 bilhões, cria um gigante do setor educacional no mundo. Juntas, as empresas têm 1,2 milhão de alunos em todos os estados brasileiros.

Kroton e a Anhanguera afirmaram, por meio de suas assessorias de imprensa, que não vão mudar suas operações até a decisão final do Cade. Somente após esta aprovação os executivos das empresas vão se pronunciar sobre eventuais mudanças.

Juntas, as duas empresas têm 485 mil alunos matriculados no ensino superior presencial, 445 mil em cursos à distância e 289 mil na educação básica. São 123 campi de ensino presencial, 647 polos de ensino a distância e 810 escolas associadas na educação básica.

Entre as instituições que integram a rede Kroton estão Universidade Norte do Paraná (Unopar), Faculdades Pitágoras, Unic (Universidade de Cuiabá), Unime (Universidade Metropolitana de Educação e Cultura). Já a rede Anhanguera é dona da Univerdade Bandeirante de São Paulo (Uniban) desde 2011.
Cursos gratuitos serão realizados na unidade em Santa Bárbara (Foto: Divulgação)Faculdade Anhanguera em Santa Bárbara D'Oeste
(Foto: Divulgação)

Como fica o ensino?
Se a fusão representa um grande acontecimento na área de negócios, especialistas ouvidos pelo G1 divergem sobre como esta união vai afetar a qualidade do ensino das escolas e faculdades do conglomerado.

O professor da Trevisan Escola de Negócios, Olavo Furtado, acredita que a fusão poderá aumentar o nível de excelência do ensino para o público ao qual às instituições se destinam. “Isso vai levar um certo tempo, mas a tendência é que se tenha melhoria na qualidade do que se oferecia.”

Furtado acredita também que os professores serão valorizados com a fusão. "Não existe escola sem bons profissionais. Neste modelo, o padrão de por um professor na classe para dar aulas a granel não vai perdurar. Essa fusão vai melhorar a qualidade das relações entre instituição, relação e aluno", afirma. "Professor bom não será demitido."

Celso Napolitano, professor de administração de empresas da FGV-SP e presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), já não tem tanta certeza quanto à situação dos docentes. Ele teme que a fusão possa provocar demissões no corpo docente, como aconteceu com a Uniban quando foi comprada pelo grupo Anhanguera.

Napolitano diz que várias regiões nas quais as redes de ensino atuam não têm piso salarial. “Eles podem estipular o valor salarial daquela região. É um monopólio que pode beneficiar o consumidor, o aluno, com mensalidades mais baixas, mas também pode fazer com que a mão de obra do professor seja subvalorizada.”

Classes C e D
O especialista em administração de empresas destaca que o  foco dessas escolas são estudantes das classes C e D, alunos de ensino público com possibilidade de financiamento de órgãos governamentais, como o Prouni e o Fies. "Essas instituições têm garantida a mensalidade de aluno cativo paga pelo governo a um preço que ela mesmo estipula", diz Napolitano.

Para Reinaldo Gonçalves, coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina, “há muitas reclamações com relação ao grande número de alunos em sala de aula, a excessiva busca de redução de custos e a forma de pagamento de docentes, com diminuição da carga horária noturna até as 22h, para evitar adicional, e estímulo à realização de disciplinas on-line”. Ele destaca que nas unidades da Anhanguera, por exemplo, não existem aulas presenciais às sextas-feiras, só à distância, seguindo a norma do Ministério da Educação de ter no máximo 20% da carga horária nesta modalidade.

Napolitano, da FGV-SP, conclui que caberá ao MEC fiscalizar com rigor a qualidade do ensino ofertado e buscar uma maneira de mensurar se a formação destes estudantes no ensino superior se reverte em uma ascensão social dos mesmos.

Educação brasileira é a maior do mundo, mas em qualidade...

