sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Dois lados da moeda: Anhanguera esclarece, mas alunos protestam pelo curso

do Idest, Rebecca Silvestrin | 16.02.2012 | 13h50 |   
Na última semana a possibilidade do fechamento do curso de Direito da Universidade Anhanguera-Uniderp, campus Rio Verde, tem mexido com os ânimos dos alunos aprovados que garantem que o número de alunos é suficiente para que o curso seja iniciado.

A reportagem do iDEST entrou em contato com a assessoria da Anhanguera, e em resposta, a universidade reafirma que a quantia de alunos matriculados está abaixo do número exigido no edital. Nesta quarta-feira (15) foi divulgada uma nota de esclarecimento pela universidade.

Segue a nota:

"A Anhanguera-Uniderp reitera que o número de alunos para a abertura de uma nova turma no primeiro ciclo de 2012 para o curso de Direito não atingiu o mínimo necessário, conforme edital do processo seletivo, item 9.30. Se assim, a instituição se reserva no direito de não oferecer os cursos e/ou habilitações e/ou turnos, nos casos em que não contar com pelo menos 60 vagas preenchidas por habilitação e turno.

A direção da unidade explicou a situação aos vestibulandos aprovados, oferecendo a opção de estudarem nas unidades de Campo Grande e de Rondonópolis, nos períodos matutino ou noturno, garantindo o valor da mensalidade aplicada em Rio Verde. A Universidade faz questão de reforçar que entende a posição dos aprovados e está disponível para auxiliar a vida acadêmica dos vestibulandos e informa também que manterá as aulas dos demais semestres, com a mesma qualidade conhecida por seus alunos, até que os mesmos terminem a graduação".

Dois lados

De um lado a universidade, que contesta a revolta dos acadêmicos alegando que o curso não será iniciado por não dispor da quantia de alunos exigida por eles, e oferece transferência do mesmo curso para outras cidades. Do outro lado, acadêmicos que, aprovados, vieram de outras cidades, deixaram empregos, e agora exigem o início do curso.

São dois lados de uma mesma moeda. A universidade é clara quanto ao edital e prova que o número de inscritos está muito abaixo do necessário para a realização do curso. Já na turma dos acadêmicos, os alunos alegam que o número é mais do que necessário.

Mochi demonstra apoio aos alunos de Rio Verde

Em meio à confusão envolvendo os interesses da universidade e dos acadêmicos, o deputado estadual Junior Mochi, por meio de requerimento apresentado na sessão da última quarta-feira (14), demonstrou apoio aos alunos e solicitou esclarecimentos à Universidade Anhanguera/Uniderp, a respeito do fechamento do Curso de Direito do Campus II localizado na cidade de Rio Verde do Mato Grosso/MS.

"Nesse Campus a instituição atende os municípios da região norte: São Gabriel do Oeste, Rio Verde, Coxim, Rio Negro, Pedro Gomes e Sonora que juntos representam 120 mil habitantes. Todos os municípios citados são Comarcas. Em Coxim estão localizados fóruns da Justiça Federal e do Trabalho, e em São Gabriel do Oeste uma Vara do Trabalho.

O Curso de Direito de Rio Verde dispõe de um Núcleo de Prática Jurídica que atende a comunidade local e recebe a Vara itinerante da Justiça do Trabalho que realiza audiências trabalhistas de Rio Verde, proporcionando prática real para os acadêmicos e mercado de trabalho para os operadores de direito oferecendo importante serviço para a comunidade urbana e rural.

Considerado de nível elevado com corpo docente de qualidade e estrutura pedagógica em constante evolução, o Curso tem obtido bons números na região desde o começo no ano de 2000, mantendo uma média de 325 alunos por turma, tornando-se referência como pólo educacional e irradiador do conhecimento em todo o norte do estado", foi o que a assessoria do deputado alegou, enfatizando que Mochi busca conhecer os reais motivos que levaram ao fechamento do curso, afim de verificar a possibilidade de reativação.

Protesto pelo não-fechamento do curso

Um dos acadêmicos do curso, Aristol Cotini, entrou em contato com o iDEST na manhã desta quinta-feira (16), informando que ainda hoje haverá um protesto na frente da universidade, onde todos os alunos do curso de Direito não entraram em salas de aula com o intuito de

reverter esse quadro. Ainda segundo o acadêmico, buscando maior apoio e para ter destaque na imprensa, alguns meios de comunicação estarão presentes no local.

A reportagem do iDEST acompanha o caso e trará maiores informações a qualquer momento.

(Com informações assessoria Junior Mochi). (fonte: idest.com.br)

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