sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Estudantes temem avanço da desnacionalização no ensino superior


17 DE DEZEMBRO DE 2012 - 10H54 


Thais Silva é estudante do primeiro ano de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid) e preocupa-se com o futuro de seu curso superior. “Soube que haverá mudanças drásticas, pois a Unicsul comprou a Unicid. Estou preocupada se realmente o ensino continuará sendo bom ou terei que procurar uma nova faculdade pelas mudanças que terão”, conta.


A compra foi efetivada no primeiro semestre deste ano e custou à Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul) R$ 180 milhões. O negócio só foi possível graças à entrada de um novo sócio no grupo: o fundo inglês Actis comprou 37% da universidade. 

Em 2011, 27 aquisições de universidades particulares por grupos financeiros movimentaram mais de R$ 2,4 bilhões. O maior negócio foi fechado pela Kroton Educacional SA, com sede em Belo Horizonte (MG). O grupo adquiriu a Universidade Norte do Paraná (Unopar) por R$ 1,3 bilhão. A segunda maior aquisição foi feita pela Anhanguera Educacional Participações SA, que obteve a Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban) por R$ 510 bilhões. Tanto a Kroton como a Anhanguera atuam no setor da educação superior como companhias, com estrutura societária e participação estrangeira a partir de investidores e dos fundos de private equity, ou seja, investimentos em empresas ainda não listadas em bolsas de valores. 

Conforme aponta Daniel Iliescu, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), este fenômeno de desnacionalização avança com força: “Hoje, diria que 1/3 das instituições de ensino superior privadas são controladas pelo mercado estrangeiro e quase 50% das matrículas estão no poder do capital estrangeiro”, descreve. 

O mesmo alerta é feito por Walcyr de Oliveira Barros, vice-presidente da Regional do Rio de Janeiro do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Segundo ele, se esses grupos financeiros não estão diretamente ligados à administração das universidades privadas, empresas internacionais são portadoras de ações desses estabelecimentos e, com o tempo, passarão a ser acionistas majoritárias. Para Iliescu, trata-se de um problema de “soberania nacional”, uma vez que a produção de conhecimento nessas instituições vai seguir uma lógica que não é a de produção de conhecimento para o Brasil, mas sim a serviço do capital que sustenta essas universidades. 

Fonte: Brasil de Fato

Em São Paulo, 24 cursos são reprovados


20/12/2012 às 06h54min - Atualizada em 20/12/2012 às 06h54min



Na capital paulista, 24 cursos, em 11 instituições de ensino, foram punidos pelo MEC (Ministério da Educação) após desempenho ruim em avaliações. Três instituições concentram a maioria deles: Uniban (cinco cursos), Uni Sant'Anna (cinco) e Estácio Uniradial (cinco).

Os cursos tiveram desempenho insatisfatório em 2008 e em 2011 no CPC (Conceito Preliminar de Curso) e não poderão fazer vestibular em 2013. O ingresso de novos estudantes também está vetado.

A ex-aluna de computação da Uni Sant'Anna, Simone Macas, 32, que se formou em 2011, afirma que o curso tinha problemas estruturais, como a falta de laboratórios e de aulas práticas.

"Até hoje não consegui emprego na área." Ela teme que conseguir emprego fique ainda mais difícil após a decisão do MEC.

A Uni Sant'Anna afirmou que obteve conceito 3 no Índice-Geral de Cursos do MEC neste mês. E que os cursos com desempenho insatisfatório estão em processo de reestruturação.

A Anhanguera Educacional, que comprou a Uniban, disse que os resultados são referentes à avaliação feita logo após a aquisição. Afirmou ainda que já tem um plano de melhorias.

A Estácio Uniradial disse que não poderia se posicionar. A Faculdades Oswaldo Cruz (com dois cursos reprovados), a FMU (um) a Faculdades Integradas de São Paulo (um), a Unipaulistana (um), a Faculdade de Engenharia de São Paulo (um) e a Fipep (um) não responderam às ligações.

A Folha não conseguiu contatar o Instituto Superior de Educação Alvorada Plus (um curso) e a Faculdade Morumbi Sul (um).

Anhanguera pagará mais dividendos e comprará menos unidades, diz Valor




Segundo o jornal a empresa pretende ainda diminuir seu endividamento em 2013 e aumentar o número de alunos em seus campi

Por Carolina Gasparini |9h35 | 14-12-2012

SÃO PAULO - A Anhanguera (AEDU3) elaborou uma nova estratégia para 2013. Após realizar grandes aquisições neste ano, a companhia pretende investir menos em compras e pagar mais dividendos, diz reportagem do jornal Valor Econômico desta sexta-feira (14).

A companhia vai disponibilizar entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões para aquisições e aumentará a distribuição de dividendos de 1% para 25% do lucro líquido. As regras do Novo Mercado exigem uma distribuição mínima de 25%, exceto quando há um estatuto determinando um percentual diferente como é o caso da Anhanguera. 

Segundo o jornal, em 2013 a empresa também criará cursos a distância ministrados inteiramente pela internet.

A reportagem destaca ainda a redução do endividamento da Anhanguera, que chegou a R$ 627 milhões no terceiro trimestre e a meta de praticamente dobrar o número de alunos em seus campi até 2015, com aproximadamente 500 mil alunos.

BTG recomenda manutenção do fundo imobiliário Anhanguera Educacional


Fundo é composto por três imóveis que se encontram nas regiões de Valinhos, Leme e Taboão da Serra

Por Gabriella D'Andréa |11h00 | 19-12-2012

SÃO PAULO - O BTG Pactual recomendou a manutenção do fundo imobiliário Anhanguera Educacional (FAED11B), considerando o dividend yield de 8,65% para 2013. Também foram levados em conta o bom posicionamento de mercado e a boa qualidade de crédito do inquilino.

O fundo foi adquirido com o intuito de adquirir terrenos e imóveis destinados ao desenvolvimento, ampliação e posterior exploração pela Anhanguera Educacional (o 2º maior grupo de educação do mundo em alunos). O contrato firmado entre a instituição e o fundo é de longo prazo e os imóveis se encontram nas regiões de Taboão da Serra, Leme e Valinhos.

Todos os imóveis já foram concluídos e ao adquirir o fundo, o cotista fica exposto a dois setores importantes do crescimento: o mercado imobiliário brasileiro e o segmento educacional. Além disso, o inquilino possui forte presença no nicho em que atua o que dá uma boa previsibilidade de receita.

Diante desse cenário, a expectativa é que a receita cresça em linha com os repasses anuais da inflação (IPCA) e que alcance um dividend yield de 8,65% para o próximo ano, considerando o valor de entrada em suas cotas (R$ 149,00).

Riscos
O BTG não vê grandes chances do grupo Anhanguera deixar os imóveis nos quais se encontra, devido ao processo consolidação pelo qual o setor de educação vem passando. Além disso, o fato do fundo estar concentrado em um único inquilino não preocupa os analistas. 

"Apesar de o fundo estar alugado integralmente à Anhanguera, a boa qualidade decrédito, forte posição de mercado e elevada reputação da mesma mitiga o riscoresultante da baixa diversificação da base de locatários do FAED11B", dizem

Projeções
O fundo tem retornado aos seus cotistas rendimentos médios de 10,93% (valor bruto) nos últimos 12 meses, ante 8,82% (bruto) do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) no mesmo período.

Devido ao caráter defensivo da aplicação, a instituição acredita que a renda do imóvel deve evoluir gradualmente alinhada à evolução da inflação (medida pelo IPCA). “Em nosso modelo, não consideramos repasses superiores à inflação (leasing spread), fazendo com que o seu dividend yield se comporte de maneira estável e apresente crescimento gradual ao longo do tempo”, frisa o BTG.

O maior risco que o fundo corre é em um cenário de aumento dos juros reais pelo Banco Central, o que faria com que os cotistas exigissem um retorno acima dos títulos públicos. E caso isso não aconteça, muitos podem deixar o investimento, fazendo com que as cotas do fundo sejam depreciadas.

Outro risco é o vencimento do aluguel do campus de Valinhos em janeiro de 2014. No entanto, o BTG assume uma projeção de que o aluguel será renovado nas mesmas condições atuais, considerando apenas os reajustes da inflação e nenhum leasing spread.


Anhanguera vai frear aquisições no ano que vem



14 de dezembro de 2012 | 10h 38
AE - Agencia Estado
Depois de incorporar a Uniban, a previsão da Anhanguera Educacional é pôr o pé no freio das aquisições no próximo ano. A ordem da companhia é fazer compras "seletivas", que consumirão no máximo R$ 40 milhões. Só a compra da Uniban, firmada em setembro de 2011, porém "digerida" ao longo de 2012, exigiu um desembolso de R$ 510 milhões da companhia.