Fábio Pereira Ribeiro
Será que essa concentração no setor educacional trará vantagens e qualidade superior à educação brasileira?
24/04/2013 11h01

No sábado, dia 20 de abril, o Brasil e o mundo conheceram o maior grupo educacional formado até agora. A fusão dos maiores grupos educacionais do Brasil, Kroton e Anhanguera, deu ao mercado educacional brasileiro, e também ao mercado mundial, um novo posicionamento do Brasil no sistema internacional de educação, e isso ainda representa uma alavanca significativa de número de alunos no mesmo grupo educacional de forma orgânica, considerando um único grupo estabelecido num único país.

O novo grupo formado pela fusão, que ainda depende de aprovação do CADE, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, representa um valor de mercado de 12 bilhões de reais (cerca de 6,29 bilhões de dólares), sendo que a segunda posição mundial, representada pelo grupo chinês New Oriental, está na casa de 2,84 bilhões de dólares. Assim o Brasil hoje tem uma grandeza nunca pensada, ou até mesmo estabelecida, principalmente no momento que o país vive pela sua deficiência na educação e na grande falta de mão de obra qualificada no país, sem contar os baixos investimentos e desenvolvimentos em inovação, que trazem uma grande perda de competitividade internacional.

O anúncio da fusão entre os dois grupos educacionais também traz uma nova perspectiva sobre o setor educacional superior do Brasil, pois mostra um amadurecimento na gestão das universidades privadas no país, que agora efetivamente se consolida, o que no passado era uma tragédia pedagógica, que gerou uma série de falências e fechamentos de instituições de ensino, sem contar o baixo desempenho que a grande maioria das instituições de ensino mantém até hoje. Para se ter uma ideia, hoje o Brasil tem 6 milhões de estudantes universitários matriculados – destes, 75% no ensino superior privado. Considerando os indicadores, 70% das instituições estão nas faixas nível 3 de qualidade (levando em conta um indicador máximo nível 5). Assim, nós brasileiros sempre estaremos na média. Para uma país com a grandeza que temos, e a importância que exercemos no cenário internacional, média 3 é muito pouco para o peso do Brasil na balança de poder mundial.

Se avaliarmos ainda o potencial do mercado brasileiro, o novo grupo tem muito o que crescer, pois, se o Brasil tem hoje 6 milhões de matriculados, o número é muito pequeno perto da demanda de profissionais que o país tem hoje. E, para ajudar, o governo federal amplia sua base de investimentos em financiamentos e programas de bolsas para criar um maior acesso. Além disso, temos a ampliação da Educação à Distância (EAD) no Brasil, que cresce em velocidade de Fórmula 1. Mas, ao mesmo tempo, a concentração de mais de um milhão de alunos no novo grupo traz alguns questionamentos.

Considerando que o Brasil tem um grande claro de mão de obra qualificada, de nível superior, e no momento está desenvolvendo ações para importar mão de obra qualificada do estrangeiro, qual será o resultado dessa concentração? Considerando o baixo desempenho dos alunos que acessam o ensino superior no Brasil – e muitos estão concentrados nestes grupos educacionais –, qual será o resultado competitivo que o Brasil terá com essa fusão? Será que essa concentração no setor educacional trará vantagens e qualidade superior à educação brasileira? Ou será somente mais um contínuo “faz que ensina, e faz que aprende, desde que pague”?

O sucateamento do ensino público ajudou a própria irresponsabilidade do governo federal em investir numa saída através do ensino privado, mas o problema é a não qualidade de instituições que efetivamente colocam no mercado mão de obra qualificada. E, o pior, a pesquisa aplicada e a inovação se perdem. Se considerarmos o novo grupo, quantas pesquisas aplicadas e desenvolvidas em parceria com empresas brasileiras foram realizadas? Para o novo grupo, a grande missão está atrelada ao processo de “criar acesso”, mesmo que para isso a instituição patrocine o “Dr. Pimpolho”, um programa humorístico de qualidade duvidosa, sem sinergia com a educação. Mas o brasileiro paga pelo seu gosto. Se quer um diploma, terá um diploma, mas, se quer educação, aí a conta já é outra.

