sexta-feira, 15 de março de 2013

Julgamento de negócio da Anhanguera é suspenso


publicado em 07/03/2013 às 13h35

O julgamento, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), da compra da Novatec e do Instituto Grande ABC (IGABC) pelo Grupo Anhanguera, anunciada em abril de 2011, foi suspenso nesta quinta-feira. A interrupção se deu porque o conselheiro Eduardo Pontual fez um pedido de vista para reavaliar o processo, que estava sob a relatoria do conselheiro Alessandro Octaviani. Pontual disse também que deseja averiguar com mais atenção a questão da rivalidade no setor de educação, por isso solicitou a possibilidade de criar uma instrução complementar para o caso. Numa reviravolta do caso, o próprio relator decidiu instaurar um auto de infração por "enganosidade" de informações, conforme sugeriu o conselheiro Marcos Paulo Veríssimo. De acordo com Octaviani, o fornecimento de informações ao Cade para apuração da operação foi "enganoso". Como exemplo, o relator mencionou que uma das informações que chegaram à autarquia foi a de que um dos sócios detinha 7% de participação em determinado grupo empresarial da área de educação. Depois de a informação ser confrontada com outras fontes, houve a admissão de que esse participação era "dez vezes maior". A ação deve vir seguida de uma multa a quem prestou, de fato, informações erradas ao Cade. Essa multa pode ser de R$ 5 mil a R$ 5 milhões e as empresas ou as pessoas físicas citadas poderão recorrer. Em princípio, serão notificados a Novatec, o Instituto Grande ABC (IGABC) e o Grupo Anhanguera, mas pessoas físicas também poderão ser incluídas nesse ação.
http://noticias.r7.com/economia/noticias/julgamento-de-negocio-da-anhanguera-e-suspenso-20130307.html



Correção: Anhanguera nega informação enganosa

publicado em 07/03/2013 às 19h34

A matéria enviada anteriormente continha uma incorreção. A Anhanguera não disse que 'não quis enganar o Cade sobre o sócio' e sim que 'não forneceu informações enganosas sobre a participação de um de seus sócios'. Segue matéria com o título corrigido. A Anhanguera Educacional afirma que não houve "enganosidade" na prestação de informações ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em entrevista ao Grupo Estado, o vice-presidente jurídico da companhia, Khalil Kaddissi, afirmou que a empresa não forneceu informações enganosas sobre a participação de um de seus sócios. Durante julgamento, nesta quinta-feira, da aquisição da Novatec e do Instituto Grande ABC (IGABC) pela Anhanguera, o conselheiro Alessandro Octaviani, relator do caso, mencionou divergência de informação sobre a participação de um dos sócios da Anhanguera em determinado grupo empresarial da área de educação. Kaddissi afirma que a análise do Cade diz respeito ao acionista da Anhanguera Gabriel Mário Rodrigues, fundador da Anhembi Morumbi que vendeu em janeiro deste ano os 49% que detinha da instituição ao grupo americano Laureate Education. O vice-presidente jurídico informou que Rodrigues e sua família detém uma participação indireta de 7% na Anhanguera. A participação se dá por meio do Fundo de Educação para o Brasil (FEBR), o qual, segundo informações atualizadas da companhia, detém 10% de participação na Anhanguera. "Posso garantir que a participação da família Rodrigues é de 7% e não houve enganosidade", disse Kaddissi. O executivo declarou que "em nenhum momento, a companhia informou que a participação era maior". O vice-presidente jurídico cita ainda outro caso sobre o qual o Cade pediu esclarecimentos a Anhanguera. Segundo Kaddissi, a autarquia questionou a Anhanguera sobre a existência de algum membro da empresa que também atuasse em outra companhia de educação. Kaddissi informou que a companhia forneceu informações a respeito ao Cade em abril de 2011. Na época, de acordo com o vice-presidente jurídico, a filha de Gabriel, Angela Rodrigues, era membro do Conselho de Administração da Anhanguera. O executivo afirma, porém, que Angela "não tinha cargo diretivo na Anhembi Morumbi" e que portanto não houve fornecimento enganoso de informações. A Anhanguera informou ainda que não foi notificada oficialmente sobre a instauração de um auto de infração por "enganosidade" e que aguarda posicionamento formal do Cade para prestar esclarecimentos ao órgão. O julgamento da aquisição da Novatec e do Instituto Grande ABC (IGABC) foi suspenso. A interrupção se deu porque o conselheiro Eduardo Pontual fez um pedido de vista para reavaliar o processo. (colaborou Célia Froufe)

http://noticias.r7.com/economia/noticias/correcao-anhanguera-nega-informacao-enganosa-20130307.html

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