"(O valor separado para aquisições) é pequeno para o nosso padrão, é um trabalho muito focado. Estamos olhando para empresas com resultados positivos e em regiões estratégicas", explica o presidente da Anhanguera Educacional, Ricardo Scavazza.

A empresa diz que existe a possibilidade de garantir a expansão orgânica, uma vez é dona de bandeiras populares de ensino, como UniABC, Anchieta e Universidade de Guarulhos. De acordo com Scavazza, agora é a hora de a empresa "explorar a capacidade" das aquisições já feitas.

Mesmo sem fazer nenhuma compra relevante, a Anhanguera Educacional acredita que será possível atingir a marca de 600 mil matriculados alunos em 2016, nos cálculos do diretor financeiro da companhia, José Augusto Teixeira. Esse número representaria alta de 39% em relação ao patamar atual, de cerca de 430 mil estudantes.

A postura mais conservadora da Anhanguera se justificativa pelo objetivo de reduzir o nível de endividamento para até uma vez a razão de dívida líquida sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Atualmente o nível é de duas vezes o Ebitda, número considerado saudável, mas que a empresa quer diminuir. "Somos conservadores", diz o presidente da empresa. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Anhanguera investirá até R$ 40 milhões em aquisições no próximo ano


13/12/2012 - 12h55

O presidente-executivo da Anhanguera Educacional, Ricardo Leonel Scavazza, afirmou hoje em reunião com analistas e investidores que a companhia irá investir entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões no próximo ano. Como parte do plano de expansão, a Anhanguera pretende ingressar em Salvador, Curitiba e Rio de Janeiro, regiões em que ainda não tem presença.

"Vão ser aquisições pontuais, de empresas com resultados positivos e em mercados estratégicos. Já sabemos quais negócios são interessantes por conta dos nossos processos anteriores de fusões e aquisições" disse Scavazza.

Ao detalhar as perspectivas para 2013, o presidente afirmou também que a companhia passará a oferecer cursos de graduação ministrados 100% pela internet. Atualmente, os cursos do grupo de ensino são ministrados por meio de satélite, com aulas presenciais duas vezes por semana em polos.

"[Este modelo] atenderá um público mais velho, com filhos, que estão fora da região metropolitana. Acho que pode haver uma evasão maior, mas é sustentável financeiramente e a rentabilidade pode ser igual ou até maior em relação aos cursos telepresenciais, que têm custos com polos", disse Ricardo Scavazza, presidente da Anhanguera.

O modelo com todas as aulas pela internet é o mesmo adotado pela carioca Estácio, que vem registrando grande procura de alunos. Os valores das mensalidades e materiais didáticos usados serão os mesmos dos cursos telepresenciais.

(Beth Koike | Valor)

PF investiga tentativa de fraude em vestibular de medicina na Anhanguera Uniderp



14/12/2012 17:24
Evelin Araujo
A Polícia Federal investiga fraude em vestibulares em cerca de 40 instituições de ensino e, entre elas, está a Anhanguera Uniderp, com sede em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. A Operação Calouro, deflagrada pela Polícia Federal do Espírito Santo nesta sexta-feira (14), visa desarticular organizações criminosas especializadas em fraudar vestibulares para entidades de ensino superior de Medicina em todo o Brasil.

De acordo com a assessoria de comunicação do Espírito Santo, não foi presa nenhuma pessoa em Campo Grande, mas o esquema pode ter conseguido colocar alunos nos bancos da faculdade de Medicina da Uniderp.

O próximo passo das investigações da Polícia Federal é identificar quais seriam os alunos beneficiados com o esquema e que estão cursando, ou até já se formaram, na Universidade. 
No total devem ser cumpridos 70 mandados de prisão e 73 mandados de busca expedidos. Para realizar a operação, estão sendo empregados mais de 290 policiais federais, em 10 estados (GO, MG, ES, RJ, SP, TO, RS, AC, MT e PI) e no Distrito Federal.

Em nota, a assessoria de comunicação da Anhanguera Uniderp admite que houve uma tentativa de fraude no vestibular em 2010, mas que desconhece novos casos e que não foi oficiada sobre a operação Calouro. Confira na íntegra:

“O Grupo Anhanguera Educacional ressalta que possui um forte esquema de segurança para impedir fraudes e esclarece que em 2010 vivenciou apenas uma tentativa de fraude identificada imediatamente pela direção, que conseguiu coibir a ação em tempo hábil e encaminhou o caso à Polícia Militar. A Instituição informa também que não foi oficiada pela Polícia Federal sobre a Operação Calouro”.  

Anhanguera Falls as Brazil Criticizes Courses: Sao Paulo Mover



By Denyse Godoy - Dec 19, 2012
Anhanguera Educacional Participacoes SA (AEDU3), Brazil’s second-largest education company by market value, fell after the government said it may bar students from enrolling in courses it determined to be low performing.

Shares fell 2.5 percent to 34.50 reais at the close of trading in Sao Paulo, the steepest decline since Dec. 3. Competitor Estacio Participacoes SA (ESTC3) lost 1.2 percent to 40 reais and Kroton Educacional SA (KROT3) rose 0.2 percent to 46.50 reais after earlier falling as much as 2.9 percent. The Bovespa Small Cap index rose 0.4 percent.

Brazil’s Ministry of Education released today a list of 672 courses it deemed “unsatisfying” and ordered administrators to improve the quality within six months or stop offering them. Universities that offer those courses, including Anhanguera, Estacio and Kroton, had to sign documents committing to improve the level of education, and students can’t get loans for the ones on the government list of poor performers.

Anhanguera said in an e-mailed statement that “the courses mentioned in that list are concentrated in institutions that were recently acquired by the company, therefore, reflect previous management results.” Anhanguera acquired 12 institutions between December 2010 and September 2011 and had 18 courses included in the government list.

Kroton, which had three courses in the list, said in an e- mailed statement that it “is making efforts to improve results.” Estacio’s press office didn’t respond to a phone call seeking comment.

Anhanguera has jumped 72 percent this year while the Bovespa Small Cap index gained 27 percent in that same period.

To contact the reporter on this story: Denyse Godoy in Sao Paulo at dgodoy2@bloomberg.net

To contact the editor responsible for this story: David Papadopoulos at papadopoulos@bloomberg.net

http://www.bloomberg.com/news/print/2012-12-19/anhanguera-falls-as-brazil-criticizes-courses-sao-paulo-mover.html

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Anhanguera Educacional é condenada a indenizar aluna por cobrança indevida



02/12/2012 06h00

Estudante recorreu ao TJ/MS para aumentar o valor da condenação
Foto: Reprodução
Melodie Thayane Bagetti interpôs recurso de apelação contra sentença prolatada nos autos da Ação Declaratória de Inexistência de Débito C/C Obrigação de Fazer e Não Fazer c/c Indenização por Danos Materiais e Morais que move em face de Anhanguera Educacional S.A. em Campo Grande (MS).

Julgamento - Em primeiro grau, o pedido foi julgado parcialmente procedente para declarar a inexistência de débitos decorrentes de dois boletos e condenar a universidade ao pagamento da indenização por danos morais em R$ 3.000,00.

A apelante, em sede recursal, requereu a majoração do valor da condenação para R$ 20.000,00, obedecendo-se assim, segundo ela, o princípio da razoabilidade e equidade.

A Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul negou provimento ao recurso da apelante.

No entendimento dos julgadores, "a obrigação de reparar possui dupla finalidade: compensar o dano experimentado pela vítima e punir o ofensor, a fim de servir de lenitivo, de uma espécie de compensação para atenuar o sofrimento havido, bem como atuar como sanção ao causador do dano, como fator de desestímulo, a fim de que não volte a praticar atos lesivos, sempre levando-se em conta as condições financeiras das partes".

Para o relator, desembargador Rubens Bossay, "tem-se que é incontestável o dano moral sofrido pela autora da presente demanda, mormente quando tais alegações sequer foram negadas pela instituição requerida. A apelante recorre da sentença, tão-somente, no que diz respeito ao valor da condenação, requerendo sua majoração, obedecendo-se assim o princípio da razoabilidade e eqüidade. Tenho que não lhe assiste razão".

O valor da condenação arbitrado em primeiro grau foi mantido.