Já comentei anteriormente em diversos artigos e palestras: o que o Brasil fez com os milhares de estudantes formados? Por que temos que importar mão de obra? Por que não temos uma Harvard, um MIT, o Massachusetts Institute of Technology, uma Stanford, uma Oxford, ou até mesmo escolas focadas nas problemáticas do país? Veja um exemplo: um dos maiores gargalos do Brasil é a logística, e muitas dessas universidades privadas têm como a maior base de alunos o curso de logística. Bem, já dá para ver para onde vamos.

A grande questão agora é saber se o novo grupo irá avançar num patamar efetivo de qualidade, considerando que ele controla hoje mais de 17% do mercado brasileiro, e está 3,45 bilhões de dólares à frente da China em valor de mercado.    

Não é à toa que as grandes universidades americanas e europeias querem entrar no Brasil. Na minha visão, o país tem uma grande brecha, o ensino com qualidade. O próprio mercado está cobrando isso. Se avaliarmos do ponto de vista de negócios, ou melhor, ensino de negócios, no Brasil só existem quatro grupos de alto nível internacional. Que bom, não é? Ainda existem mercado e esperança para o ensino de qualidade no Brasil.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Kroton e Anhanguera Educacional anunciam fusão



Valor Econômico 
22/04/2013 - 08:09

Por Daniela Meibak

SÃO PAULO - As empresas de educação Kroton e Anhanguera, do setor de educação, celebraram acordo de associação, segundo fato relevante divulgado na manhã de hoje.

A combinação se dará mediante a incorporação de ações da Anhanguera pela Kroton. A relação de troca será de 1,364 ações ordinárias da Kroton para cada ON da Anhanguera. Essa proporção considerou a média do preço das ações das companhias ponderada pelo volume financeiro dos últimos 30 pregões.

Após a operação, o controle das empresas será mantido disperso, e as ações da companhia combinada pertencerão aos acionistas da Anhanguera (42,52%) e da Kroton (57,48%).

Para a incorporação, serão emitidas 198,8 milhões de novas ações da Kroton. A nova empresa seguirá listada no Novo Mercado da BM&FBovespa, e a expectativa das empresas é que a associação resulte em uma companhia com elevado nível de liquidez.

O conselho de administração ficará com 13 membros, sendo que  Gabriel Mário Rodrigues será eleito presidente do colegiado e Ricardo Leonel Scavazza será indicado como membro. Rodrigues é hoje o presidente do conselho da Anhanguera e Scavazza é o presidente-executivo da empresa.

O comando da nova companhia ficará com o atual presidente da Kroton, Rodrigo Calvo Galindo. Ele será eleito presidente-executivo da empresa resultante da associação.

Os investidores que discordarem da operação, que sejam titulares de ações no dia 23 de abril e que mantenham suas ações até a data do exercício do direito de recesso, poderão retirar-se das companhias, mediante o reembolso de suas ações pelo valor patrimonial contábil.

As companhias tiveram, conjuntamente, R$ 4,3 bilhões de receita bruta em 2012 e possuem mais de 800 unidades de ensino superior e 810 escolas associadas distribuídas por todos os Estados brasileiros. O valor de mercado das companhias é próximo de R$ 12 bilhões.

A consumação da associação dependerá da prévia apreciação e aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Uma teleconferência será realizada hoje às 10h30 para detalhar o acordo entre as companhias.


Ações da Kroton e da Anhanguera disparam após acordo de R$ 5 bilhões



Folha de S. Paulo


22/04/2013 - 10h49


DA REUTERS

As ações da Kroton e da Anhanguera disparavam na manhã esta segunda-feira, após terem anunciado um acordo de R$ 5 bilhões em que a primeira vai incorporar a segunda em uma operação envolvendo ações.

Às 10h27, a ação da Kroton saltava 11,33%, para R$ 27,74, e a da Anhanguera disparava 9,52%, para R$ 37,40, na Bovespa. Ambos os papéis não fazem parte do Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, que caía 0,34% às 10h45.

Hoje pela manhã, a rede de ensino privado Kroton Educacional anunciou um acordo para incorporar a Anhanguera Educacional. Segundo os termos do acordo, a Kroton irá adquirir todas as ações da Anhanguera, considerando a relação de troca de 1,364 ação ordinária da Kroton para cada papel da mesma classe da Anhanguera.

