sexta-feira, 24 de maio de 2013

Campus defende profissionais da região

22 de Maio de 2013 • 11:16

Os alunos da universidade Anhanguera, campus II, localizada na cidade de Rio Verde, iniciaram na noite desta terça-feira (21) uma paralisação das atividades para reivindicar a permanência dos professores que vêm de Campo Grande e a garantia de que os cursos de Direito, Ciências Contábeis e Administração continuem até que todos os alunos concluam o curso e recebam seus diplomas – com a mesma qualidade oferecida atualmente.

A greve dos alunos teve iniciativa na última segunda-feira, onde após uma reunião no auditório da própria instituição os alunos optaram por paralisar as atividades até terem garantias de que suas reivindicações serão atendidas. “Soubemos através de alguns professores que para fazer cortes de gastos a faculdade iria suspender o transporte de professores que vinham de Campo Grande. Diante disso, nós fizemos um abaixo-assinado e enviamos a Campo Grande e Valinhos-SP, onde há a sede da universidade. Na reunião desta segunda também solicitamos a presença da reitora Leocádia Leme, para deliberar sobre o assunto, mas ela não compareceu e autorizou o diretor da Anhanguera Campus II a representá-la. Nós sabemos que ele não tem autonomia para deliberar nada, então ao final da reunião os alunos optaram por realizar a paralisação”, explicou o aluno do 7º semestre de direito, Ailto Roberson Seibert.

“A gente está brigando por isso. Começou com o fechamento do curso de direito, depois vão cortar o transporte, qual vai ser o próximo passo?”, finalizou o estudante, dizendo que o medo maior dos alunos é que os demais cursos passem a ter aulas à distância.

Em conversa com o diretor da universidade de Rio Verde, Odair José Mombach, foi explicado a nossa equipe de reportagem que com o fechamento do curso de direito, a cada ano os alunos vão se formando e saindo da Universidade, o que diminui automaticamente o número de disciplinas e, consequentemente, o número de professores.

De acordo com o diretor, atualmente, os cursos de Administração e Contábeis só têm professores de região, com exceção do professor Hugo que por dar consultoria em Coxim permanecerá até encerrar os cursos. “Já o curso de direito tem dois professores que vêm da capital, um mestre e um especialista, então estamos substituindo-os por dois professores da região, que são ambos mestres, pois temos ótimos professores aqui, em São Gabriel, em Coxim. Diminui esse gasto com transporte, mas não é só isso, estamos valorizando também os profissionais da região”, explicou Odair, garantindo que a qualidade dos cursos será mantida.

Em contato com a assessoria de comunicação da Universidade, foi passado que os cursos serão mantidos até a conclusão de todas as turmas. “É garantido o direito do aluno de encerrar o curso na instituição que ingressou. É ilegal parar o curso. Os alunos não sofrerão qualquer prejuízo”, apontou Cleidi Heines, informando que a reitora Leocádia Leme não esteve em Rio Verde na segunda-feira (20) porque estava fora do Estado, mas que a partir desta quinta-feira (23) ela estará à disposição dos alunos para atendê-los.

“Caso os alunos queiram fazer uma comissão para ir até Campo Grande conversar, ela atenderá a todos com certeza”, concluiu.

Reportagem e fotos: André Maganha e Cláudia Basso
http://www.vejafolha.com.br/site/corpo.php?acao=noticia&id=19470

Um comentário:

  1. Mas... Como manter a mesma qualidade de ensino, se a Anhanguera não tem nem ideia de como funcioonava? Ele passam trator em tudo. E não tem compromisso com a gestão anterior. Esse pedido não faz sentido. Esses alunos precisam se transferir para outro local, se a grade curricular da Anhanguera permitir, pois éuma grade muito fraca, quase nenhuma outra universidade aceita, ou se aceita, vc tem q rgredir vários semestres.

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