Apelação 0025679-09.2011.8.12.0001

Fato Notório

http://www.fatonotorio.com.br/noticias/ver/10676/anhanguera-educacional-e-condenada-a-indenizar-aluna-por-cobranca-indevida/


Uniderp terá de indenizar acadêmica que teve nome negativado



O juiz de Direito José Eduardo Neder Meneghelli condenou a Universidade Anhanguera Uniderp a indenizar a acadêmica R.A. de O. em ação de indenização por danos morais proposta mediante a 11ª Vara Cível de Campo Grande. A sentença foi em razão da instituição ter mantido negativado do nome da requerente mesmo após ela ter cumprido o acordo de pagamento de mensalidades efetuado.

Consta do processo que a autora, após ter passado por dificuldades financeiras e não ter conseguido arcar com as mensalidades referentes a primeiro semestre de 2011, entrou em contato com a instituição a fim de realizar um acordo, no qual daria um montante como entrada e parcelaria o restante da dívida.

Segundo R.A. de O., foram efetuados todos os pagamentos, porém a universidade, quando da propositura da ação, ainda mantinha seu nome nos órgãos de proteção ao crédito.

A universidade, por sua vez, alegou que o seu sistema de dados não foi alimentado com a informação do pagamento, o que caracterizou falha da instituição bancária que recebeu tais valores. De qualquer modo, a instituição promoveu a retirada do nome da acadêmica do rol de maus pagadores antes mesmo de ser concedida medida liminar e que, sendo assim, não existiria portanto o dever de indenizar.

O magistrado entendeu ser irrelevante o fato da Anhanguera Uniderp ter retirado o nome da autora do cadastro de inadimplentes, pois o fez com atraso. O acordo foi realizado no dia 09 de agosto de 2011, o pagamento da entrada ocorreu no dia 16 de agosto de 2011 e, na data em que a acadêmica deu entrada na ação, ou seja, em 17 de maio de 2012, ela continuava com seu nome "sujo". “Resta claro o legitimo interesse da autora em buscar uma solução pelo meio judicial”, explicou Meneghelli.

Os pedidos da autora foram aceitos, “para o fim de declarar inexistente dívida perante a requerida e condenar a ré a pagar a autora a indenização por danos morais no valor de R$ 5 mil”, julgou o juiz.

Processo nº 0025869-35.2012.8.12.0001
05/12/2012 - 23:26


Julgamento sobre movimento dos professores na PUC-SP será nesta quarta-feira


11/12/2012 14h31


Está marcado para o dia 12 de dezembro, às 15 horas, o julgamento no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) do processo sobre o movimento dos professores na PUC-SP.

O julgamento acontecerá após audiência de conciliação entre as partes, realizada no último dia 29, terminar sem acordo.

Os professores protestam contra a nomeação da Profa. Anna Cintra como reitora da universidade.

Professores da UniSant’Anna estão em greve


07/12/2012 10h51

Conforme decisão da assembleia realizada no dia 23 de novembro, os docentes de ambos os campi da UniSant’Anna, Santana e Aricanduva, estão em greve devido aos atrasos nos pagamentos dos salários. Devido à greve as notas finais não serão entregues à secretaria até que todos os débitos sejam quitados.

Uma nova assembleia foi marcada para a próxima quinta-feira, dia 13 de dezembro, no Campus Santana, às 18h, para análise do movimento e discussão das próximas medidas a serem tomadas.

Acesse o Edital de Convocação para a Assembleia
Entenda o caso

Como já é publico e notório, desde o final de 2011 os docentes não recebem seus salários corretamente. Várias tentativas, com respectivos acordos, foram feitos a fim de resolver a situação com os mantenedores sem prejudicar o andamento da universidade.

sábado, 24 de novembro de 2012

Anhanguera é condenada pelo TJMS


Justiça - 23/11/2012 - 10:34 

Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande foi condenado a idenizar uma aluna.
O Centro de Ensino Superior de Campo Grande – Anhanguera Educacional Ltda foi condenado em pagar R$ 8 mil de indenização por danos morais por impedir uma aluna de realizar matrícula, fazer cobranças indevidas e reprovar a estudante, além de fazer a moça perder um semestre de aulas.


Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS), a aluna frequentava o curso de Serviço Social e, no momento de trancar o curso, recebeu orientações do funcionário da faculdade para realizar o pagamento da mensalidade de julho. Ela foi informada que poderia retornas as aulas quando desejasse, contando que não efetuasse a rematrícula.


No entanto, no semestre seguinte, a estudante foi impedida de continuar no curso por causa de débito integral do semestre anterior. Dessa forma, segundo a assessoria do tribunal, ela solicitou a declaração de inexigibilidade da dívida porquanto não usufruiu do serviço, além da condenação de danos morais.


A universidade argumentou que o contrato observa os princípios da boa-fé e probidade, e disse que o não comparecimento às aulas não anula os débitos do semestre anterior. Os contratos apresentados pela instituição de ensino, assinados pela aluna, são de 2008, sendo que o último contrato não possui assinatura ou data.


Desta forma, o relator do processo, desembargador Divoncir Schreiner Maran, entendeu que a aluna, de fato, não efetuou a rematrícula para o segundo semestre de 2009.


De acordo com informações da assessoria, para ter frequência no curso, é necessário efetuar rematrícula, por meio de contrato, com prazo de sés meses, sendo renovada a cada semestre. Por essa razão, a cobrança das mensalidades do semestre é inadequada.


O desembargador, Divoncir, entendeu o acontecido como dano moral por que a aluna foi impedida de realizar a matrícula, foi cobrada de débitos, indevidamente e, além de ter perdido um semestre de aulas, foi reprovada, pela universidade, em todas as matérias.


O relator ressaltou, de acordo com informações da assessoria, que, levando em consideração o ocorrido, a intensidade do dano, a duração do sofrimento, a repercussão e consequências, e as condições pessoais das partes, a quantia de R$ 8 mil mostra-se razoável, além dos honorários em 15% do valor da condenação.

Fonte: Bruno Chaves - Capital News (www.capitalnews.com.br) 
Foto: Divulgação

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

EBITDA da Anhanguera Educacional cresce 14,2% no 3T12



TER, 06 DE NOVEMBRO DE 2012 10:27
   
A Anhanguera Educacional teve captação recorde totalizando 209 mil novos alunos em 2012. Com isso, a expansão de margens brutas em Campus no terceiro trimestre de 2012: 4,6 p.p nas aquisições 2010/11 e 3,0 p.p. nos mesmos campus.

Diante deste cenário, o EBITDA totalizou R$ 91,6 MM, crescimento de 14,2% contra o 3T11 e R$270,5 MM nos 9M12, crescimento de 22,2%.

Contudo, obteve R$153,8 MM em Geração de Caixa após investimentos nos 9M12, crescimento de 185% vs 9M11. E com isso, reduziu a Dívida Líquida em R$ 89 MM nos 9M12.

Por fim, consegui crescimento FIES, com 60,1 mil alunos no 3T12 (+25% vs 2T12).

(Redação – Agência IN)



Estudantes ocupam reitoria da PUC durante protesto em SP


13/11/2012 22h35 - Atualizado em 13/11/2012 23h05

Alunos não concordam com nomeação da nova reitora da universidade. 
Anna Cintra foi escolhida em lista tríplice por Dom Odilo Scherer.
Roney Domingos
Do G1 São Paulo

Estudantes da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo ocuparam, na noite desta terça-feira (13), a reitoria da universidade em Perdizes, na Zona Oeste da capital paulista. A manifestação é contra a nomeação da professora Anna Cintra como nova reitora da universidade. Até as 22h, os alunos não tinham decidido durante quanto tempo irão permanecer na reitoria.
A decisão de entrar no prédio foi tomada durante assembleia com cerca de 2 mil estudantes, segundo a organização do protesto. Anna Cintra foi escolhida como nova reitora nesta terça-feira pelo presidente do Conselho Superior da Fundação São Paulo, cardeal arcebispo Dom Odilo Scherer.

O nome dela era o terceiro em uma lista tríplice, segundo os estudantes, que pedem o fim do método para a escolha dos reitores.
A comissão de comunicação do grupo que ocupou a reitoria disse que haverá, ainda nesta terça-feira, uma assembleia para decidir os próximos passos do movimento. A principal reivindicação é "que haja democracia no processo eleitoral".
Segundo um estudante que pediu para não ter o nome revelado, a última vez que a Fundação São Paulo interferiu na sucessão da reitoria, por meio da lista tríplice, foi em 2006. “A gente está em defesa da democracia no processo eleitoral e não aceita o processo de intervenção da Fundação São Paulo e, mais especificamente, do grão-chanceler Dom Odilo Scherer.”
O G1 procurou a assessoria da PUC e da Fundação São Paulo, mantenedora da universidade, e aguarda uma nota sobre a nomeação da reitora e a ocupação da reitoria.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Anhanguera quer abrir 200 polos a partir de 2013

07/11/2012 - 00h00 0


SÃO PAULO - A gigante da educação Anhanguera anunciou ontem (6) a intenção de abrir 200 novos polos de ensino a distância até 2014. Dessa forma, a instituição dobrará o número...