A Kroton vai emitir 198.763.627 novas ações para incorporar a Anhanguera. Com a ação da Kroton encerrando a sexta-feira cotada a R$ 25,14, o valor da transação é estimado em R$ 4,99 bilhões.

A operação ainda está sujeita à aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e foi concordada por unanimidade pelos conselhos de ambas as companhias.

ESTRATÉGIA

O negócio confirma a estratégia da Kroton de mirar aquisições de grande porte.

No início deste mês, o presidente-executivo da empresa, Rodrigo Galindo, disse à agência de notícias Reuters que daria prioridade a aquisições de instituições de grande porte voltadas ao ensino presencial e localizadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e que tais aquisições seriam financiadas com emissão da dívida.

O movimento ocorre em meio a um ambiente aquecido para o segmento de educação no país. Recentemente, a Abril Educação, empresa também agressiva em aquisições, anunciou a compra das escolas de línguas estrangeiras Wise Up por R$ 877 milhões.

COMPOSIÇÃO

Após a conclusão da incorporação da Anhanguera, o controle da nova companhia permanecerá disperso, com a Kroton detendo a parcela majoritária de 57,48% da nova empresa formada. A companhia seguirá listada no segmento Novo Mercado da BM&FBovespa.

No quarto trimestre do ano passado, a Kroton viu sua receita líquida disparar 85% ante 2011, para R$ 365 milhões, após as aquisições da Unopar e da Uniasselvi.

Para 2013, a empresa estimou, antes da incorporação da Anhanguera, receita líquida de R$ 1,75 bilhão --24,5% acima do resultado do ano passado.

TAMANHO

Segundo o comunicado desta segunda-feira, a combinação de Kroton e Anhanguera criará uma companhia com receita bruta de R$ 4,3 bilhões em 2012.

Juntas, elas têm mais de 800 unidades de ensino superior e 810 escolas associadas, em todos os Estados do país, somando cerca de 1 milhão de alunos nos segmentos de educação superior e profissional e outras atividades associadas à educação.

Em 2011, o país tinha 6,73 milhões de alunos matriculados em cursos de ensino superior presenciais e a distância. Deles, 4,96 milhões eram alunos da rede privada e 1,77 milhão da rede pública, segundo o Censo da Educação Superior do Inep (instituto de pesquisas do Ministério da Educação).



Endereço da página:


Copyright Folha de S. Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicaçao, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha de S. Paulo.

Anhanguera e Kroton afirmam que sobreposição é pequena


    Fusão
    22/04/2013 11:44


Segundo presidente da Kroton, há presença das duas empresas em quatro das 80 cidades onde ambas atuam no ensino presencial

Marcela Ayres, de

São Paulo - Nesta segunda, as redes de ensino Anhanguera e Kroton anunciaram acordo para união das suas atividades, em uma operação avaliada em cerca de 5 bilhões de reais. Antes de ir para frente, no entanto, a transação precisa receber o sinal verde do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Em teleconferência com analistas nesta manhã, Rodrigo Galindo, presidente da Kroton, afirmou que das 80 cidades onde as instituições atuam no ensino presencial, há presença das duas companhias em apenas quatro. O chamado overlap - ou sobreposição das atividades - é de cerca de 10% no polo de ensino a distância.

"São indicadores relevantes que nos fazem acreditar na aprovação pelo Cade", disse Galindo. Sem fornecer valores, o executivo acrescentou que, na análise nacional, o market share combinado das companhias é baixo.

Galindo disse ainda que a união das operações implica sinergias em todas as linhas, mas reforçou que é cedo para "anunciar qualquer coisa". Dentro dos próximos 10 dias, as análises serão aprofundadas por um time que irá realizar diligências nas empresas. Até a palavra final do Cade, Kroton e Anhanguera permanecerão completamente independentes.

Estrutura

Pelo desenho do negócio, a Kroton irá adquirir a totalidade de ações da Anhanguera, emitindo novos papéis para realizar a incorporação. Com isso, a empresa permanecerá com o controle da nova companhia, com uma fatia de 57,48% do negócio.

