quinta-feira, 1 de março de 2012

SÉRIE DE ATOS MARCAM A MOBILIZAÇÃO DA UEE-SP CONTRA O GRUPO ANHANGUERA

Representantes da entidade foram para as portas dos campis na capital, interior e ABC

A União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP) realizou nesta terça-feira (28) série de atos descentralizados em diversas unidades do Grupo Anhanguera na capital, interior e região do ABC contra as práticas mercantilistas adotadas pela instituição.  

Eleita na última reunião da diretoria executiva da entidade como a “Instituição de Ensino inimiga da educação”, a Anhanguera entrou na “mira” dos estudantes após realizar uma série de demissões em massa. Durante a transição da compra de 13 campus da Universidade Bandeirantes (Uniban) pelo Grupo, foram dispensados mais de 1.500 professores mestres e doutores da universidade, visando o lucro por meio do trabalho de profissionais com titulação inferior.
Por este motivo, os estudantes paulistas anteciparam a Jornada Nacional de Lutas organizada tradicionalmente pelas entidades estudantis no mês de março, em homenagem ao estudante Edson Luis assassinado pela ditadura em 1968, e foram para às ruas já no final de fevereiro.

No interior o clima é de indignação dos estudantes. Como no Grupo Anhanguera não existe movimento estudantil, já que a organização é reprimida, assim que os diretores da UEE-SP chegaram na porta da instituição, foram procurados para auxiliar nos protestos.


Na unidade de Guarulhos muitos estudantes foram pegos de surpresa com a modificação da grade curricular, troca de professores, união de salas de aula e superlotação de muitas delas. O mesmo aconteceu nas unidades do ABC paulista.
Na capital do estado, a mobilização ocorreu na unidade Campo Limpo, zona sul. Representantes da UEE-SP conseguiram entrar nas salas de aula e conversar com os presentes sobre a precariedade do ensino que a instituição oferece. Ao perceber a presença da entidade, os seguranças agiram de maneira truculenta no tratamento de expulsão dos estudantes da universidade. 

Segundo o 1º secretário da UEE-SP, Fábio Garcia, os estudantes não irão se intimidar e as mobilizações continuam. “Por este motivo estamos convocando mais uma vez todos os estudantes a irem para a porta das unidades do Grupo Anhanguera para mais atos à favor de um ensino superior de qualidade e diálogo entre instituição e estudantes”. 

Utilizando a universidade em questão como referência para que não aconteçam estas ou outras ações em quaisquer outras instituições é que os estudantes aprovaram uma campanha focada diretamente nas faculdades particulares. 

Uma consulta pública sobre a qualidade do ensino superior privado será lançada com uma equipe exclusivamente responsável pela coleta das informações e reclamações estudantis.

Thatiane Ferrari (UEE-SP)

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