Paula Cristina - Agências


SÃO PAULO - A gigante da educação Anhanguera anunciou ontem (6) a intenção de abrir 200 novos polos de ensino a distância até 2014. Dessa forma, a instituição dobrará o número de polos que possui hoje.
Segundo Ricardo Scavazza, presidente da Anhanguera, o grupo educacional também começa a operar cinco novos campi de cursos presenciais já no próximo ano.
A empresa, que foi às compras nos dois últimos anos, não descarta a novas aquisições, mas dessa vez, em escala menor. "Serão aquisições seletivas, coisas pequenas, dentro do nosso orçamento. Não queremos aumentar o endividamento, nem levantar recursos", disse
Segundo o balanço da empresa, nos nove primeiros meses do ano o grupo captou 209 mil alunos, alta de 42% em relação ao mesmo período de 2011. "Este número é um recorde para uma companhia de educação no País", disse.
A companhia encerrou o terceiro trimestre com 441 mil alunos, incluindo estudantes de cursos de ensino superior e livres, tanto presenciais quanto a distância.
No terceiro trimestre a empresa obteve lucro líquido de R$ 47,9 milhões, alta de 173% ante aos R$ 17,6 milhões apurados um ano antes.
"Os resultados vieram em linha com o que esperávamos, e nossa perspectiva de crescimento e ganho de margem é muito boa", disse Scavazza.
Já o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 91,6 milhões, o que representa alta de 14,2% sobre o reportado no terceiro trimestre de 2011.

Anhanguera terá que indenizar professora por uso indevido de currículo junto ao MEC


08/11/2012 10:18
Diana Gaúna
A professora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Heloisa Laura Queiroz Gonçalves da Costa, ganhou ação na Justiça contra a Universidade Anhanguera, por terem sido utilizados dados de seu currículo para aprovação de curso junto ao MEC (Ministério da Educação). Segundo o advogado que cuidou do caso, Marcelo Dallamico, o TJ-MS condenou a Anhanguera a indenizar a professora em R$ 15 mil.

Dallamico explicou que em 2009, ao atualizar seu currículo no sistema Lattes, a professora tomou conhecimento que sua titulação de Mestrado foi utilizada em 1994 pela então Cesup (atual Anhanguera) para aprovação de dois cursos – matemática e ciências contábeis. Contudo, a Heloísa afirma que nunca lecionou na instituição, uma vez que faz parte do quadro de servidores da UFMS, como professora em regime de dedicação exclusiva.

Como a utilização indevida de seu currículo poderia levá-la a responder por improbidade administrativa, com possível demissão a bem do serviço público, em fevereiro de 2010 a professora acionou a Universidade na Justiça.

Na ação, a Anhanguera alegou prescrição do ato e que a docente teria feito um pedido verbal de emprego na Instituição. Contudo, no dia 29 de outubro o TJ-MS (Tribunal de Justiça do Estado) deu ganho de causa à professora. Ficou comprovado nos autos que ela nunca enviou currículo a Universidade, não manteve qualquer vínculo com a instituição, nem autorizou a utilização de seu nome em cadastro perante o MEC.

Assim, restou caracterizado o uso indevido de seu nome, o que configura ato ilícito. O Tribunal determinou a exclusão do nome de Heloísa do documento, bem como o pagamento de R$ 15 mil de indenização. De acordo com o advogado, a professora move ainda outro processo contra Anhanguera, que ainda está tramitando, uma vez que a universidade recorreu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Uniderp é condenada a indenizar aluno por levar nome ao SPC


O juiz da 9ª Vara Cível de Campo Grande, Maurício Petrauski, julgou procedente o pedido ajuizado por R.G.P. contra a Universidade Anhanguera – Uniderp, condenada a declarar extinto o débito de R$ 569,00, além de retirar o nome do autor dos cadastros restritivos de crédito (SPC/SERASA) e ao pagamento de indenização por danos morais fixado no valor de R$ 4.976,00.

De acordo com os autos, o autor narra que terminou o curso de Administração no final de 2010 pela instituição e que, portanto, não fez a matrícula do ano letivo de 2011. Assim, ao tentar fazer financiamento em um banco, R.G.P. foi surpreendido com seu nome inscrito nos órgãos de proteção ao crédito por solicitação da Uniderp devido ao débito de R$ 569,00, referente ao mês de janeiro de 2011.

O autor também alega que, ao tentar resolver a situação com a ré, obteve em 25 de março de 2011 o pedido de baixa do valor que constava indevidamente em seu nome no sistema da Universidade, e nos órgãos de proteção ao crédito.

Assim, R.G.P. requereu em juízo a retirada de seu nome do SPC/SERASA, a declaração de inexistência do débito sustentado nos autos e a indenização por danos morais n valor de R$ 15.000,00, pela inscrição indevida no rol de maus pagadores.

Em contestação, a Uniderp argumenta que a inscrição indevida ocorreu por conta de um equívoco na migração de dados do sistema de informatização antigo da universidade e que, assim que o erro foi constatado, ele foi reparado. A ré também alega que o autor ficou pouco tempo com o nome inscrito nos órgãos de proteção ao crédito e, por isso, considerou improcedente o pedido indenizatório.

O juiz analisa que “é incontroverso o apontamento indevido efetuado pela Requerida, alusivo ao suposto débito de R$ 569,00 referente ao mês de janeiro de 2011. Ora, um erro de sistema, que deixa de encerrar o vínculo contratual e, portanto, contabiliza um não pagamento, não pode ser imputado ao Requerente. Logo, a responsabilidade pelos danos oriundos desta situação é da Requerida”.

Sobre o pedido de indenização por danos morais, o magistrado concluiu que “ao expor o nome do Requerente à consulta pública como se inadimplente fosse, a Requerida praticou ato ilícito que deve ser reparado”.

Desse modo, o juiz condenou a Universidade Anhanguera – Uniderp a declarar extinto o débito levantado nos autos, a retirar o nome do autor dos órgãos de proteção ao crédito e ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 4.976,00.

Processo nº 0019586-30.2011.8.12.0001

06/11/2012 - 11:47

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Alunos enfrentam dificuldades para conseguir certificados na Anhanguera de Taboão


Atualizado em: 17/10/2012 | Karen Santiago

Alunos dizem que o atraso na entrega dos certificados já dura 8 meses
O receio de não receber o certificado de conclusão de curso preocupa a turma de alunos de MBA em Gestão de Pessoas. Eles aguardam mais de oito meses pela entrega que é de responsabilidade da Faculdade Anhanguera de Taboão da Serra. Enquanto a entrega não acontece, eles cobram e a resposta é sempre a mesma: “Ainda não obtivemos retorno. Vamos continuar cobrando”, informa Euvas Santos, coordenação de Pós-Graduação e Extensão.

A reportagem do Jornal na Net teve acesso ao conteúdo dos e-mails trocados entre alunos e coordenador. Neles é possível notar que diversas pessoas reclamam do atraso na entrega dos certificados e que a responsabilidade parte da Uniderp. O órgão tem o prazo de três a seis meses para a entrega, que de acordo com os alunos, se encerrou em Julho deste ano.

Após cobrarem a entrega dos certificados por e-mail e pessoalmente, os alunos decidiram reclamar sobre o possível descaso da faculdade, no site reclame aqui. Um link foi compartilhado por eles e diversos desabafos fazem parte da página. Alguns deles apontam à necessidade imediata da entrega, uma vez, que os Recursos Humanos das empresas que trabalham pedem o documento e ainda, os funcionários que tem esse tipo de especialização podem receber uma gratificação em dinheiro, pela conclusão do curso.

“Terminei o curso e fui informado que o diploma seria entregue até julho deste ano. O prazo foi prorrogado para setembro e agora não tem mais prazo. Necessito deste diploma, pois existe na empresa que trabalho uma gratificação para este tipo de especialização. Poderia estar recebendo desde agosto. A Anhanguera vai repor este dinheiro, que não entra devido à falta do documento?”, desabafa um aluno.
O outro lado

Em resposta a questionamentos da reportagem, a assessoria de imprensa da Faculdade informou que a entrega dos certificados do MBA em Gestão de Pessoas será realizada até o dia 31 de outubro. A data, de acordo com eles, respeita o prazo padrão de seis meses, contados a partir da entrega do artigo de conclusão do curso dos estudantes. Portanto eles negaram o atraso.