Juntas, as empresas contam com um milhão de alunos, em 835 cidades em todos os estados brasileiros. São 123 campi de ensino presencial, 647 polos de ensino a distância e 810 escolas associadas na educação básica.


Fusão de empresas brasileiras cria gigante mundial da educação


Do UOL, em São Paulo
22/04/201308h39 > Atualizada 22/04/201314h14

As duas maiores companhias de ensino privado do país, Kroton Educacional (KROT3) e a Anhanguera Educacional (AEDU3), anunciaram fusão nesta segunda-feira (22), criando uma gigante mundial do setor. A operação envolvendo ações está avaliada em cerca de R$ 5 bilhões.

Kroton e Anhanguera valem juntas quase R$ 12 bilhões na Bolsa de Valores. Com a união das duas empresas, a Kroton consolida a liderança mundial entre as empresas de educação de capital aberto.

"Nós já eramos a primeira e a terceira maiores companhias do mundo em valor de mercado e juntas somos mais que o dobro que a segunda maior companhia de educação do mundo, a New Oriental", afirmou o presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, que será o futuro presidente-executivo da nova empresa.
Valor de mercado de empresas de educação nas Bolsas (em US$ mi)


Mais de 1 milhão de alunos

Juntas, as empresas têm mais de 800 unidades de ensino superior e 810 escolas associadas em todos os Estados do país, somando cerca de 1 milhão de alunos nos segmentos de educação superior, educação profissional e outras atividades associadas à educação.

Enquanto a Kroton está mais concentrada em ensino superior no Mato Grosso, Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e Paraná, a Anhanguera está presente em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Crescimento da classe C

O negócio ocorre num momento aquecido para fusões e aquisições no setor de educação no país, diante da ascensão social de milhões de brasileiros e aumento da renda.

Kroton e Anhanguera, que cresceram rapidamente nos últimos anos em meio a incentivos governamentais para o ensino privado e aquisições de companhias menores.


Ações

Sob os termos do acordo, a Kroton irá adquirir a totalidade das ações da Anhanguera, considerando a relação de troca de 1,364 ação ordinária da Kroton por cada papel da mesma classe da Anhanguera.

A Kroton vai emitir 198.763.627 de novas ações para incorporar a Anhanguera. A ação da Kroton encerrou na sexta-feira cotada a R$ 25,14, o que conferia à transação um valor de R$ 4,99 bilhões.
Grandes fusões

A transação confirma a estratégia da Kroton de mirar aquisições de grande porte. No início deste mês, o presidente-executivo da empresa, Rodrigo Galindo, disse que daria prioridade a aquisições de instituições de grande porte voltadas ao ensino presencial e localizadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Ele afirmou na ocasião que tais aquisições seriam financiadas com emissão de dívida.

A Abril Educação (ABRE11), também mostrou uma estratégica agressiva de aquisões,  e anunciou a compra das escolas de línguas estrangeiras Wise Up por R$ 877 milhões.

Após a conclusão da incorporação da Anhanguera, o controle da nova companhia permanecerá disperso, com a Kroton detendo a parcela majoritária de 57,48% da nova empresa formada. A companhia seguirá listada no segmento Novo Mercado da BM&FBovespa.
Cade precisa aprovar

A operação ainda está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e foi concordada por unanimidade pelos conselhos de ambas as companhias.

No quarto trimestre, a Kroton viu a receita líquida disparar 85% ante igual período de 2011, para R$ 365 milhões, após as aquisições da Unopar e da Uniasselvi. Para 2013, a empresa estimou antes da incorporação da Anhanguera receita líquida de R$ 1,75 bilhão, 24,5% acima do ano passado.

Segundo comunicado desta segunda-feira, a combinação de Kroton e Anhanguera cria uma companhia que teve receita bruta de R$ 4,3 bilhões em 2012.



Kroton e Anhanguera Educacional fazem acordo de associação


22/04/2013 10h09 - Atualizado em 22/04/2013 20h19

Operação envolvendo ações é avaliada em cerca de R$ 5 bilhões.
Juntas, as companhias atendem um milhão de alunos no país.

