Atualizado: 07/03/2013 17:57 | Por DAYANNE SOUSA, estadao.com.br
A Anhanguera Educacional afirma que não houve "enganosidade" na prestação de informações ao Conselho Administrativo...
A Anhanguera Educacional afirma que não houve "enganosidade" na prestação de informações ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em entrevista à Agência Estado, o vice-presidente jurídico da companhia, Khalil Kaddissi, afirmou que a empresa não forneceu informações enganosas sobre a participação de um de seus sócios.
Durante julgamento nesta quinta-feira da aquisição da Novatec e do Instituto Grande ABC (IGABC) pela Anhanguera, o conselheiro Alessandro Octaviani, relator do caso, mencionou divergência de informação sobre a participação de um dos sócios da Anhanguera em determinado grupo empresarial da área de educação.
Kaddissi afirma que a análise do Cade diz respeito ao acionista da Anhanguera Gabriel Mário Rodrigues, fundador da Anhembi Morumbi que vendeu em janeiro deste ano os 49% que detinha da instituição ao grupo americano Laureate Education. O vice-presidente jurídico informou que Rodrigues e sua família detém uma participação indireta de 7% na Anhanguera. A participação se dá por meio do Fundo de Educação para o Brasil (FEBR), o qual, segundo informações atualizadas da companhia, detém 10% de participação na Anhanguera. "Posso garantir que a participação da família Rodrigues é de 7% e não houve ''enganosidade''", disse Kaddissi. O executivo declarou que "em nenhum momento, a companhia informou que a participação era maior".
O vice-presidente jurídico cita ainda outro caso sobre o qual o Cade pediu esclarecimentos a Anhanguera. Segundo Kaddissi, a autarquia questionou a Anhanguera sobre a existência de algum membro da empresa que também atuasse em outra companhia de educação. Kaddissi informou que a companhia forneceu informações a respeito ao Cade em abril de 2011. Na época, de acordo com o vice-presidente jurídico, a filha de Gabriel, Angela Rodrigues, era membro do Conselho de Administração da Anhanguera. O executivo afirma, porém, que Angela "não tinha cargo diretivo na Anhembi Morumbi" e que portanto não houve fornecimento enganoso de informações.
A Anhanguera informou ainda que não foi notificada oficialmente sobre a instauração de um auto de infração por "enganosidade" e que aguarda posicionamento formal do Cade para prestar esclarecimentos ao órgão.
O julgamento da aquisição da Novatec e do Instituto Grande ABC (IGABC) foi suspenso. A interrupção se deu porque o conselheiro Eduardo Pontual fez um pedido de vista para reavaliar o processo. (colaborou Célia Frouf)
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