A coordenação de Pós-graduação da unidade se colocou, ainda à disposição dos alunos para mais esclarecimentos sobre este ou outros assuntos referentes ao curso.
Outras possíveis falhas

Em agosto deste ano, o portal divulgou uma matéria que apontava possível notícia de irregularidade na adequação do curso de Gestão Empresarial e Patrimonial da Faculdade Anhanguera de Taboão da Serra junto ao Ministério da Educação (MEC) por propaganda enganosa. O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) em São Paulo apurava o caso.

A faculdade foi alvo também de 95% de seus candidatos para Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que foram reprovados na prova do ano de 2011. Por conta disso, o MEC diminuiu em 64 o número de vagas para o referido curso.

http://www.jornalnanet.com.br/noticias/5786/alunos-enfrentam-dificuldades-para-conseguir-certificados-na-anhanguera-de-taboao

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Esquenta a briga pela clientela de Ensino Superior




EDUCAÇÃO Notícia da edição impressa de 24/09/2012

Anhanguera, Laureate, Estácio. Em cinco anos, a cátedra do mercado de Ensino Superior privado no Estado ganhou competidores. A reação local vem com redução de ociosidade e de dívidas, aposta em novas áreas e na sedução pela qualidade

Patrícia Comunello

FREDY VIEIRA/JC

Mendonça confirma que Uniritter e Fadergs estão no radar mundial da Laureate
Grupos nacionais e internacionais que ingressaram no mercado de Ensino Superior privado gaúcho nos últimos anos garantem medir forças em pé de igualdade com operadores locais, o que inclui a promessa de entregar qualidade. O confronto neste segmento está ancorado na aposta de que cada vez mais jovens entre 18 e 24 anos, principalmente os de renda mais baixa, desejarão cursar uma faculdade para elevar a empregabilidade e, claro, a remuneração. Nesta faixa, menos de 30% da população local está fazendo uma graduação.

Para acirrar a disputa, o setor não deve repetir a expansão que marcou a metade da década passada, quando cresceu a taxas médias no Brasil de dois dígitos (até 25% ao ano). Uma das principais consultorias em ensino no País, a Hoper, projeta elevação entre 3% a 7% ao ano.

Para alcançar o patamar de 10%, o boletim de análise da consultoria aponta como crucial o empurrão do governo federal para reduzir a ociosidade na ocupação de vagas. Os números de ingressos de 2010 no Brasil (último Censo da Educação) mostram que apenas quatro de cada dez vagas presenciais das instituições particulares estavam preenchidas. No Estado, o retrospecto é “menos pior”, com 50% da oferta ocupada. O ramo particular responde por 80% das matrículas do Ensino Superior local, que chegaram a 353,6 mil.

“Com mais renda, cresce a busca pela formação. E o governo tem interesse em melhorar a educação, por isso deve investir mais”, opina o engenheiro Rodrigo Ximenes Sécca, do Departamento de Operações Sociais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes). A injeção federal deve vir por meio do aumento do crédito via Fies. O impulso pode fazer diferença no ensaio de bater em 10 milhões de matrículas até 2020 entre presenciais e de ensino a distância (EAD). Em estudo sobre o setor, Sécca lembra que players da bolsa de valores ostentam boas avaliações pelo Ministério da Educação (MEC) e que o momento é de consolidar espaço e medir competência.

Os grupos de fora pretendem se apropriar da qualidade do ensino gaúcho, que tem fama nacional, para se firmar na vitrine. Não é por nada que o mercado do Estado ostenta a maior média (R$ 776,53) de mensalidade em 2012, segundo a Hoper. “O crescimento passa pela qualidade acadêmica. Quem quiser competir tem de estar preocupado com isso”, atesta Eduardo Mendonça, CEO da Uniritter, arrematada em 2010 pela Rede Laureate Brasil, pertencente a fundos americanos.

Dois anos antes, em 2008, o grupo havia comprado a Esade, agora Faculdade de Desenvolvimento Rio-grandense (Fadergs). A Uniritter dobrou de tamanho em número de cursos, e as duas marcas continuarão a abrir vagas. Um dos focos será a área da saúde, e um dos cursos, o de Medicina. “Os nossos investimentos apontam taxa de crescimento acima da média. Se isso se confirmar, vamos ganhar mais fatia do mercado”, projeta Mendonça.

“Estudamos muito o mercado gaúcho, que tem peculiaridades e é muito exigente”, revela a diretora-executiva de ensino da Estácio, Paula Caleffi, gaúcha, formada pela Pontifícia Universidade Católica do RS (Pucrs) e que foi gestora da Unisinos antes de trocar Porto Alegre pelo Rio de Janeiro, sede da companhia, terceira do ranking do segmento que visa ao lucro. Para calibrar a entrada após comprar as Faculdades Rio-grandenses (Fargs), em agosto, por R$ 9,3 milhões, Paula adianta que a adoção da plataforma única nacional, uma das marcas do modelo Estácio e da concorrente Anhanguera, segunda do ranking, pode demorar um pouco mais. “Não vamos entrar com o pé na porta”, justifica a diretora. Quadruplicar o número de alunos da Fargs em três anos, comprar mais escolas – regiões de Caxias do Sul e Santa Cruz do Sul estão no radar – e abrir cursos de EAD integram o plano da grife. “Olhamos instituições menores, com qualidade e que estão estagnadas”, adianta a gaúcha.

Poder do ensino privado

Lucrativas

Rede Laureate Brasil
Quem é: integra a Laureate Universities, pertencente a fundos de investimento.
Estado: comprou a Esade em 2008 (agora Fadergs) e Uniritter em 2010. 
Tamanho: dez mil alunos no RS, e 125 mil em oito estados.  
Planos: transformar a Uniritter em universidade e a Fadergs em centro universitário, abrir cursos EAD até 2014, ampliar graduações (saúde e tecnologia) e implantar novas unidades na Capital e em Canoas. 

Anhanguera
Quem é: grupo brasileiro de capital aberto desde 2007. 
Estado: entrou em 2007, soma 24 unidades. 
Tamanho: Não divulga números locais. No País, são 500 polos e 358 mil alunos. 
Planos: colocar em operação em 2013 o primeiro campus gaúcho, situado na zona Sul da Capital e que dependia de credenciamento do MEC. 

Estácio
Quem é: grupo brasileiro de capital aberto desde 2007.
Estado: entrou em 2012, comprando a Fargs (Faculdades Rio-grandenses), por R$ 9,3 milhões. 
Tamanho: 1,1 mil alunos na Fargs. No País, 260,8 mil alunos em 38 instituições em 19 estados. 
Planos: abrir mais cursos (foco na área da saúde), chegar a 6 mil alunos em três a quatro anos e implantar EAD.  

Sem fins lucrativos - Comunitárias e confessionais

Comung: integram o Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas Feevale, IPA, Pucrs, Católica de Pelotas, UCS, Unicruz, Unifra, Unijuí, Unisc, Unisinos, Unilassalle, Univates, UPF, Urcamp e URI. Tem 205 mil alunos e 1,4 mil cursos. Orçamento de R$ 2,2 bilhões. Atuam independentemente.

Ulbra: 19 mil alunos em 15 unidades no País; fechou 47 cursos desde 2009, após estouro de crise e dívida tributária de R$ 2 bilhões. De um déficit de R$ 95 milhões há três anos, espera superávit de R$ 33 milhões em 2012. Quer abater passivo aderindo ao programa federal que troca vagas de Prouni por dívida.

Fórum de Faculdades Comunitárias: chamado de Comunguinho, foi criado este ano, reúne 12 faculdades em todo o Estado. Foco: troca de experiências e busca de parcerias locais com prefeituras e entidades setoriais.

ESPM-Sul: sede em São Paulo. Dos 12 mil alunos, 3 mil estão na unidade em Porto Alegre. Demais em São Paulo e Belo Horizonte. Planos: investir R$ 25 milhões até 2015 e montar incubadora de indústria criativa. 