Do G1, em São Paulo

A rede de ensino privado Kroton Educacional anunciou nesta segunda-feira (22) um acordo para incorporar a Anhanguera Educacional, em uma operação envolvendo ações e avaliada em cerca de R$ 5 bilhões.

A fusão das duas maiores companhias de ensino de capital aberto do país cria uma gigante com valor de mercado de cerca de R$ 12 bilhões. Segundo as empresas, a associação formará o maior grupo de educação do mundo em número de alunos e em valor de mercado.

O anúncio fez dispararem as cotações das ações das duas companhias. No final do pregão desta segunda-feira, os papéis da Kroton Educacional fecharam com alta de 8,4%, enquanto os da Anhanguera ganharam 7,76%.

A nova companhia englobará um universo de aproximadamente um milhão de alunos. A operação, no entanto, ainda está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

"Nós já éramos a primeira e a terceira maiores companhias do mundo em valor de mercado e juntas somos mais que o dobro que a segunda maior companhia de educação do mundo, a New Oriental", afirmou, em teleconferência com analistas, o presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, que será o futuro presidente-executivo da empresa combinada.
saiba mais

    Kroton Educacional compra grupo Uniasselvi por R$ 510 milhões

Sob os termos do acordo, a Kroton irá adquirir a totalidade das ações da Anhanguera, considerando a relação de troca de 1,364 ação ordinária da Kroton por cada papel da mesma classe da Anhanguera.

Após a conclusão da incorporação da Anhanguera, o controle da nova companhia permanecerá disperso, com a Kroton detendo a parcela majoritária de 57,48% da nova empresa formada e a Anhanguera 42,52%.

A Kroton vai emitir 198.763.627 de novas ações para incorporar a Anhanguera. A ação da Kroton encerrou na sexta-feira cotada a R$ 25,14, o que conferia à transação um valor de R$ 4,99 bilhões.

"A companhia combinada seguirá listada no Novo Mercado da BM&FBOVESPA e as
companhias esperam que a associação também resulte em uma companhia com
elevado nível de liquidez de suas ações", informaram as empresas em comunicado conjunto.

Nesta segunda, perto das 12h, as ações da Kroton subiam 9,09% na Bovespa, cotadas a R$ 27,43.
Valor de mercado de empresas de educação de capital aberto, em milhões de dólares, segundo dados da Bloomberg de 19 de abril (Foto: Reprodução/Kroton)Valor de mercado de empresas de educação de capital aberto, em milhões de dólares, segundo dados da Bloomberg de 19 de abril (Foto: Reprodução/Kroton)

1  milhão de alunos atendidos e receita bruta de R$ 4,3 bilhões
Segundo comunicado conjunto divulgado nesta segunda-feira, as receitas brutas das duas companhias somaram R$ 4,3 bilhões no ano passado.

As duas empresas possuem mais de 800 unidades de ensino superior e 810 escolas associadas distribuídas por todos os estados brasileiros, englobando um universo de aproximadamente um milhão de alunos no segmento de educação superior, educação profissional, ensino a distância, educação básica e outras atividades associadas à educação no Brasil. O valor de mercado das companhias é próximo de R$ 12 bilhões.

Entre as instituições que integram a rede Kroton estão Universidade Norte do Paraná (Unopar), Faculdades Pitágoras, Unic (Universidade de Cuiabá), Unime (Universidade Metropolitana de Educação e Cultura). Já a rede Anhanguera é dona da Univerdade Bandeirante de São Paulo (Uniban) desde 2011.

A Anhanguera informa ter perto de 490 mil alunos e a Kroton diz atender mais de 500 mil alunos no ensino superior.

A transação confirma a estratégia da Kroton de mirar aquisições de grande porte. No início deste mês, o presidente-executivo da empresa, Rodrigo Galindo, disse à Reuters que daria prioridade a aquisições de instituições de grande porte voltadas ao ensino presencial e localizadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Ele afirmou na ocasião que tais aquisições seriam financiadas com emissão de dívida.