Bairrismo testa poder de fogo de grupos locais e estreantes

Grifes de mercado já sacaram que na batalha farrapa do Ensino Superior privado ignorar a cultura local pode ser imperdoável, leia-se, risco de insucesso. “Pode não saber o hino rio-grandense, mas precisa ser aceito”, previne o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado (Sinepe), Osvino Toillier. Talvez por isso, a Estácio tenha adotado atenção redobrada na largada da operação com a Fargs. “O preconceito em relação a alguns grupos contamina quem é sério”, refuta Paula Caleffi, da Estácio. O diretor de integração da companhia, Ruy Chaves, que faz a transição ao lado de um dos ex-donos e diretor-geral Marcelo Mantelli, deixam claro que a meta é unir o que cada um tem de melhor. Até a troca de nome é minimizada. “Nosso foco são as pessoas.”

No outro lado da disputa, as universidades comunitárias gaúchas, que somam mais de 205 mil alunos na graduação e pós-graduação, e possuem orçamento anual de R$ 2 bilhões, planejam crescimento, seja elevando a eficiência do que já está em operação ou espraiando unidades na vizinhança. O presidente do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung) e reitor da Feevale, Ramon Fernando da Cunha, aponta desafios para o setor como solução para o endividamento, mudanças nas regras do Prouni, maior índice de crédito por aluno e gestão mais enxuta. “Buscar receitas alternativas para aliviar a dependência de mensalidades é a saída”, indica Cunha. A Unisinos, entre as dez melhores privadas do País em ranking recém-lançado, olha menos colocações e pontuações e mais o futuro. Com mais de 32 mil alunos, a universidade combina impulso a segmentos de formação em tecnologia (com parque de empresas no setor) e a internacionalização, dois mantras do reitor, o padre Marcelo Fernandes de Aquino.

“Muitos ficam preocupados com os novos grupos. Não vamos disputar preços, se não teríamos de decapitar pesquisa e qualidade”, avisa o reitor, que registra R$ 100 milhões em investimentos nos últimos cinco anos. Mas avançar sobre a Capital está permitido, e desde 2005 a marca ocupa espaço no Colégio Anchieta. Até 2015, a instituição erguerá um prédio na avenida Nilo Peçanha, para suportar entre 8 mil e 10 mil alunos, com aporte de R$ 50 milhões. “A próxima onda de concorrência não será com a Anhanguera e sim com a americana Harvard, que abriu EAD de graça na internet”, previne Aquino. “Teremos de ter musculatura de gestão e inovação para fazer frente a isso.”

As endividadas terão novo suporte clínico com o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior (Proies), aprovado no Congresso e cuja troca de passivo por bolsa para alunos poderá envolver abatimento de R$ 20 bilhões no País. No Estado, a Ulbra, que já foi a maior do ramo privado local até 2009, formulou um plano que projeta aniquilar R$ 2 bilhões de débitos tributários superpovoando as salas com estudantes do Prouni. O reitor Marcos Ziemer trocou o fundo do poço da conta bancária corrente no vermelho em quase R$ 100 milhões no fim de 2009 por superávit de R$ 15 milhões até junho deste ano, e meta de R$ 33 milhões até dezembro. “Se o plano for aprovado pela Fazenda Nacional, temos tudo para voltar com força”, promete o reitor, que assumiu o posto quando a casa estava mais que ruindo, sob a tempestade de denúncias de irregularidades e excessos da família do antecessor Ruben Becker.

A volta da Ulbra não será no mesmo grau e estilo do passado. O gigante de quatro anos atrás cortou na carne, reduziu de 140 mil (maior parte era de EAD) para 60 mil alunos, extinguiu cursos, e foi proibida pelo MEC de abrir novas modalidades. Ziemer diz que as lições foram assimiladas e, neste ano, o grupo pôde retomar a vida na modalidade a distância. Enquanto espera a palavra sobre o plano de reconversão via compensação tributária, aguardada para fevereiro, o reitor antecipa que lançará em outubro nova campanha institucional. Entre as maiores comunitárias gaúchas, a Pucrs disse que não conseguiria responder aos questionamentos da reportagem no prazo de uma semana.



Anhanguera chega ao Estado e enfrenta estigma gaúcho

MARCELO G. RIBEIRO/JC

Garcia sente falta de maior contato com os professores do curso
Duas noites por semana o estudante Guilherme França Garcia deixa a casa onde reside com a avó, em Viamão, para assistir a sessões de aulas em vídeo e fazer trabalhos na turma com 60 alunos de Administração da Anhanguera, em um prédio locado na zona Norte de Porto Alegre. O sistema não era bem o que o jovem de 18 anos aspirava ao chegar ao Ensino Superior, mas é o que pode pagar – R$ 230,00 mensais. Ele foi aprovado no vestibular da Uniritter, mas o valor mais do que dobraria. “Falta mais contato com professores”, ressente-se Garcia. “É tão diferente que não sei dizer se é bom.” O jovem, que está desempregado, cogita trancar a matrícula em dezembro e fazer um curso técnico. “Será mais fácil para arranjar outro emprego. Depois volto à faculdade.”
A reação do rapaz, cujo perfil é o mais cobiçado pela Anhanguera, pode ser explicada em parte pelo conceito e nível de exigência da clientela gaúcha, sugere o dono da CM Consultoria, Carlos Monteiro. “O aluno não compra só preço”, observa o consultor. A companhia promete qualificar a operação na Capital com a estreia do campus na zona Sul. O prédio às margens da avenida Cavalhada, todo cercado e cuja construção segue o modelo de blocos usados nas moradias de baixa renda, fica vazio durante o dia. À noite, o fluxo é de inscritos para provas de EAD. Ao pisar no Estado em 2007, comprando operações, abrindo polos em diversos municípios e se associando a outras instituições, a Anhanguera foi alvo de ressalvas sobre a qualidade. Uma das suas marcas é usar o mesmo tipo de ensino nos 500 polos pelo País.

“A plataforma padronizada é crucial para grupos como Anhanguera e Estácio assegurarem escala”, justifica Monteiro. Com quantidade, é possível baixar preços, traduz Rodrigo Sécca, do Bndes. “Eles não atuam no nicho de ensino e pesquisa das públicas e grandes privadas. Atendem à demanda de mercado que mais cresce”, ressalva Sécca. O dono da CM acredita que a briga no Estado será com estabelecimentos menores, a maioria situada no Interior. No caso da Anhanguera, a tese se confirma. São mais de duas dezenas de unidades espalhadas por todo o Estado. O número de matrículas gaúchas não é revelado, pois companhias abertas não liberam dados regionais.

O vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Anhanguera, José Augusto Teixeira, afirmou, em nota, que a estreia do campus da zona Sul da Capital deve ampliar os cursos e alunos, até agora restritos ao ensino a distância. Fontes ligadas ao ensino privado no Estado apontam que, após as instituições de regiões como Pelotas e Passo Fundo terem perdido estudantes para o concorrente, muitos acabaram retornando frustrados pela formação. Teixeira negou que haja resistência à metodologia do grupo ou perda de matrículas. “Seguimos a missão de contribuir para o projeto de vida do jovem profissional, oferecendo acesso ao ensino com qualidade e conveniência.”

Instituições de ensino gaúchas vão às compras e se unem para ficar no mercado

Se os grandes se armam para manter ou expandir posições, instituições de Ensino Superior privadas de pequeno e médio porte não ficam paradas. Longe do campo minado da Região Metropolitana, o Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai (Ideau), com sede em Getúlio Vargas, cresce de forma acelerada e reproduz a receita das companhias nacionais. Para aumentar de tamanho, compra outras escolas. Foi o que fez em agosto ao arrematar quatro unidades da marca Anglo-americano em Bagé, Passo Fundo, Caxias do Sul e Chapecó, no estado vizinho. O diretor-presidente da instituição, Flávio Carlos Barro, confirma que a intenção é chegar de 3,5 mil a 5 mil matrículas no Ensino Superior em poucos anos. Hoje tem quase 2 mil. Com mensalidades entre R$ 500,00 e R$ 600,00, os donos alegam que o desafio não é preço, mas boa gestão do negócio.

“Os grupos grandes estão tomando conta e fica difícil se manter quando se é pequeno”, sugere Barro, que não revela cifras da operação e não descarta buscar parceiros fora do Estado para crescer mais. Ao escalar posições a partir de Getúlio Vargas, município de base agrícola com 16 mil habitantes, o Ideau atiçou a fome alheia. “Não interessa quem fez oferta para comprar. É como mulher que gosta de ouvir elogio, ficamos contentes, mas nos meus planos não está sair do ramo da educação”, avisa. Barro e a família, que financia a expansão, só angariaram cara feia ao comprar uma escola tradicional de uma congregação religiosa em Getúlio Vargas. “Eliminamos a ociosidade e o resultado melhorou”, confortou. O segredo para crescer e multiplicar está em fisgar jovens das redondezas, que representam 80% das matrículas. Outro trunfo é aliar a formação com jornada de trabalho, amplia Barro.

Sem o viés de negócio que visa ao lucro como o do Ideau, faculdades comunitárias com menor número de matrículas e que não pensam em aumentar de tamanho acabam de se unir. No Estado, 47, quase a metade das IES privadas, têm até 500 alunos. Se for considerada a faixa de até 3 mil matrículas, o grupo responde por 80% do segmento. Vinte delas criaram este ano o Fórum de Faculdades Comunitárias para trocar inteligência e pavimentar a sobrevivência. No setor, o time foi apelidado de Comunguinho, em alusão ao Comung, das universidades comunitárias. O coordenador do fórum, o diretor-geral das Faculdades Integradas de Taquara (Faccat), Delmar Backes, diz que não há intenção de unificar atuação, mas de trocar experiências.

A saída para o setor, que principalmente na Capital enfrenta a baixa ocupação de vagas em licenciaturas e está frequentemente na mira dos players de fora, é colar em segmentos que poderão demandar serviços de formação. A Faccat é a maior da família e exemplo de estratégia que estaria dando certo. A implantação do campus há 12 anos sustenta a estrutura com 19 cursos e 4 mil alunos. “Não nos preocupamos em crescer, mas em ser referência de qualidade e para o desenvolvimento regional”, resume Backes.

Cria da Unisinos, a Faccat recusou abrir unidades fora da atual cobertura e radicaliza na simbiose com prefeituras, organizações setoriais e empresas. “Estamos adaptados à realidade dos trabalhadores-alunos, mais de 50% têm algum auxílio e levarão mais tempo para se formar.” O presidente do Sinepe, Osvino Toillier, lembra que é preciso pesar o custo para manter porte maior. “Para a sustentabilidade, talvez seja preferível ficar pequeno”, sugere Toillier. “Os anos de ouro do Ensino Superior passaram. Não é mais abrir faculdade e ganhar dinheiro.” 

Após reivindicação da Contee, MEC aperta o cerco contra irregularidades das IES


Publicado em 28/09/2012

Os trabalhadores em estabelecimentos de ensino podem comemorar. Uma importante medida a ser tomada pelo Ministério da Educação deve melhorar a fiscalização e a supervisão e apurar irregularidades cometidas por Instituições de Educação Superior (IES) de todo o País.

As mudanças dizem respeito ao sistema de cadastramentos eletrônico das Instituições no Portal do MEC, o chamado e-MEC. Criado em 2007, o sistema é responsável pela tramitação eletrônica dos processos de regulamentação das IES. Pela internet, as instituições fazem o credenciamento e o recredenciamento, buscam autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos.

De acordo com o Secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), Jorge Rodrigo Araújo Messias, reunido com a Confederação, nesta quinta-feira, dia 27/09, em Brasília-DF, o e-MEC será reformulado a fim de que possíveis alterações no quadro de docentes das Instituições possam ser acompanhadas e fiscalizadas.

A alteração atendeu ao pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE), que levou ao conhecimento do MEC a denúncia da prática, comum nas IES privadas, de cadastramento, junto ao e-MEC, de corpo docente compatível com as exigências legais e diretrizes do Ministério, especialmente em relação à contratação de professores mestres e doutores, com a posterior demissão desses profissionais, sem notificação ao MEC.

A fim de combater essa prática, o e-MEC contará a partir de agora com um perfil docente, que será administrado pelo próprio professor, por meio do seu CPF. Nele o profissional poderá registrar sua eventual demissão e informar, até mesmo, se compunha ou não o núcleo estruturante dos cursos, por exemplo. Também será criado um perfil para ser acessado pelos sindicatos, com os dados gerais dos docentes das Instituições, permitindo que as entidades possam denunciar práticas abusivas. Por fim, os dados das Instituições, dos docentes e dos sindicatos serão cruzados, permitindo maior fiscalização por parte do poder público.

Segundo a Coordenadora Geral da CONTEE, professora Madalena Guasco Peixoto, a alteração do quadro docente, após o cadastramento no e-MEC, é muito comum. “As Instituições cadastram os professores mestres e doutores, bem como as equipes dos núcleos estruturantes dos cursos, e, após credenciamento e avaliação, demitem esses profissionais para reduzir custos – uma vez que sua remuneração costuma ser maior”.

A prática vem se tornando cada vez mais comum, especialmente, em função da recente intensificação dos processos de fusões e aquisições entre as IES. Em diversos casos, denunciados pela CONTEE ao MEC, com as fusões, as Instituições mudam o quadro docente, demitindo muitos doutores e mestres, e por vezes fazem alterações no projeto acadêmico dos cursos, demitindo o seu núcleo estruturante. Porém, alerta Madalena, “não mudam as informações no e-MEC, fraudando os dados para evitar a supervisão, já que o núcleo estruturante não pode ser todo demitido nem mesmo o número de doutores e mestres alterado”.

Segundo a professora, as mudanças, que já estão sendo feitas pela Seres, são uma importante conquista dos trabalhadores em estabelecimentos de ensino e dos sindicatos da categoria. “A CONTEE alertou o Ministério sobre essa prática odiosa e cobrou uma solução. Com a medida, o Estado terá condições de fiscalizar melhor as Instituições e fazê-las cumprir a lei. Além disso, os sindicatos também poderão ter acesso aos dados e fazer denúncias”.

Para Madalena, “aqueles que não infringem a lei não têm com o que se preocupar, os profissionais ficam protegidos e o governo obtém um novo instrumento para combater fraudes, garantindo os parâmetros legais de qualidade dos cursos de graduação. Todos saem ganhando”.

A CONTEE foi convidada a testar as novas funcionalidades do perfil do docente e ajudar a montar o perfil que dará o acesso aos sindicatos. “Já dissemos que iremos participar porque consideramos de fundamental importância estas modificações que estão sendo concretizadas pela Secretaria de Regulação”, declarou a Coordenadora Geral da Confederação.

Da redação

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Anhanguera e Estácio superam globais com crédito em alta


Universidades | 28/09/2012 08:49


Os empréstimos estudantis triplicaram após o governo cortar as taxas de juros e facilitar a quitação dos débitos

Denyse Godoy e Fabiola Moura, da BLOOMBERG 
Kiko Ferrite/EXAME.com

As universidades privadas do Brasil estão se beneficiando do impulso que o aumento da renda e o acesso mais fácil ao crédito

São Paulo - As ações da Anhanguera Educacional Participações SA, maior universidade privada do Brasil, e as de suas duas maiores concorrentes brasileiras estão superando seus pares globais. O setor está sendo impulsionado pelo aumento do crédito. Os empréstimos estudantis triplicaram após o governo cortar as taxas de juros e facilitar a quitação dos débitos.


27/09/2012 | Pesquisa sobre efeito da meditação no sono busca voluntárias
A Estácio Participações SA, terceira maior empresa do setor, registrou um retorno total de 91 por cento neste ano, o maior dentre as 32 faculdades privadas mundiais, mostram dados da Bloomberg. A Kroton Educacional SA, com sede em Belo Horizonte, ostenta um retorno total de 84 por cento, e a Anhanguera teve retorno de 64 por cento. Isso se compara a um retorno médio negativo de 30 por cento das ações de 15 faculdades dos Estados Unidos.

As universidades privadas do Brasil estão se beneficiando do impulso que o aumento da renda e o acesso mais fácil ao crédito dão à demanda pelo ensino superior na maior economia da América Latina, onde menos de um em cada 10 brasileiros possui um diploma de curso superior. Mais estudantes estão se voltando para cursos online e aulas noturnas em instituições privadas, já que algumas universidades públicas aceitam menos estudantes do que a Universidade de Princeton, que está entre as chamadas “ivy-league”.

O programa de crédito estudantil reformulado pelo governo “foi o grande divisor de águas para essas empresas”, disse Luiz Fernando Azevedo, analista da Bradesco Corretora, em entrevista por telefone em São Paulo. “O empréstimo não apenas ajuda a atrair os estudantes da classe média que sabem que uma faculdade é a chave para um futuro melhor como também ajuda a segurá-los na sala de aula.”