O movimento ocorre em meio a um ambiente aquecido para o segmento de educação no país. Recentemente, a Abril Educação, também agressiva em aquisições, anunciou a compra das escolas de línguas estrangeiras Wise Up.

As empresas evitaram fazer comentários sobre quando o Cade poderá julgar o acordo, mas afirmaram que velem sobreposição de apenas quatro cidades com operações de ensino superior presencial em um total de 80 municípios em que estão presentes.

"Nossa participação de mercado no Brasil como um todo é baixa e existem poucos municípios tanto em ensino a distância, quanto no presencial que tem sobreposição", disse Galindo, segundo a Reuters.

Segundo o comunicado divulgado ao mercado, o Conselho de Administração da companhia combinada terá 13 membros, sendo que o Gabriel Mário Rodrigues será eleito Presidente do Conselho de Administração e o Ricardo Leonel Scavazza será indicado para o Conselho de Administração. Rodrigo Calvo Galindo exercerá a função de diretor presidente.


Kroton vai incorporar Anhanguera em acordo com ações


segunda-feira, 22 de abril de 2013 08:20 BRT

SÃO PAULO (Reuters) - A rede de ensino privado Kroton Educacional anunciou nesta segunda-feira um acordo para incorporar a Anhanguera Educacional, em uma operação envolvendo ações e avaliada em cerca de 5 bilhões de reais.
Sob os termos do acordo, a Kroton irá adquirir a totalidade das ações da Anhanguera, considerando a relação de troca de 1,364 ação ordinária da Kroton por cada papel da mesma classe da Anhanguera.
A Kroton vai emitir 198.763.627 de novas ações para incorporar a Anhanguera. A ação da Kroton encerrou na sexta-feira cotada a 25,14 reais, o que conferia à transação um valor de 4,99 bilhões de reais.
A transação confirma a estratégia da Kroton de mirar aquisições de grande porte. No início deste mês, o presidente-executivo da empresa, Rodrigo Galindo, disse à Reuters que daria prioridade a aquisições de instituições de grande porte voltadas ao ensino presencial e localizadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Ele afirmou na ocasião que  tais aquisições seriam financiadas com emissão de dívida.
O movimento ocorre em meio a um ambiente aquecido para o segmento de educação no país. Recentemente, a Abril Educação, também agressiva em aquisições, anunciou a compra das escolas de línguas estrangeiras Wise Up por R$877 milhões de reais.
Após a conclusão da incorporação da Anhanguera, o controle da nova companhia permanecerá disperso, com a Kroton detendo a parcela majoritária de 57,48 por cento da nova empresa formada. A companhia seguirá listada no segmento Novo Mercado da BM&FBovespa.
A operação ainda está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e foi concordada por unanimidade pelos conselhos de ambas as companhias.
No quarto trimestre, a Kroton viu a receita líquida disparar 85 por cento ante igual etapa de 2011, para 365 milhões de reais, após as aquisições da Unopar e da Uniasselvi. Para 2013, a empresa estimou antes da incorporação da Anhanguera receita líquida de 1,75 bilhão de reais, 24,5 por cento acima do ano passado.
Segundo comunicado desta segunda-feira, a combinação de Kroton e Anhanguera criará uma companhia com receita bruta de 4,3 bilhões de reais nos 12 meses até 31 de dezembro de 2012.
Juntas, as empresa têm mais de 800 unidades de ensino superior e 810 escolas associadas em todos os Estados do país, somando cerca de 1 milhão de alunos nos segmentos de educação superior, educação profissional e outras atividades associadas à educação.
(Por Vivian Pereira)
© Thomson Reuters 2013. All rights reserved. Users may download and print extracts of content from this website for their own personal and non-commercial use only. Republication or redistribution of Thomson Reuters content, including by framing or similar means, is expressly prohibited without the prior written consent of Thomson Reuters. Thomson Reuters and its logo are registered trademarks or trademarks of the Thomson Reuters group of companies around the world. Thomson Reuters journalists are subject to an Editorial Handbook which requires fair presentation and disclosure of relevant interests.
Thomson Reuters journalists are subject to an Editorial Handbook which requires fair presentation and disclosure of relevant interests.


http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE93L00920130422