A USP, universidade pública de São Paulo que está no 169º lugar na lista das 400 Melhores Universidades do U.S. News, aceitou apenas 7,4 por cento dos 146.892 estudantes que se inscreveram no ano passado. Princeton aceitou 7,9 por cento dos inscritos para a turma de calouros de 2012, e a Universidade Columbia ofereceu vagas para 7,4 por cento de seus inscritos.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Anhanguera poderá se desfazer de imóveis no total de R$ 200 milhões


14/09/2012 às 12h41

Por Beth Koike | Valor
SÃO PAULO - A Anhanguera poderá iniciar um processo de venda de seus imóveis a partir do próximo ano, segundo relatório da J. Safra Corretora. De acordo com a instituição financeira, os ativos para possíveis venda estão avaliados em R$ 200 milhões.

A maior parte é referente aos imóveis da Uniban, dos campi Rudge, São Bernardo e Morumbi, estimada em R$ 130 milhões. A previsão de investimentos da companhia varia de R$ 100 milhões a R$ 120 milhões em 2012 e 2013, incluindo a abertura de dois campi no próximo ano.

As informações são provenientes de encontro de José Augusto Teixeira e Vitor Pini, diretor e gerente, respectivamente, da área de relações com investidores da Anhanguera, com representantes do banco nesta semana.

(Beth Koike | Valor)



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Leia mais em:

sábado, 8 de setembro de 2012

O "DEZEMBRO NEGRO" APÓIA EM SÃO PAULO: PROF. CHICO GRETTER – VEREADOR N°50022 – PSOL 50


SEM EDUCAÇÃO DE QUALIDADE O BRASIL NÃO ANDA!

 

Caros amigos,



           Sou o Prof. Chico Gretter, Licenciado em Filosofia (PUC/RJ), com mestrado em Filosofia da Educação (FEUSP), comecei a dar aulas em Pirituba no ano de 1983. Atualmente leciono na E.E. Ciridião Buarque, na Lapa. Sou também um dos fundadores e vice-presidenrte da APROFFESP (Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo, 2009).

Cheguei à cidade de São Paulo no início da década de 70, período de chumbo ditadura militar. Fiz o colegial no internato dos padres Paulinos e participei da pastoral das Comunidades Eclesiais de Base, indo depois para Campinas e Rio de Janeiro, integrando a Ordem religiosa dos padres jesuítas. Lá fiz o Curso de Filosofia e trabalhei nas comunidades da Rocinha, Campo Grande e Padre Miguel.

Voltando a São Paulo no início dos anos 80, comecei a dar aulas de História e Filosofia, me efetivando na rede pública estadual em 1987. Entre 1990-97, integrei a Equipe Técnica de Filosofia da CENP, órgão da Secretaria da Educação-SP, sendo coautor da Proposta Curricular de Filosofia para o Ensino Médio (1992).

            Filiado à APEOESP, representante de escola, fui conselheiro durante anos 80 e 90, ajudando a organizar o Coletivo de Professores que lutou durante mais de duas décadas pela volta da Filosofia e Sociologia no currículo do Ensino Médio, cuja obrigatoriedade de seu ensino foi aprovada em 2008. 

            Em minha trajetória de vida, sempre lutei por uma sociedade justa e igualitária. Continuar trabalhando por uma educação de qualidade, pela valorização dos professores e acesso dos jovens aos bens culturais e ao lazer é o compromisso que assumo publicamente como candidato do PSOL a vereador por São Paulo! Conto com seu voto e apoio.

Abraço do “filósofo da Lapa”!

Prof.Chico Gretter



PSOL – Partido Socialismo e Liberdade


“O sonho que se sonha só é só um sonho; o sonho que se sonha junto é realidade”
(Raúl Seixas)

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Anhanguera nega sala de aula a estudantes


quinta-feira, 30 de agosto de 2012 7:00
Maíra Sanches 
Do Diário do Grande ABC

  
Alunos do primeiro semestre do curso de Logística da Faculdade Anhanguera, campus da Avenida Industrial, em Santo André, estão sem sala de aula há pelo menos uma semana. A reitoria dividiu a turma em classes de dois outros cursos até o fim do ano. Segundo estudantes, o motivo alegado é a falta de orçamento, o que a instituição não confirma.
A turma de 45 pessoas está indignada com a medida, que a separou entre as classes do segundo semestre dos cursos de Logística e de Marketing e Recursos Humanos. "Falaram que a grade de ensino é a mesma, mas é totalmente diferente. Nos sentimos humilhados e lesados", conta um dos estudantes, Tiago Alves de Lima, 28 anos.
A mensalidade é de R$ 569 e o curso tem duração de dois anos, com aulas presenciais de segunda a quinta-feira e às sextas a distância. O semestre começou dia 6 e as aulas foram ministradas normalmente nos primeiros sete dias. Na semana passada, a reitoria impôs a divisão. Parte dos alunos prejudicados não está indo às aulas e aguarda por solução da reitoria. O coordenador do curso de Logística, segundo alunos, teria dito aos insatisfeitos para cancelarem suas matrículas.
Quem opta por assistir às aulas reclama da falta de espaço e dificuldade para prestar atenção. "As salas ficaram com 130 pessoas", disse Lima.
A Anhanguera Educacional informou que a união de estudantes de diferentes cursos em disciplinas específicas está de acordo com as diretrizes curriculares definidas pelo Ministério da Educação. Conforme a instituição, as disciplinas de comum conteúdo permitiriam que alunos fossem alocados na mesma sala, independentemente da graduação de origem. A faculdade não explicou o motivo do remanejamento feito após a primeira semana de aulas em classes separadas.
Entre os estudantes, o clima é de revolta. Lima contestou a justificativa. "É a mesma disciplina, mas a diretriz é diferente. Ontem (anteontem) tivemos outra discussão na sala. A professora precisou explicar os conceitos de forma diferente às três turmas."
Ontem, pelo menos cinco alunos novos entraram no curso de Logística, mas outros dez já matriculados faltaram por não concordar com a situação. A turma reivindica a reabertura da classe e promete registrar boletim de ocorrência nesta semana. Requerimento foi aberto junto ao Ministério da Educação para averiguação da denúncia.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Anhanguera/Uniderp terá que indenizar ex-aluno que teve o nome incluído no Serasa


Justiça - 20/08/2012 - 17:06 

 Universidade cobrou mensalidade de aluno que tinha feito só a pré-matrícula

A Justiça condenou a universidade Anhanguera – Uniderp ao pagamento de R$ 3 mil de indenização por danos morais a um estudante, que teve o nome incluído em órgãos de proteção ao crédito, mesmo sem ter efetivado a matrícula. A decisão foi proferida na última quinta-feira (16) e divulgada nesta segunda-feira (20) no site do Tribunal de Justiça (TJ/MS).

O aluno realizou a pré-matrícula pelo site da instituição de ensino e pagou a primeira parcela do primeiro semestre de 2011 do curso de Direito, mas não entregou a documentação exigida para a efetiva matrícula e desistiu do curso.

Ele sustentou que não houve formalização do contrato e, portanto, a instituição inseriu indevidamente seu nome nos órgãos de proteção ao crédito.

Em sua defesa, a instituição de ensino afirmou que o autor efetuou a matrícula on-line, mas não a comunicou quanto à sua desistência e, por esse motivo, houve a disponibilização dos serviços.

Responsável pelo caso, o juiz Odemilson Roberto Castro Fassa declarou inexistir relação jurídica entre as partes para justificar o débito de R$ 767,07 relativo à mensalidade no curso de Direito.

“A relação jurídica entre as partes tornou-se inexistente a partir do primeiro dia de aula, data em que deveria entregar os documentos à requerida”, disse o magistrado. “Resta comprovada a responsabilidade da requerida, que não se acautelou acerca da verificação de regularização da matrícula do requerente, antes de enviar seu nome ao Serasa”, acrescentou.


Fonte: Paulo Fernandes - Capital News (www.capitalnews.com.br) 

Anhanguera assina acordo com professores de Guarulhos


23/08/2012 às 18h55


Por Beth Koike | Valor
SÃO PAULO - A Anhanguera assinou acordo com o sindicato dos professores para aumentar o valor da hora-aula dos docentes da Faculdade Torricelli, de Guarulhos (SP), adquirida no ano passado por R$ 39 milhões.

Alguns professores recebiam R$ 14,38 por hora-aula. Com o acordo, o valor mínimo passa a ser de R$ 26,33 para especialistas e R$ 46,70 para doutores. Os reajustes vão ser escalonados e precisam ser efetivados até agosto do próximo ano.   

Segundo o Sindicato dos Professores de Guarulhos, aproximadamente 200 professores da Torricelli foram beneficiados pelo reajuste da hora-aula.

A Anhanguera não informou o número de professores que receberão aumento, mas ressaltou que eles representam menos de 0,75% do total de professores da Anhanguera.